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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Prelúdio de amor


Querendo tanto que soubesses tudo,
fiz de tudo pra que nada soubesses,
eu evitei ir, e que tu viesses,
e me travesti de surdo e mudo!

Neguei-me a ouvir o coração,
e para atender à voz do senso,
abri mão do que quero, sinto e penso,
virei fantoche da contradição!

És parte ímpar do que mais eu quero,
do sonho real que ainda espero,
no amanhã, poder concretizar:

encher o peito e deixar soar,
o teu nome, num cântico de amor
suave como pétalas de flor.


PFA/

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