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sábado, 30 de junho de 2012

Eu sem você



Eu sou a panela e tu és a tampa,
Eu sou a descida e tu és a rampa,
Eu sou o cesto e tu és o cesteiro,
Eu sou uma banda, nós dois um inteiro.

Tu és carinho e eu sou sopapo,
Tu és remendo e eu sou o trapo,
Tu és pérola e eu sou a lama,
Tu és um e eu sou outro, mas, um só na cama.

Em tudo, eu e tu somos assim,
Eu só vivo por ti e tu pra mim,
Se eu sou louco tu és muito mais!

Diferentes, no entanto, tão iguais,
Tu nunca vais cançar de me querer
E eu, sem ti, não consigo nem viver!


PFA/

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Poeta



O poeta é um ator que observa
O dia a dia das pessoas, e comenta.
Os seus versos descrevem, com reserva,
Os sentimentos que ele representa.

Não sente, a rigor, tudo que diz,
As lágrimas, alegrias ou tristezas,
De quando chora ou sorri feliz,
Se revestem de muitas sutilezas!

Dificil é brincar com fogo e não
Se queimar, igualzinho é o coração,
De cada história fica um pouquinho!

Alegrias e tristezas, como o vinho,
Embriagam, contagiam, e assim,
Ser poeta e um sentir, sentir... sem fim!

PFA/

Vida



Nosso encontro foi predestinado,
Tudo traçado e dantes programado,
Não posso fugir, pois, tu me esperas
Com referência e data severas.

Somos dois contendores relutantes
Aguardando um desfecho em instantes.
Estou em tuas mãos, sei que não me amas,
Mas, insistentemente, me reclamas.

Queres encontrar-me o quanto antes,
Sonhas abraçar-me, igual amantes,
Mas, eu tento fugir dos teus abraços.

Não quero ser envolto por teus braços,
Contigo, temo pela minha sorte,
Mas, que fazer, ninguém foge da morte!

PFA/

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Desilusão I



Adormeci em plena juventude
Embalado por sonhos e inquietude
De um amor platônico e divino,
Um misto de loucura e destino.

Alheio à implacável realidade,
Firmado nos pilares da vaidade,
Edifiquei um palácio de fantasias
Mantido por folclore e poesias.

Fiz de ti minha rainha adorada,
Deusa suprema e musa venerada,
Senhora do meu reino de ilusão.

Mas, a maldade do teu coração
Foi maior que o amor que me juraste
E, então, simplesmente, me deixaste.

PFA/

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Adolescência



Adolescência não é aborrecência,
É o start para a independência,
É o passaporte para a juventude
Aflorando em sua plenitude.

É o paraiso inicial das emoções,
O despertar do amor e das paixões,
É a eclosão da experiência
Própria e natural da pubescência.

A ebulição precisa ser contida,
Cada coisa pesada e medida,
Para que se evite os excessos

E os seus consequentes retrocessos.
Guardiões dos princípios liberais,
Avante em busca dos seus ideais!

PFA/27.06.2012

Universo



Manifestação do excelso Criador,
Prova incontestável de amor,
Magna revelação do pleno Eu Sou
Que a tudo e por tudo Si doou.

Na heterogeneidade do Universo,
A homogeneidade do diverso
Confirma a idéia magistral
Da una procedência divinal.

Do Todo provém toda existência,
Nele está contida a preexistência,
Pela eternidade secular.

Causa das Causas, Fonte Singular,
O Todo é o Revelador universal
Desta obra divina e magistral.

PFA/

terça-feira, 26 de junho de 2012

Quadras enquadradas...

Aniversário
As horas de todo dia,
Os doze meses do ano,
Comemorados num dia,
Uma vez a cada ano.

Certeza
Diante da incerteza
Não sei o que é pior
Se incerteza de certeza
Ou certeza de incerteza.

Coisa
Uma coisa é uma coisa,
Outra coisa é outra coisa,
Mesmo sendo a mesma coisa,
Cada coisa é uma coisa.

Extremos
São extremos, muito e pouco,
Tive muito, tenho pouco,
Melhor, todo tempo, pouco,
Que muito, por tempo pouco.

Ilusão
Verdade feita de prosa,
Esperança mentirosa,
Propaganda enganosa,
Preto pintado de rosa.

Justificativa
Há mal feitos tão bem feitos
Que receiam ser refeitos
Temendo que ser perfeitos
“Lhes revele” mais defeitos.

Perfeito e imperfeito
Perfeito e imperfeito,
É torto e é direito,
O torto é imperfeito
E o perfeito é direito.

Presente
Duração do que há pouco
Era o pouco que há agora
E que daqui a bem pouco
É o pouco que foi embora.

Quadra
Uma coisa é uma quadra,
Outra coisa é outra quadra,
Há quadra que se enquadra
E quadra que desenquadra.

Tempo
Sem tempo, perco meu tempo
Dando tanto tempo ao tempo,
Pois, há tempo, o meu tempo
É tempo fora de tempo.

Todo
No Todo habita tudo,
Pois, sem tudo não há Todo,
Só é Todo quem tem tudo,
Só tem tudo quem é Todo.

Trindade
Um é um e dois é dois,
Mas, assim não é o três,
Na Santíssima Trindade
Três é um e um é três.

PFA/

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Rio + 20



Mais da metade do mundo reunida,
Tendo em pauta questões que envolvem vida,
Busca encontrar uma solução
Contra a vil e cruel degradação.

Homens de boa vontade, preocupados
Com os pobres e os desajustados,
Dispostos a fazerem sacrifícios
Para que todos tenham benefícios.

Só um ponto a resolver, quem vai pagar?
Impasse, ninguém! Então, adiar...
São todos, a rigor, filhos de Deus,

Mas, Mateus, Mateus, na frente os meus!

Pobres almas, sem fé e desvalidas,
Não vêm que tratam das suas próprias vidas!

PFA/

Nação sertaneja (Ver mais)



É Lampa, Luiz é Lua,
Gonzaga mais Lampião,
Lampa é rei do xaxado
E Luiz rei do baião.

Se lá do Céu Deus mandasse,
Para reinar no sertão,
Luiz cuidando da paz
E Lampa da construção,
Esta mudança traria
Progresso na região.

Luiz acabava a seca,
Com água de irrigação,
Dando forças e vigor
À florescente Nação
E Lampa mantinha a ordem
Comandando o batalhão.

Havendo água pra beber
E o trem como condução,
Com o baião de Luiz,
Xaxado de Lampião,
The World Music Festival
Seria lá no sertão.

Maria, a mamãe de Deus,
E santa de devoção,
Faria chover, certinho,
No decorrer da estação,
aumentando a bicharada
E a crescente plantação.

Viria gente do Sul
E do resto da Nação,
Para conhecer de perto
Essa grande sensação,
Na terra de Virgulino
E Luiz rei do baião.

PFA


domingo, 24 de junho de 2012

Centenário de Luiz Gonzaga



A asa branca cantou...
Despediu-se do sertão,
E, depois, voou, voou...
Foi pra outra região,
No entanto, assim não fez...
Gonzaga o rei do baião
Cantou... cantou... e depois,...
Foi pra outra dimensão

O Céu repleto de estrelas
Do mais intenso brilhar,
Iluminava o caminho
Para Gonzaga passar.

Luiz que alegrou a Terra,
Com a sua profissão,
Lá no Céu foi recebido
Com louvor e saudação.

Sanfonas e forrozeiros,
E anjos em profusão,
Tocavam a Asa Branca
Numa grande orquestração,
Em homenagem
Ao centenário
Do grande astro
Rei do baião.

Pernambucano do Século,
Parabéns por seu papel,
Seu centenário terrestre
Comemora-se no Céu,
Receba dos seus patrícios,
Com a doçura do mel,
Em forma de oração,
Saudades como troféu!

Gonzaga é Luiz é Lua,
Estrela luz do sertão,
Sem lua não há luar,
Sem Luiz não há baião!

PFA

https://pedroquiamax.blogspot.com/search?q=Gonzaga
Autor: Pedro Francisco Alves (Pedro Quiamax)
Whatsapp: 1 508 907 8076 - 55 9 8892 0134


sábado, 23 de junho de 2012

Olhos verdes* (Ver mais)



Vejam só: – Olhos verdes são traição,
cruéis como punhais... Puxa, exageros!
Aqueles olhos tristes... Acepção
decorrente de fúteis entreveros!

Por outro lado, alguns os elogiam,
mais generosos, têm outra visão:
Olhos verdes são lindos, inebriam
e alimentam as chamas da paixão!

Sem emitirem sons, os olhos gritam,
sorriem, choram, clamam e se agitam,
são lagos refletores de emoções!

Tristezas, alegrias, ilusões:
olhos claros, azuis, negros, castanhos...
esperança, íris verdes, convenhamos!

PFA/23.02.2012

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Paz e guerra



Razão não é direito, nem direito
É razão, a priori. E, bem feito
Não é perfeito, é só questão de jeitos,
Paz, guerra, amor num instante são desfeitos.

Em tudo, é bom sermos mais prudentes,
Pois, quase sempre, somos dependentes,
No entanto, agimos como intransigentes,
Vis, arrogantes e impenitentes.

Se nossas vidas forem transparentes
E nossas ações sempre complacentes,
Se evitarmos pelejas sem razão,

Se na dor alheia não formos ausentes
E ajudarmos aos irmãos carentes,
Direito, Amor, Razão e Paz aí estarão.

PFA

A voz da natureza



Doce som que acalanta a minha alma,
Que desperta, alenta e acalma,
Campainha celeste a tilintar
Na voz do uirapuru a solfejar.

Néctar sonoro e inebriante,
És melífero ritmo ressonante,
Sonoridade das vozes divinas
E canto matutino das campinas.

Cântico que encanta o sabiá,
A mais linda cantiga, e quiçá,
Concerto dos corais celestiais.

Prelúdio das cantatas divinais,
Os meus impulsos, e as minhas ações,
São reflexos das tuas vibrações!

PFA

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Decepção



Suspeição
Expectação,
Apreensão,
Confirmação,
Decepção.

– Então!

Interrogação,
Inquietação,
Irritação,
Apelação,
Desilusão
Rejeição.

– Então!

Perturbação,
Interseção,
Moderação,
Comunicação,
Justificação,
Arrumação.

– Então!

Confusão,
Separação,
Sublimação,
Aceitação,
Perdão.
Solução!

– Então?!

Coração é emoção,
Não tem noção,
Não tem razão,
Não vê traição!
Então, se o coração não vê...

PFA

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O leitor



Quando o leitor gosta, nós vibramos,
Quando não gosta, nos estimulamos,
Quando concorda nos envaidece,
Quando discorda hiiper abastece.

Você é a razão de ser de tudo,
Sem você o blog fica surdo e mudo,
Sua participação é fundamental,
Você é o artista principal.

Dê a sua opinião, um click apenas,
Nossas reações serão sempre serenas,
Expressando a nossa gratidão.

Dizem que, uma mão lava a outra mão,
Aqui, a sua é a parte mais bem feita,
Obrigado, sua opção será perfeita!

PFA

terça-feira, 19 de junho de 2012

Hoje não!



Sorri, um flerte tímido, medroso,
Diante do seu riso generoso.
Enquanto durou a apresentação,
Temi explodir o meu coração.

Depois, conversa vai, conversa vem,
Falou de si, e eu de mim, também,
Incrível, quanta coisa em comum
Num universo tão amplo e incomum,

Parecíamos a tampa e o cesto!
Habilmente, procurei um pretexto
E pus minha mão sobre a sua mão.

Não esboçou nenhuma reação,
E, com um jeitinho ledo e delicado...
– Desculpe, hoje não, tenho namorado.

PFA

Insônia



Pensamentos confusos, inquietude,
Lembranças da longínqua juventude,
Na cama, rolo pra lá e prá cá,
Levanto e vou pra sala rabiscar.

Falar de que? São João, Rio + 20,
Ver as manchetes do dia seguinte:
A eurocopa, Bolsas de Valores,
Grécia, Índia, vencedores, perdedores...

De que me vale tudo isso? Nada.
Quanta coisa difícil, complicada,
O que eu estou querendo é dormir!

Nada dessas besteiras vai surtir
O efeito desejado. Meu calmante
És tu, mesmo que, só por um instante!

PFA/19.06.2012

Brigas



Uma palavra dita a mais, basta,
E, também, quando dita a menos, falta,
Tudo incomoda, fere e desgasta,
Diálogo em baixa, briga em alta!

Tudo a troco de que, e por quê?
Eu não falo, você fica calada,
Qual a razão, o motivo, o porquê?
Nós sabemos que não existe nada!

Gestos infantis, sem razão de ser,
Só para nos fazer chorar, sofrer...
Ou seria malícia, masoquismo,

Loucura e excesso de lirismo?!
Fato é que, depois da briga, o amor
Parece refulgir com mais ardor!

PFA/18.06.2012

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Tuas mãos



Dois instrumentos de múltiplo uso
Que, muitas vezes, deixam-me confuso,
São excelentes, quando no labor,
E extraordinárias no amor.

Arrumam e espanam, lavam, passam,
Cozinham, alimentam, moem e amassam...
E depois, suaves, me fazem carícias
E afagos de exóticas delícias!

São especialistas no erotismo,
Fazem proezas dignas de heroísmo,
Erguem colunas, que jazem falidas,

Em prol da construção de novas vidas.
São as tuas mãos, mãos de tantas aptidões,
Mãos que clamam a Deus nas tuas orações!

PFA/16.06.2012

domingo, 17 de junho de 2012

O circo



Grande armação em forma de círculo,
Cheia de cores, um tanto pra ridículo,
Ou uma caixinha de divertimento
Que trás alegria a todo segmento?

É um ambiente festivo, dia-a-dia,
Promovendo bagunça e alegria
Com palhaços que encantam as crianças,
Fazendo piruetas e lambanças.

Pipoca, guaraná e pirulito,
Algodão doce e queijo no palito,
Completam a alegria da meninada,

Onde a platéia assiste fascinada:
Trapézio, globo da morte, ciclistas...
A vida e o circo são palcos de artistas!

PFA/17.06.2012


sábado, 16 de junho de 2012

Teu corpo



É impossível, ao enófilo, tomar
Uma única taça de um vinho
Gran Reserva, igualmente, é te beijar,
Quando em teu regaço me aninho.

O contato com o teu corpo quente
Trás gana, ânsia, desejo e paixão,
E acelera no meu subconsciente
A sexualidade e o coração.

Os vinhos têm aromas variáveis,
Teus lábios sabores incontáveis,
Teu corpo sensações indefiníveis

Que tornam meus sentidos mais sensíveis.
Beijar-te e abraçar-te, é degustar
Um garagem, é o start pra te amar.

PFA/16.06.2012

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Plebeu



Como esperar que tu me entendas,
Melhor tirar as minhas próprias vendas!
Por mais que eu explique não convenço,
Não faz sentido e falta bom senso.

Os meus recalques, as minhas mazelas,
São coisas só existentes em novelas,
Não justificam a minha incoerência,
Não obstante, em plena adolescência.

Ousei quebrar o nosso compromisso,
Com a minha fraqueza e meu sumiço
Feri e fiz sangrar o teu coração,

E tudo sem te dar explicação!
A justificativa, amor, é pobre,
Sou plebeu, minha deusa, e tu és nobre!


PFA/15.06.2012

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Teus olhos



Dois pontinhos fulgentes e excitantes
Pintados numa tela de brilhantes,
Límpida como a alva ou, lambuzada
Pela coloração exagerada.

Dois pontos cintilantes a irradiar
Mensagens de amor e provocar
Delírios e fantasias amorosas,
Declarações românticas e prosas.

Os seus fascínios eros enlouquecem,
Fazem milagres e rejuvenescem
Àqueles cuja idade se prolongou.

A natureza, por certo, exagerou
Na beleza e dotes que te deu!
Que bom, pois, tudo que tu tens é meu!


PFA/14.06.2012


quarta-feira, 13 de junho de 2012

Esquecer!



Tentei, a todo custo, te esquecer,
Neguei-me a mim mesmo e quis morrer,
Então, fugi pra bem longe de ti.
De mim, de ti, do mundo, me escondi!

Entreguei-me à fé, à idolatria,
Desci às profundezas da fantasia,
Adormeci, e tentei não despertar,
Fiz trapaça tentando me enganar.

Contrariei as regras do bom senso,
Vivi a paz do delírio mais intenso,
E à imensidão do infinito
Impus limites e tornei finito.

Briguei com Deus e rompi com o mundo,
Convivi com as trevas do submundo,
Atingi o píncaro da revolta
E cheguei aos limites do ir sem volta.

Querendo tanto, tanto, te esquecer,
E buscando tanto fugir de ti,
Esqueci que não posso te esquecer,
Esqueci que não sei viver sem ti.

Como te esquecer, se estás dentro de mim?
Como viver sem ti, se és parte de mim?
Ah, eu descobri, a busca não foi a esmo,
Basta que eu esqueça de mim mesmo!

PFA/13.06.2012

terça-feira, 12 de junho de 2012

Dia dos namorados



Que lindo sonho, tive essa noite!
Luar brilhante, brisa sem açoite,
Vi todas as pessoas, sorridentes,
Num festival de troca de presentes;

Perfumes, beijos e abraços, flores,
Declarações e juras de amores,
Gentilezas, afagos e carícias,
Num mundo sem maldade nem malícias.

As estrelas, piscando cintilantes,
E os sons, vindos de orbes distantes,
Tornavam o ambiente suntuoso.

Vi um mundo divinal e mavioso
Só existente nos sonhos encantados
Daqueles que estão enamorados.

PFA/12.06.2012

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Condenação?



Só há duas opções: livra ou condena.
Perdoa de uma vez ou aplica a pena?!
Você sabe de tudo que aconteceu,
Estou em suas mãos, o arbítrio é seu.

Sou réu confesso, assumo, sou culpado!
Eu meu favor, há pouco a ser citado,
Apenas que errei por mera ignorância,
Mas, isto é de pouca relevância!

Se para você não há meio termo,
A lei e a consciência fazem-me enfermo
De uma moléstia quase incurável.

Mas, se condenar-me seja razoável,
Lembre-se de mim com misericórdia.
Perdão! Desejo-lhe paz e concórdia.

PFA/11.06.2012

domingo, 10 de junho de 2012

Vinho



Quero deixar bem claro, neste prólogo,
Minha admiração pelo enólogo.
Não sou enófilo e nem sommelier.
Mas, degusto um bom vinho com prazer.

Igual ao vinho, a tua amizade
Deve ser desfrutada com saudade,
Em delicadas doses, bem pausadas,
E em nobres efemérides marcadas.

Aproximação trás exaltação,
Descontrole febril da emoção
E conduz-nos ao excesso dos limites.

Não é fuga, espero que acredites,
Adoraria te saborear,
Mas, como o vinho, podes embriagar.

PFA/10.06.2012

sábado, 9 de junho de 2012

Biu machão

Veio Macho



Oi, como vais? Estava com saudade,
Há quanto tempo não nos encontramos!
– Pois é. Eu estou bem, pra minha idade,
Estou à cima da média, convenhamos!

Mas, estás bem em tudo, e o amor?
Como é que anda esse coração?
– Novo em folha, zero, um primor,
Curtindo minha mais nova paixão.

Biu, tu ainda estás dando no couro?
– Claro, estou mais forte que um touro.
Moramos em três, eu com meus oitenta,

Um amigo da gata, com quarenta,
Forte, bonito, mas sem um tostão,
Eu dou as cartas, sou rico e garanhão!

PFA/09.06.2012


sexta-feira, 8 de junho de 2012

Diálogo



Na busca espacial, sonho da terra,
Indispensável na paz e na guerra,
Solução pra qualquer constragimento,
É tempero para todo alimento.

Remédio ideal anti-discórdia,
Combustível motiz para concórdia,
Aplicável em todo seguimento,
É projeto, alicerce e instrumento.

Antídoto pra ódio e mal querência,
Inclusão é a sua preferência,
Suco que alimenta a esperança,

Semente cujos frutos é bonança.
É oxigênio, puro e inigualável,
Para manter o lar, sempre agradável.

PFA/08.06.2012

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Corpus Christi



Lá vem a procissão, vamos orar,
Vamos agradecer, e implorar,
As santas benções do Senhor Jesus
Que deu a vida por nós, numa cruz.

Portugal, nossa pátria avó,
Deu-nos, entre os ensinos do altar mor,
O entusiasmo da fé e do amor,
Sementes que brotaram com vigor.

A Cristo, louvor e adoração,
Expressando a nossa gratidão
Pelas suas infinitas doações,

Estas sejam as nossas orações!
Corpus Christi, Jesus, nossa igreja
Agora e para sempre. Assim seja.



PFA/07.06.2012

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Filhos



Benções divinas, lá dos Céus caídas,
Atropelos reais pra nossas vidas,
Fonte inesgotável de alegria,
Preocupações do nosso dia-a-dia.

Enquanto pequeninos, uma graça,
Adolescentes, uma ameaça,
Quando adultos, inspiram confiança
E, até certo ponto, segurança.

Responsáveis por sua formação,
Pesa sobre os pais dura missão:
Instruí-los ainda que não queiram.

Dificilmente os filhos se inteiram
De que os sonhos que os pais idealizam
Concretizam-se no que eles realizam.


PFA/06.06.2012

terça-feira, 5 de junho de 2012

Bombardeio



Desgaste de ordem emocional,
Perseguição e luta desigual,
Cadeia, cacetada, provação,
Fome, cansaço e humilhação;

Transtorno, decepção e sofrimento,
Intolerância, febre, sofrimento,
Amolação, mazela, casmurrice,
Perturbação, incômodo e burrice;

Complicação, pancada, inclemência,
Importunação, ânsia, prepotência,
Enfrentamento, ódio, calundu,

Afobamento, tortura e lundu.
Nem sob a pressão desses bombardeios,
Jamais, vou desistir dos meus anseios.

PFA/05.06.2012

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Primeiro beijo!


Resultado de imagem para primeiro beijo de adolescente

– Que laranja mais doce! Disse ela.
Rimlaw:– Doce assim só os seus lábios, prima!
– Ah, então, já beijaste a boca dela?
– Jamais, e se ousar perde a minha estima!

– Calma prima, foi só uma brincadeira!
– De brincadeira ou não, foi de mau gosto!
– Mas, podemos torná-la verdadeira?
– Nunca se atreva, nem a contra gosto!

Olhei para a sua boca e pensei:
lábios puros assim eu jamais beijei.
Meu desejo tornou-se obsessão,

minha cabeça, e meu coração,
parecia que iam explodir!
Custou mas valeu a pena insistir!

PFA/



domingo, 3 de junho de 2012

Rosas e cravos



Não queira mais do que Deus lhe concedeu,
Seja grato por tudo que recebeu,
Não queira colher os cravos alheios,
E, entregue ao Senhor os seus anseios.

Por que cravos se Deus só lhe deu rosas?!
Olhe como são lindas e formosas,
Têm espinhos, têm pétalas, perfume!
Note, não faz sentido o seu queixume!

O multicolorido, a fragrância,
A beleza impar, a elegância,
Dão às rosas perfeita harmonia,

Se entre as flores houvesse hierarquia
As rosas teriam como seus escravos
Girassóis, jasmins, lírios e... cravos.


PFA/03.06.2012

sábado, 2 de junho de 2012

Opostos



Possuir conhecimentos, que beleza!
Quem não gosta de ser bem informado,
Discorrer sobre o que há na natureza
E falar do Universo ilimitado?!

Discutir sobre Bolsas de Valores,
Conhecer estratégias de defesa,
Analisar sistemas condutores
E fomentar projeto anti-pobreza?!

Ter doutorado em câncer e epidemia,
Ser mestre em medicina e filosofia,
Nanotecnologia e estética,

E legislar sobre a biogenética?!
Dureza e sofrimento é aprender,
Mas, vá em fente, nós vamos vencer!

PFA/02.06.2012

sexta-feira, 1 de junho de 2012

São João em Caruaru



São trinta dias de festa. Um mês!
É o maior São João do Mundo! E mais:
Aqui, todos terão a sua vez,
Pra todos, os direitos são iguais!

Os forrozeiros vêm de toda parte,
As bandas eletrônicas se empenham
Pra mostra o seu trabalho e a sua arte,
Com isso, no final, todos só ganham.

O público é o mais variado,
E ninguém vai ficar contrariado,
Há de tudo, pra toda preferência,

Música e comida de excelência,
Prestação de serviços, segurança.
Venha participar dessa festança!

PFA/01.06.2012