Redil paternal, reflexões.

Plantei, no meu jardim, cravos e rosas,

as rosas semeei-as no inverno,

e os cravos, no verão do amor paterno.

Fizeram-se espécies primorosas!

A esse inquirimento quem responde?

Inverno ou verão são conseqüências

de involuntárias, mas reais, ausências?

Encontrar a resposta, quando, onde?!

Sobra perfume pruns e falta proutros,

acaso sou mais duns e menos doutros,

ou o tempo fez uns mais e outros menos?

São iguais, não há grandes nem pequenos,

no redil paternal do coração,

pais e mães jamais fazem acepção!

   PFA/

Agora é a hora! 30.

Gênesis 3: 19 (...) porquanto és pó, e em pó te tornarás.

                                   

 O teimoso:

– Se eu voltasse faria tudo igual,

repetiria tudo o que fiz,

se me fez mal ou se me fez feliz,

usaria o mesmo manual!

O inconformado:

– Eu mudaria todo ritual,

os valores, conceitos de verdades,

as minhas relações de amizades

e o envolvimento social.

O sensato:

– Eu seria prudente e modesto,

evitaria briga e protesto

e faria de tudo pela paz.

Conclusão:

– Pondere tudo o que você faz,

enquanto tiver forças pra viver,

você pode fazer acontecer!

PFA/

O ser humano, carro, ano… vida

                          

Caminha capengando, cai… não cai…

Convalescer é prato indigesto,

ele mente, ainda que honesto,

ao ser questionado: – Como vai?

– Bem. Obrigado! Mas, bem uma ova,

abstenções e dietas causam tédio,

as dores só melhoram com remédio…

indícios que apontam para cova.

Carro antigo, bate o motor,

depois, estoura a caixa de marcha,

o diferencial se esborracha…

e, por fim, perde o seu condutor!

O ser humano, carro, ano… vida…

um dia, outro dia… despedida!

PFA/

Paciência do... convencido

Se sentires pesar na consciência

as amarguras que tu me causaste,

ao confessar que nunca me amaste

e que findara tua paciência;

se, por conveniência, preferires

aceitar meu pedido, pra que voltes,

e julgares que deixo que te soltes

e faças tudo o que decidires;

se supões que eu vou voltar atrás,

e que tudo será como foi dantes,

está claro que te enganarás,

certamente, jamais vou permitir

que as minhas ações intolerantes

te dêem novos motivos pra partir.

PFA/

Diálogo final.

                             

– Oi, como está? – Estou muito bem.

– Seja bem vinda à nossa terrinha.

– Há muito ela deixou de ser minha,

o que foi meu sucumbiu no além.

– Tudo? – Tudo. – Que pena! – Pena nada!

– Então, tudo o que foi, passou, morreu?

– Há muito esqueci do que foi meu.

– Acho que cheguei na hora errada!

– Eu concordo. – Desculpe-me, adeus.

Senti o mundo posto sobre mim,

não há dúvidas, tudo teve fim!

Os meus beijos, que sempre foram seus,

noutros beijos, jamais encontrarão

os néctares que só nos seus lábios hão.

PFA/

Amigos?!!!

Ò quão difícil é, Senhor!

                  

O que pôs em debanda mais amigos,

a consciência contra fanatismo

ou o freio nas ações do “dinheirismo”,

e qual dos dois continha mais perigos?

Na sua devoção a “são dinheiro”,

os seculares agem muito bem,

mas os falsos cristãos vão mais além…

Leva vantagem quem morder primeiro!

             

Tigres famintos e desesperados,

estão sempre com seus botes armados

espreitando vítimas inocentes!

Um complô de abutres coniventes

apóia aos leões devoradores    

a serviço dos seus próprios favores.

PFA/

Palavras de Jesus

                          

– Tive fome, tu deste-Me comer?

Tive sede, tu deste-Me beber?

Acolheste-Me, quando estrangeiro?

E ao ver-Me nu, deste-Me cueiro?

Socorreste-Me ao adoecer?

Quando na prisão, tu foste Me ver? Mt 25: 35 e 36

– Senhor, no real, isso aconteceu?!

Aonde, como e quando se deu?! Mt 25: 38 e 39

– Tudo que tu fizeste ao teu irmão,

independentemente da ação,

a Mim tu o fizeste, por igual. Mt 25: 40

Se na páscoa ou pelo natal,

tratem-se com amor e com doçura,

como faço a toda criatura!

PFA/

Reflexão natalina

                                           

Chegou o fim do ano, é natal,

que devo pedir a Papai Noel

- melhor dizendo, a Papai do Céu -

o que tem me faltado, afinal?

Começo a refletir, com parcimônia,

analiso o que está faltando,

igualmente, o que está sobrando,

e entro num torpor de cerimônia

ao ver que tenho mais do que careço

e, muito, muito mais do que mereço!

O que tem me faltado é gratidão,

- enquanto tem sobrado ingratidão -

no entanto, o que mais me entristeceu

é que há muita gente como eu!

PFA/

Funesta saudação

Fraternalmente, em Cristo, Fábio!

                                             

Acontece, difícil é entender!

A cada vez é uma novidade,

independentemente da idade,

ela sempre irá surpreender!

Não importa qual seja o problema,

ela não representa solução

e jamais contará com afeição,

será sempre motivo de dilema!

Contudo, lhe devemos reverência,

foi através da sua ingerência

que resplendeceu a Divina Luz;

foi o instrumental, junto à cruz,

que efetivou a consumação

da minha e da sua salvação.

PFA/22.12.2015

Sublime prevalência

                               

Não foram poucos nossos desacertos,

ao longo da exaustiva caminhada,

empreendida ao longo da estrada,

ora faustosa, ora de apertos.

Entre lembranças e experiências,

a quebra dos preceitos virginais

e os primeiros contatos sexuais,

são relíquias sempre em evidências.

Embora haja muito a lamentar,

dentre os tantos erros praticados,

alguns fatos merecem ser lembrados

e postos em destaque num altar:

causando ou sofrendo dissabor,

entre nós, prevaleceu o amor!

PFA/

Três trava língua

                           

 

                                  

– Se você conseguir ler os três, em 30 segundos, sem errar, parabéns!
Os verbos estão destacados em vermelho.

Eu seco pelo e sedo pele,   

pelo pelo e selo pele,  

pego pele e pego pelo, 

seco, sedo, pelo e selo.  

Se o sapo sujo o saco suja,     

sedo o sapo e seco o saco, 

sovo e seco o saco e selo,  

seco, safo e solto o sapo! 

Afogo afeto e ofega afago,  

afeto afago e ofega afeto! 

Afeta, afoga, ofega, afaga,

afeto, afogo, ofego, afago.

PFA/ 

O Eu Sou - Soneto monossilábico

                              

Não Se deu só por mim! Por mim, por ti…

Se deu por vós, por nós, eu cri e vi!

Cri e vi, e tu hás de ver e crer!

É pra mim, pra nós… Vem, tu hás de ver!

Vê-Lo é bom e tê-Lo só faz bem!

Quem O tem e O dá, a quem não tem,

dá o que tem, e não quer só pra si!
Vês, dás o que é teu, sem vir de ti!

– Eu Sou o que Sou Eu, e Sou sem fim!

Dei-Me por ti, pra ter-te só pra Mim,

o que por ti Eu fiz o fiz na cruz!

Vai e diz, a um por um, quem Eu Sou,

diz-lhes quem Eu Sou, e o que te dou,

e que por ti, na cruz, Eu Me fiz Luz!

PFA/

Evangelho de S. João - Cap. 12 - III

                        

                     Jesus fala da Sua glorificação; ouve-se uma voz do céu.

                                               Jesus, a luz do mundo.

Jesus atende aos Seus seguidores

e volta a falar da Sua morte,

enquanto implora ao Pai que O conforte

ante a farsa dos Seus traidores.

Glorifica o nome do Seu Pai,

enaltece àqueles que O amarem

e faz advertências aos que tramarem

embotar Sua vida, que se esvai:

– Em nome do Meu Pai tenho falado,

o Seu santo poder glorificado,

entretanto, não queres Me ouvir!

Vejo a Escritura se cumprir,

conforme o profeta Isaías,

quando previu a tudo que farias.

PFA/