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sexta-feira, 20 de maio de 2011

MUFA - Rap PHtão

Cantata "O Filho Pródigo" - Mensagens

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MUCANT - Trindade - Cantata "O Filho Pródigo" - VÍDEO 1

MUCANT - Busca a Jesus - Cantata "O Filho Pródigo" - VÍDEO 2

MUCANT - Deus Criador, Mantenedor e Salvador - Cantata "O Filho Pródigo" - VÍDEO 3

MUCANT - Salmos 150 - Cantata "O Filho Pródigo" - VÍDEO 4

MUCANT - Ilusão - Cantata "O Filho Pródigo" - VÍDEO 5

MUCANT - Vaso Novo - Cantata "O Filho Pródigo" - VÍDEO 6

MUCANT - Amor Maior - Cantata "O Filho Pródigo" - VÍDEO 7

MUCANT - Reconciliação - Cantata "O Filho Pródigo" - VÍDEO 8

MUCANT - Porta Aberta - Cantata "O Filho Pródigo" - VÍDEO 9

MUCANT - Filho Pródigo - Cantata "O Filho Pródigo" - VÍDEO 10

MUCANT - Renascer - Cantata "O Filho Pródigo" - VÍDEO 11

MUCANT - Conversão - Cantata "O Filho Pródigo" - VÍDEO 12

MUCANT - Vou Realizar Meus Sonhos - Cantata "O Filho Pródigo" - VÍDEO 13

MUCANT - Vencendo Vem Jesus - Cantata "O Filho Pródigo" - VÍDEO 14

segunda-feira, 4 de abril de 2011

ACRODVS - K a r l a

Karla - excelso anjo querubim,

Aurora etérea cor marfim,

Raríssima pérola divinal,

Lágrima infantil, sol matinal,

Áurea dádiva celestial.


Pedro F. Alves
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domingo, 20 de março de 2011

QTE - Trindade

Um é um e dois é dois,
Mas, assim não é o três!
Na Santíssima Trindade,
Três é um e um é três.


Pedro F. Alves
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sábado, 19 de março de 2011

ESDVS - Restauração

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Eu sou parte de Deus, Sua imagem
Resplandeço real e sem miragem,
À Sua semelhança fui gerado
E como filho Seu fui adotado.

Na minha caminhada incoerente,
Tropecei, fui mal e irreverente.
Limitado em Seu conhecimento,
Mesmo sem ter maldade, o sofrimento

Passou a integrar o meu viver,
Mas, veio, para a paz me devolver,
Jesus, o próprio Deus, e em meu lugar

Sofreu crucifixão reparadora
E pela Sua graça salvadora
No Seu colo me pôs a repousar.

Pedro F. Alves

07.11.2009

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SSDVS - Dar e receber


Na vida são comuns e são patentes
Alternâncias em nossos sentimentos,
Em alguns somos sábios e cedentes,
Noutros rapinas de recebimentos.

O egoísta sonha receber,
Ensimesmado, só pensa em si;
Insensível, não sente o prazer
Que há na gentileza de servir.

A ventura de ver brilhar os olhos
De quem, num mar de dores e abrolhos,
Vê minorado o seu sacrifício

É vicária ação sacra e boa 
Que mais beneficia a quem doa
Que ao recebedor do benefício.

Pedro F. Alves
19.03.2011

SSDVS - Ser e ter

Solidariedade, gesto santo,
Expresso por quem, mesmo em desencanto,
Tem sensibilidade e amor
Para compartilhar alegria e dor.

Comum àqueles menos abastados,
Rara na vida dos afortunados,
Tem como expressão no dia-a-dia
O sangue que se dá pra cirurgia.

Nas longas filas para doação
Cada doador mostra na feição
A contradição entre ter e ser.

Riqueza e amor se contrapõem,
Os ricos quase nunca se dispõem
A ser mais e sonhar menos com ter.

Pedro F. Alves

06.11.2009

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ACRODVS - Verdade, Força, Poder e Paz

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Divino, Eterno e Universal Senhor...
Onipotente, Onipresente e Onisciente...

Verdade

Verdade que se aprende desde menino,
É essência do caráter do Divino,
Relativa entre nós pobres mortais,
Defende valores e bens morais.
Antiga, contemporânea e eterna,
Dura, difícil, mas singela e terna,
É pedra na vida dos imorais.

Força

Força é elemento de progresso,
Origem de desgraça e de sucesso,
Razão de ser de grandes poderios,
Corrupção, desmandos e desvarios,
Armadilha fatal pro insucesso.

Poder

Poder, dádiva tua Pai celeste,
Onisciente, que do bem revestes
Dirigentes dotados de saber,
Encarregados para vir fazer
Reinar a paz e amor incontestes.

Paz

Paz: Harmonia, Verdade, Poder,
A Força capaz dos males vencer,
Zênite, Rei dos reis, Eterno Ser.

Pedro F. Alves

27.11.2006

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ACRODVS - “Thelmas”

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Tens no ser, inato do Criador,
Harpa sonora e meiga, em tua voz,
És prestimosa fonte de amor,
Luz resplandecente que, entre nós,
Manifesta-se firme contra a dor
Aonde a sorte surja como algoz.


Tens ternura e tempestuosidade,
Harmônica heterogeneidade
Entre estático e ebulição.
Luzeiro sem luz, em levitação,
Múltiplos mistérios de mulher
Amorosa e agressiva em seu mister.


Pedro F. Alves

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ACRODVS - Thania

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Ter, ser, haver, é dádiva celeste,

Hosana manifesta pelo Pai,

Autor universal, que te reveste,

Não contra o fraco que se esvai,

Insigne contra a águia que investe

Anti à presa que inerte cai.


Kuss, beso, baiser, kus, kiss, bacio, beijo.

Pedro F. Alves

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ACRODVS - Luci

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Luci, parabéns, paz e amor,

Um feliz aniversário!

Cerne, âmago, luz, esplendor;

Início e fim, ser, triunfar;

Eternizar-se, sonho de fada;

Na vida, para uma mulher,

É ser mãe, amar e ser amada.


Feliz aniversário e parabéns pela realização de todos estes sonhos, filha!

Kuss, beso, baiser, kus, kiss, bacio, beijo.

Pedro F. Alves

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ACRODVS - K a r l a S i m o n e

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Karla - Excelso anjo querubim,
Aurora etérea cor marfim,
Raríssima pérola divinal,
Lágrima infantil, sol matinal,
Áurea dádiva celestial.

Semente pra nossa descendência,
Ícone sublime de decência,
Musa que encanta e cativa.
Ouro, prata, brilhante, luz viva,
Nada, nada, ofusca o teu ser,
És matiz do amor a resplender!

Kuss, beso, baiser, kus, kiss, bacio, beijo!
Ah, que a tua vida seja assim, almejo:
Risos, alegria, paz, felicidade,
Luz pra quem vive na obscuridade,
Amor sonoro em forma de solfejo.

Pedro F. Alves

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CQDVS - Descoberta

Três coisas eu descobri
E jamais vou esquecer:
Reais e falsos amigos
É na dor que a gente vê;

A força interior,
Que a gente tem sem saber,
Pra nos tirar do “buraco”
Quando a gente nem mais crê;

E finalmente a maior:
São os sofrimentos meus
Que aumentam minha fé
E me ligam mais a Deus.

Pedro F. Alves

JAN/93
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RSDVS - A rosa que te dei


Eu roubei uma rosa pra te dar,
sei que é, para ti, um troféu de amor;
baú de instantes, para relembrar,
sintetizados numa simples flor.

Sei que guardas: as minhas poesias,
músicas e cartões; tens com carinho:
meus poemas, bilhetes, fantasias
e tudo que deixamos no caminho!

São momentos, palavras - sãs histórias -,
episódios reais, os mais diversos,
mantidos indeléveis! São memórias

da rosa e tudo que o amor situou
e o tempo apagará, como a estes versos,
mas, sem por fim ao amor que os inspirou!

Pedro F. Alves

31.07.2009

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terça-feira, 15 de março de 2011

SSTHE - Thelma Cristiane

Quanta dedicação, quanto amor,
Dói mais nela, que em mim, a minha dor!
Dia após dia, alerta, perspicaz,
A todo instante pronta e eficaz.

Discreta, tal e qual bicho feroz,
Está atenta, é rápida, veloz!
Exige providências com urgência,
Faz das coisas, mais simples, emergência!

Chegam uns, passam outros, ela fica!
Renuncia a tudo, não implica,
Fez de mim o seu alvo principal.

Isto é amor? – Não! É muito mais!
É entrega total, é ser capaz
De imolar-se pelo amor paternal.

Pedro F. Alves

31.12.2009
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SPOEM - Natal

Jesus, Misericórdia e Graça em Tempo Oportuno.

Hebreus 4: 16
“Cheguemos, pois, com confiança ao Trono da Graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno”.

– É possível que, hoje, na sua casa a família se reúna em volta da mesa para tomar o costumeiro café, e alguns se entristeçam porque faltou o tradicional peru de natal.

Lembre-se: muitos têm uma mesa farta com peru recheado e não têm uma família para comê-lo!
– É possível que na troca de abraços não haja presentes para trocar e as lamentações sejam muitas.

Lembre-se: muitos trocam presentes, mas não trocam abraços!
– É possível que alguém não queira sair porque não comprou roupa nem sapatos novos.

Lembre-se: muitos têm roupas e sapatos novos e, no entanto, não podem sair!
– É possível que por motivo de doença um ou outro esteja muito triste.

Lembre-se: muitos não conseguiram suportar a doença e “partiram”!
– É possível que as dívidas acumuladas durante o ano façam-lhe desprezá-lo.

Lembre-se: muitos morreram de fome por não poder contrair dívidas!
– É possível que a ausência dos amigos seja muito sentida.

Lembre-se: muitos estão cercados de inimigos!

– É possível que a espera por alguém que não chegou lhe desespere.

Lembre-se: muitos não têm por quem esperar!

– É possível que a falta de dinheiro lhe cause revolta.

Lembre-se: muitos são escravos do dinheiro!

– É possível que você considere tudo errado em sua vida.

Lembre-se: Deus ama a cada um dos seus filhos, deles tem misericórdia e lhes concede graças em tempo oportuno.
– É possível que muitos nem sequer lembrem-se de Deus!

Você não. Dê graças, então!


Feliz Natal! – Próspero Ano Novo!

Pedro F. Alves

segunda-feira, 14 de março de 2011

SPOEM - Turistas, aves de arribação?

Todos os anos se repetem as mesmas cenas:
Pessoas que chegam às dezenas, às centenas,
Invadem as nossas praias e as nossas praças,
As nossas casas, nossas vidas, e damos graças!

É gente vinda de longe, e também de perto!
Vindo de avião, de trem e por mar aberto,
Branca, preta, amarela, de todas as cores,
Mulheres, crianças, moças, rapazes, senhores.

Chegam e revolucionam as nossas vidas!
Simpáticas, interessantes, bem parecidas,
Vêem a procura de divertimento e paz,
Não regateiam, pagam por tudo que satisfaz!

Conquistam nossas amizades, nossos corações,
Despertam novos sentimentos e novas paixões!
Envolvemo-nos, sonhamos e nos entregamos.
Felizes, trabalhamos, sonhamos e amamos.

Mas, como se diz, tudo que é bom dura pouco!
Árvore que arde em chamas, cedo vira toco!
Passados alguns dias, eis a realidade:
Em nossas vidas, tudo volta à normalidade.

Nós, constrangidos, assistimos chegar a hora,
Os turistas, aves de arribação, vão embora.
Iguais a pedras que não param, não criam lodo,
Migalhas daqui e dali formam o seu todo.

Vão e, certamente, jamais regressarão. Adeus.
Sonhos, paixões, amores que despertaram, os meus,
De muitos, e também os seus, serão esquecidos,
Fomos chamas breves a mantê-los aquecidos.

Nas próximas férias os destinos serão outros,
Os amores, paixões, sofrimentos, serão d’outros.
Em novos lugares tudo será revivido,
E depois, infelizmente, também esquecido.

Aqui não mais! Valeu a lição! Vamos conquistá-los
E não apenas ser conquistados! Cativá-los!
Sentindo-se amados, certamente, voltarão,
E, assim, os teremos de inverno a verão.


Pedro F. Alves

Gravatá (PE), 28.12.2005

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SSDVS - Recanto dos girassóis

As árvores em bailados festivos,
Têm nas copas a ondulação dos mares,
De corpos em movimentos lascivos
Ou de bêbados aos tombos nos bares.

Depois, em calma, parecem dormir
Tranqüila e docemente em paz
Quais amantes cansados de “sentir”,
Ou de quem, ressacado, inerte jaz.

Lindas borboletas e beija-flores,
Num vai-e-vem de muitas e alegres cores,
São pincéis que retocam a beleza

Destas tão maravilhosas paisagens,
Obras fantásticas e reais miragens,
Dádivas sublimes da natureza.

Pedro F. Alves

03.03.2003

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*O sol e a saudade

Teu brilhante fulgor no alvorecer,
Cobrindo terra e mares de beleza,
Desperta alegremente a natureza,
Fazendo em tudo a vida florescer.

Já à tarde te despedes, fugazmente,
Te esvaindo num grande fogaréu
Que se espraia da terra até o céu,
Sob olhos que te fitam tristemente.

Amanhã, certamente, voltarás
E a saudade que deixas quando vais
Não passa, simplesmente, de lembrança.

Diferente é partir pra não voltar,
Causa dores, tristezas, faz chorar.
É saudade! Não mais resta esperança.

Pedro F. Alves

17.05.2002

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RSDVS - Lua de Gravatá

Donzela que te escondes trás dos montes
Vais expondo teus raios fulgurantes
Despindo-te num místico vai-e-vem
Sobre nuvens que bailam no além.

Poetas e casais apaixonados
Sonham ao contemplarem deslumbrados
O brilhante alvor e a beleza
Que espraias sobre toda a natureza.

Rainhas, damas da noite, enfim,
Abrem-se perfumando meu jardim,
Completando a paisagem divinal.

Sobre o terraço, rede balançando,
A estes espetáculos olhando,
Louvo-Te Criador universal.

Pedro F. Alves

31.03.2002

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SSDVS - Gravatá

Se você anda triste, estressado,
Não consegue dormir, preocupado,
Alimenta-se mal, sem apetite,
Padece de dores, com pan gastrite;

Se a mulher, há muito, foi deixada,
Se não liga pra sexo, nem mais nada,
Se a vida pra você não mais sorri,
Venha, a solução está aqui!

Arrume a bagagem, e urgente,
Esqueça tudo que está pendente,
É hora de parar e se cuidar!

Aqui, o tratamento é natural,
Clima, povo e comida sem igual,
É simplesmente: “viaGra-va-tá!”!

28.09.2003

Pedro F. Alves

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ESDVS - Vingança

Vingança é um ato de violência
Representado pela incoerência
De com as próprias mãos fazer justiça;
Justiça que se faz com injustiça.

É sangradouro por onde deságua
Antipatia, gana, ira, mágoa,
Zanga, ódio, rancor, intolerância,
Fúria, egoísmo e arrogância.

É incrível, mas é pura verdade,
São tantos os que dizem crer em Deus,
Acreditarem na sua concórdia,

No entanto, cometem a maldade
De apontar como atributos Seus:
Ódio, vingança, dor, morte, discórdia.


Pedro F. Alves

17.12.2006

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ESDVS - Presunção

Senhor, Tu bem conheces meus projetos,
Eu os fiz crente nas Tuas promessas,
E preciso adquirir alguns objetos,
Urgentemente, tenho minhas pressas!

Sei que Tu, tudo tens e tudo podes,
E confiante, Te peço que me atendas
Conforme planejado nos meus moldes.
Dá-me como Te peço, sem emendas!

Santo Pai, sê fiel ao meu querer,
Não faltes, não me faças padecer!
Pelo muito que Te amo, espero!

Tu disseste: “Pedi e dar-se-vos-á”,
Então, tudo que eu Te implorar,
Amém. Hás de fazer conforme quero!

Pedro F. Alves

21.05.2003

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ESDVS - Prece

Deus Pai, são tantos os nossos pecados
Que, mesmo já depois de perdoados,
As suas conseqüências dão origem
Às seqüelas que tanto nos afligem.

Senhor, escuta-nos, tem piedade,
Dá-nos Tua paz e serenidade,
Mantém firme a nossa esperança,
A nossa fé, amor e confiança.

Não temos nenhum mérito, sequer,
Mas é Teu Filho que pra Si requer
Os nossos erros e as nossas mazelas,

Pois, conhecendo as nossas fraquezas,
Ofereceu-Se às mais vis rudezas
E deu a vida pra livrar-nos delas.

Pedro F. Alves

23.05.2003

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ESDVS - Pedi!!!

– “Pedi e dar-se-vos-á”, Tu nos disseste,
Mas, Deus Pai, é tanto o que já fizeste,
Criaste, manténs e salvas, Senhor!
Graças, só graças pelo Teu amor!

Conhecedor da nossa ingratidão,
Da dureza do nosso coração,
Temias ver-nos em perecimento
Por desamor e por esquecimento!

Dando-nos muito mais que precisemos,
E muitíssimo mais que merecemos,
Talvez, só para nos lembrar de Ti,

Nas Tuas paternais magnificências,
Apelaste às nossas consciências:
– Busquem-me, mesmo que, só pra pedir!

Pedro F. Alves

16.05.2003

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ESDVS - Graças

Santíssimo Pai que nos céus estás,
Graças, mil graças pelo Teu amor!
Pelas infindas graças que nos dás,
Somos agradecidos, meu Senhor!

Santíssimo Deus Pai que estás aqui,
Graças Te damos pelos salvamentos!
Graças às graças que nos vêm de Ti,
Graças temos a todos os momentos!

Se estás aqui, Senhor, ou lá nos céus,
Cobre-nos sempre com Teus santos véus
E concede-nos a sublime graça

De, num mundo de tanta corrupção,
Guardados pela Tua santa mão
Estarmos livres de toda desgraça.

Pedro F. Alves

09.08.2003

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ESDVS - Fé

Crédito absoluto e sem reserva,
Mantido vivo, e que se preserva,
Em algo não palpável, abstrato,
Sem forma, sem matéria, sem retrato.

Crença firme, motriz que impulsiona,
Regenera, refaz, impressiona!
Quem a tem pode até mover montanhas,
Curar males da pele ou das entranhas.

Sem ela não há glória no final!
Para o crente, é sangue vital,
Foi tropeço na vida de Tomé,

Por ela nosso pai, o Abraão,
Alcançou, pela graça, salvação,
Justiça imputada pela fé.

Pedro F. Alves

10.03.2003

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ESDVS - “Eu Sou”

Princípio... Essência... Célula Mater...
Em Ti tudo habita e está contido,
O universo infinito revelaste,
Tudo tens, tudo és e tudo podes!

As tuas plenas Auto-revelações
A tudo redime, salva, guia,
A natureza Te reverencia,
O infinito em Te se encerra!

Nada crias, pois, tudo Tu já és,
O infinito, inato e latente,
Habita no Teu ser pré-existente!

Como Te definir, ó Deus Eterno?!
Que acrescer à Tua divina
E plena Auto-definição: – “Eu Sou”.

Pedro F. Alves

23.05.2009

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ESDVS - Crença

Se às dores que atormentam meu viver
– Calúnias, achincalho e desprazer –
Somarem-se mais vis humilhações,
Dificuldades e mais agressões;

Se incompreensões e desamores,
Tristezas, decepções e dissabores,
Fizerem minha vida desabar,
E a tudo me for dado suportar;

Crente que todo mal provém do mal,
Agradeço-Te Pai universal,
Pois se a tudo consigo subsistir,

É pela graça da Tua presença
Mantendo-me incólume na crença
Para que a tudo possa resistir.

Pedro F. Alves

18.05.2003

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ESDVS - Confissão

Pai, tremo frente à tua justiça,
O sagaz inimigo induz, atiça,
– serpente disfarçada, sedutora –
À minh’alma tão vil e pecadora.

Teu é o perdão, a misericórdia,
Senhor da paz, do amor e da concórdia!
Firme em tuas promessas e alianças,
Tenho incólumes minhas esperanças.

Não há dilema, se o bem ou se o mal,
Há fraqueza vil, torpe, infernal,
Que me leva a fazer o que não quero;

Há consciência que me faz despertar,
Prostrar-me arrependido a chorar,
Em lamento sentido e sincero.

Pedro F. Alves

15.02.3003

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ESEBB - Bíblia

Foi dito ou não foi? Assim ou assado?
O sentido é correto ou errado?
Transliteração falha? – Talvez sim!
Explicação plausível? – É, enfim!

Linguagem corrigida, atual,
Qual a versão com forma ideal?
Contemporânea e não revisada?
Corrigida e/ou atualizada?

Nada satisfará completamente,
Haverá sempre novo precedente
Para discórdia e incompreensão,

Enquanto não houver crença, por fim,
Que Cristo foi, é e será, sem fim,
Vida, e Vida sem contestação.

Pedro F. Alves

17.12.2006

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SSDVS - Sorriso e olhar...


Movimentos faciais, breves, discretos,
esboçados por lábios semiabertos,
cuja abrangência e reais sentidos
nem sempre são nos olhos refletidos.

Se transcendental, bom...  ou infiel,
teu olhar poderá ser mel ou fel
que, independentemente do sorriso,
pode expressar inferno ou paraíso.

Na face de mulher emoldurado,
tem poder real, mesmo disfarçado,
que poderá gigantes conquistar;

nos inocentes lábios de crianças,
é vida, é porvir, sonho e esperanças
que poderão o mundo transformar!

PFA/08.02.3003

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SSDVS - Regresso

Pássaros com sonoras melodias
Solfejam as mais lindas sinfonias
Pra em conjunto com teu tilintar
Adornarem o nosso despertar.

Pais, tias e avós, festivamente,
Comemoram em casa, alegremente,
O brilhante surgir de novo dia
Na desejada paz e harmonia.

Que, sempre, prevaleça a sensatez,
Virtude que dá força e solidez
Às estruturas que sustêm o lar

Sem penalizar seres inocentes
Com atitudes vãs, inconseqüentes,
Comuns àquele que não sabe amar.

Pedro F. Alves

23.05.2003

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RSDVS - Realidade doméstica

Quartos vazios, as camas arrumadas,
Na mesa, cadeiras desocupadas,
Banheiros limpos, que tranqüilidade!
Cruel, mas tão perfeita, normalidade!

Os filhos seguiram os seus caminhos,
São independentes e seguem sozinhos,
Outros horizontes vão conquistar:
Amigos, profissões, um novo lar.

A lei da natureza se repete,
Este é o quinhão certo que nos compete:
Os pais em seu lugar, os filhos noutro!

Sentados na cama, a retrospecção:
O tempo passou! Queiramos ou não,
Nós dois somos as bengalas um do outro!

Pedro F. Alves

28.06.2003

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SSDVS - Pedestal

Sonhamos construir um pedestal,
Revestido com pedras de cristal,
Rodeado de paisagens verdejantes
E todo ladrilhado de brilhantes.

Uma torre de mármore, Carrara,
Detalhes de esmeralda da mais rara,
Irradiando brilho e esperança,
Símbolo de realeza e pujança.

Nesta peça real vamos botar
Guardiões noite e dia a vigiar
A jóia, no contexto, de mais brilho.

Não é ouro nem prata, nem rubi!
É, simplesmente, um lindo guri,
O neto que vais nos dar, o teu filho.

Pedro F. Alves

12.09.2003

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FSDVS - O sapo e a cobra

Um sapo descansava, calmamente,
Quando percebeu, repentinamente,
A enorme pata de um boi sobre si.
Esperneou, mas não pode fugir!

Alguns animais a tudo assistiam,
Porém pouco importava o que viam,
No entanto, um muito se interessava
Pelo fatal desfecho que aguardava.

Um cruzar de olhos e o sapo percebeu
Que o tal bicho não era amigo seu!
Na tentativa da fera acalmar,

Diz, ao sentir que está se aproximando:
– Comadre cobra, vê?! Tô segurando
Este boi pra nós dois comê-lo. Tá?

Pedro F. Alves

04.08.2003

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SSPERDVS - Onildo Almeida


Homem simples, cristão mui fervoroso,
e prestativo, mestre generoso,
amigo solidário e presente,
alegre, bonachão, gente da gente!

Compositor eclético, maestro,
encontra no dia a dia o seu estro;
ator polivalente, invulgar,
poeta divinal e secular!

Ícone no mister de musicista,
é símbolo real do bom artista,
ídolo, forró, feira, uirapuru;

nome que virou marca da cidade
exemplo cultural pra humanidade
e orgulho da nação Caruaru!


Pedro F. Alves

08.04.2008

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RSDVS - O gangarra e a maracanã

Ela era grande, ele pequeninho,
Rei e rainha juntos, num só ninho!
Cada qual se mantendo do seu jeito,
Desiguais, porém, um casal perfeito!

Era tão linda e desengonçada,
Num vai e vem de moça apaixonada!
Se a gaiola foi sua prisão,
Bem mais as grades do seu coração!

Agora que está só, resistirá?
Triste sem seu gangarra aguardará
A fúnebre visita da vil morte!

Também, vou esperá-la, ansiosamente,
Porque prefiro a dor mais contundente
A viver só sem a minha consorte.

Pedro F. Alves

09.09.2003

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RSDVS - Nuvens

Bruma etérea em balé, cortina
Que esconde ou, hora, descortina
O infinito azul da imensidão,
Painel superior da criação.

Densas, explodem, raios e trovões
Despertam esperanças nos sertões
Onde a vida por pouco não se esvai
A espera da chuva que não cai.

Clone desta gravura somos nós!
O nevoeiro do silêncio encobre
A beleza de tão imenso amor!

Mas, podemos vencer a dor atroz,
Com diálogo sincero, franco, nobre,
Gotículas com dote salvador.

Pedro F. Alves

04.02.2007

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SSDVS - Não à exceção

A. I. um; A. I. dois; A. I. três; mais
A. I. quatro. A.I. cinco: TERROR!
Pleno cerceamento do direito
Constitucional. Lei: exceção.

KGB versos SNI!
Alemanha, Brasil, Rússia ou China,
Onde a diferença? Liberdade?!
Em absoluto, não! Cópias fiéis.

América do Sul, terreno fértil;
América Central, Cuba, Fidel;
Descriminação e morte. HORROR!

Democracia, ah, DEMOCRACIA!
Revolucionária juventude,
Reacionarismo não, não! Liberdade!

Pedro F. Alves

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FSDVS - Minha bicicleta

“Bici”, minha amiga e camarada,
“Cleta”, de tantas, tantas, caminhadas,
Dependurada no “bicicletário”,
Bem poucos compreendem teu glossário:

– Sinto saudades dos nossos passeios,
E, contristada, tenho meus receios
Que ao deixar-me, trocas tua saúde
Por uma cova e um ataúde.

Mas nem tudo está perdido, concordas?
Faço-te voltar, já, à tua forma,
Sem precisar esteiras, pular cordas!

Não precisas de plástica cirúrgica,
Silicone, botox, malhar, reforma...
Nem de intervenção psicocirúrgica!

Pedro F. Alves

02.12.2006

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ESDVS - Lamento

Salmo cinqüenta e cinco, verso doze,
Complementado por treze e quatorze:
– “Não era inimigo que afrontava,
Nem quem me aborrecia e enganava,

Porque deles eu teria me escondido,
Eras tu, meu igual, irmão querido!”
Davi, também assim me aconteceu,
Um a um todo amigo se escafedeu!

Clamarei, eu também, ao nosso Deus
Que ouvirá, certamente, os pleitos meus
E afligirá àqueles que não o temem,

E os fará descer pra perdição,
Metade dos seus dias não verão,
Porém, eu estarei entre os que O ouvem.

Pedro F. Alves

04.02.3003
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SSDVS - Juventude

Conselhos, pai zeloso e apreensivo,
Filhos indiferentes, desligados;
Pais sempre tão amorosos, compassivos,
Os filhos, quase sempre agitados.

– Os pais são retrógrados, não entendem,
Tudo assusta, a tudo eles temem!
Dizem os filhos na sua sapiência,
Ignorando, dos pais, a experiência.

Repete-se a lei natural, vida,
Renovação sem peso, sem medida,
Da juventude revolucionaria

Que, por um lado, trás contrariedade,
Mas, por outro, também prosperidade,
Basta, então, não seja reacionária.

Pedro F. Alves

18.08.2003

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SSDVS - “Dura lex sed lex”

Mais uma vez a víbora nos pegou!
A vil peçonha da sua discórdia,
Lançada de surpresa nos enganou,
Comprometendo a nossa concórdia.

Mas, cessado o susto imediato,
Percebemos as suas artimanhas,
A maldade que impregna cada ato
Originário das suas entranhas.

Recompostos, enfim, do forte impacto,
Concluímos que para qualquer pacto
Aplicar a lei é fundamental.

Sem ódio, porém com muita prudência,
Sem maldade, porém sem complacência,
Que prevaleça o que for legal!

Pedro F. Alves

20.11.2006

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SSDVS - As feiras

Centros de convergência popular
Para comprar, vender ou permutar:
Bens, serviços, também experiência,
Tudo conforme a conveniência!

Sejam humildes ou sofisticadas,
Amplamente postadas, ou intrincadas,
Têm de pontos comuns, peculiares,
Tratos e relações familiares:

Tapas e beijos, paz e guerras, preces,
Interesses, paixões especiais,
Os entrelaçamentos sociais,

Despressurizarão para estresses,
Atualização de fofocagem
E preservação da camaradagem.

Pedro F. Alves

01.11.2006

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RSDVS - Amar...

É depois de passados tantos anos,
As vitórias, lutas, desenganos,
Em nada desgastar os sentimentos.
É conservar em todos os momentos,

Melífera a voz, quando falar,
Sempre disposição, para escutar,
Manter-se disponível pra servir,
Cuidar do outro antes de pensar em si.

É acariciar as rugas com carinho,
Fazer da cama um suave ninho
Onde se aquecer em noite fria.

É, por fim, um doar-se, pleno, incessante,
Afável, conivente, interessante,
Mantendo a relação firme e sadia.

Pedro F. Alves

24.08.2003

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RSDVS - Amada amante

Fazes dos teus abraços minha eclusa,
mantendo minha alma em reclusa;
usas os lábios teus como narcótico
ardente, sedutor e estrambótico.

Teu suor queima igual lava vulcânica,
expelida pela ânsia satânica,
em erupção do teu corpo lascivo,
que me faz dependente e compassivo.

Contraditoriamente, tu és paz,
posta aos teus pés, minha alma jaz
e o meu corpo dorme calmamente!

E, indeciso, ante o dilema
se és Frinéia, Messalina ou Madalena,
nem sei que sou, além de teu dependente!


Pedro F. Alves

18.08.2003
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SSDVS - Alzheimer

Vaidade, luxúria, sedução,
Encantos e beleza feminina,
Trouxeram a real exortação
Aos seus mais lindos sonhos de menina.

Celebridade de muitos encontros,
Deferências, aplausos, gentilezas,
Suscitaram convites, reencontros,
Nas rodas das mais altas realezas.

Uma vida repleta de prazeres,
Sem preocupação, sem afazeres
Capazes de ofuscar os seus encantos!

Hoje, com Alzheimer, uma pergunta:
Melhor assim, porque já não assunta
As mudanças e os seus desencantos?

Pedro F. Alves

15.05.2009

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ESDVS - A grandeza do amor

Pai, pode haver beleza num traidor,
Hipócrita, falso e enganador,
Perverso, prepotente, mentiroso,
Vulgar, vil, arrogante, orgulhoso?

Jesus: – Teus atributos não importam!
Os teus defeitos e vícios não contam,
Pois, amo-te! Detesto os teus pecados,
Mas, morri para que fossem perdoados!

Guardadas as devidas proporções,
Digo-te, também eu: rugas, lesões,
As cicatrizes, marcas e seqüelas,

São apenas detalhes sem importância
Num ser com tantos charmes e elegância.
Amo-te, nem sequer lembro-me delas!

Pedro F. Alves

12.06.2005
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ESDVS - Ser cristão

Ser cristão é andar na contra mão,
Ser cristão é muito louco! SOU LOUCÃO!
O mundo contamina, Cristo acerta,
O mundo vicia, mas Cristo liberta.

O mundo é guerra, mas Cristo é paz,
O mundo acusa, mas Cristo refaz,
O mundo é corrupção, Jesus é penhor,
O mundo é ódio, mas Deus é amor!

O mundo é largo e leva à fantasia,
O mundo é depressão, Deus é alegria,
O mundo é frágil, mas Deus é cuidado.

A porta de Deus é estreita, mas salva,
O mundo é acusação, Deus é ressalva.
Se ser cristão é loucura... sou aloprado!

Pedro F. Alves

04.09.2009

ESDVS - Quem nos separará do amor de Cristo?

Será tribulação causa bastante,
Ou a perseguição mais incessante?
Ou angústia, ou fome, ou crueza,
Ou nudez, ou perigo ou incerteza?

Nada! Morte nem vida bastarão,
Nem anjos, nem altura ou depressão,
Nem as coisas presentes, nem passadas,
Nem a profundidade, nem chapadas,

Nem principados, por mais poderosos,
Nem do porvir, eventos misteriosos,
Nem o poder, por mais horripilante,

Nem qualquer criatura inimaginável,
Irá nos separar do amor afável
De Cristo Jesus, nosso Comandante.

(Romanos 8)

Pedro F. Alves

04.09.2009
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ESDVS - “Deprenão”

Otimismo, eis a palavra chave!
Põe-se de lado tudo que entrave
O bom humor, certeza e esperança
Que após a tempestade vem bonança.

Solidariedade e alegria
É entusiasmo que nos contagia,
Devoção responsável, sem excesso,
Pra quem, com fé, há de alcançar sucesso.

Perder é carta fora do baralho,
Pode-se até trilhar algum atalho
Em busca de melhores soluções,

Porém, sem desespero, sem temor,
Pois, quem pode mais que o meu Senhor?
E ele está atento às nossas orações!

Pedro F. Alves

24.08.2009
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SSDVS - Incubadora

Máquina salvadora, com calor,
Mas fria de acalanto, sem amor,
Substituta da seiva vital
Própria da essência maternal.

Câmara que a ciência utiliza
Pra suprir a criança que precisa,
Desligada do cordão umbilical,
Alcançar condição especial.

Abrigo infantil sem coração,
Sem mama, sem afeto, sem ação,
Faço a ti profundas restrições:

Indiferente, a tudo assistes,
Pouco te importas se alegres ou tristes
De pais e mães explodem corações.

14.08.2009
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ESDVS - “Anjos Bombeiros”

Ressurreição à vista, dia três,
Uma coisa a cada dia e vez,
Ontem “rescaldo” da fatalidade,
Hoje sensatez na realidade.

A tempestade não passou, perdura,
Mas, abrigada em tenda segura,
A vítima aguarda a chegada
Da Força de Paz dantes programada.

O Comandante Chefe a tudo proveu,
Ele nunca de um filho esqueceu,
Sua mão poderosa nunca falha.

É só aguardar, com fé, e virão
“Anjos Bombeiros” com a solução
Para conter a chama que se espalha.

18. 07. 2009

terça-feira, 8 de março de 2011

SSDVS - Índole

Frívola, arruaceira e vulgar,
Ingrata, indolente, secular,
Encarnas a maldade em pessoa
Vivendo desregrada e à toa.

Qual peçonha, de víbora inata,
Tua insensatez vicia e mata!
Ícone de traição e vileza,
És incapaz dum gesto de nobreza.

Quantas vezes eu quis te redimir!
Te estendi a minha mão amiga,
Tentei tirar-te do vil lamaçal,

Mas foi debalde o que pretendi,
Agias sempre como inimiga,
És, por índole, símbolo do mal.

20.11.2006

RSDVS - Esperar...

É, feliz, fitar a longa estrada,
E, bem vestida, linda e perfumada,
Aguardar com a mesa sempre posta,
Arrumada do jeito que ele gosta!


É esquecer querelas e discórdia
Para recebê-lo em paz, em concórdia
E abrir os braços para, num abraço,
Refazer o desgaste do cansaço;


É deixar de lado o tempo passado
Pra carinhosamente, e com agrado,
O regresso alegre festejar.


Mas é, também, enfado e desespero
De, em vão, aguardar um dia inteiro,
E então,“bum”, mandar tudo pelo ar.

23.08.2003

SSDVS - Chuva


Água, bênção que, em fragmentação,
espraiando-se no espaço celeste,
cai sobre norte, sul, oeste e leste,
dádiva salutar da criação.

Portadora de vida em abundância,
dá à terra flores, frutos e vigor,
milagrosas gotinhas sem sabor,
disformes, incolor e sem fragrância,

Homens na sua magna sapiência,
vibram com o progresso da ciência,
alimentando o sonho de induzi-la,

insanos, bombardeiam nuvens, tentam,
mas seus projetos falham, se arrebentam,
porque só a Deus cabe produzi-la.

PFA/

SPOEM - Táticas

Profissionais da fé, aos seus servidores subservientes e à massa fanática, em relação a possíveis contestadores:


– Destruir por inanição!

– Quem corre cansa. É esperar!

– Dêem tempo ao tempo. Eis a lição!

– Falar desgasta. Melhor calar!

– Não alimentem. Desatenção!


Abutres sujos! Pra que lutar?!
O tempo corre a vosso favor!

Voluntário!
Não bata de frente, não mate, não morra!
Calma, se não der mais, pare, pense, corra...
Pra Jesus.

Que tomem os “seus postos”! Vá respirar!
O tempo que corre a favor é o mesmo que conspira!

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RPDVS - Os olhos e a dinâmica da felicidade

A felicidade e a infelicidade são feitas de instantes...

Antes de ontem: – Os olhos são refletores a resplender na imensidão do universo os luzentes raios de alegria e amor que brotam do coração.

Ontem: – Os olhos são os sangradouros por onde deságuam as lágrimas que transbordam do lago de amarguras do coração.

Hoje: – Os olhos são refletores a resplender na imensidão do universo os luzentes raios de alegria e amor que brotam do coração.

Amanhã: – Os olhos são os sangradouros por onde deságuam as lágrimas que transbordam do lago de amarguras do coração.

Depois de amanhã: – Os olhos são refletores a resplender na imensidão do universo os luzentes raios de alegria e amor que brotam do coração...

RSDVS - Despedidas

De idas e vindas é feita a vida!
Chegadas alegres... Tristonhas partidas!

As lágrimas, representando as feridas
Tão comuns nos desenlaces, nas partidas,
São as tintas desbotadas, já vencidas,
Colorindo de saudade as despedidas.

Na face, tela lambuzada pela dor,
Os dedos são pincéis tentando retocar
Manchas, excessos de tinta, a retratar
A tristeza do hiato, ou fim, de um amor.

Quanto a ti, podes partir quantas vezes quiseres,
Dez, cem, mil... Uma ida a cada dia,
Pois, a tristeza de mil vezes te ver partir
É menor que a alegria de uma só te ver voltar!

Para partires, antes tens que regressar,
Meu temor é que tu partas duma vez,
Isto eu sei que jamais suportaria!


11.11.2005

SPOEM - Ditador de “Anuspira”

É fajuta
A conduta
Que desfruta
Nossa luta,
Sem escuta,
Sem disputa,
E imputa,
Sem permuta,
A cicuta
Absoluta
Que enluta
Quem refuta
A batuta
Prostituta.

A labuta
Não indulta,
Da biruta
Vil conduta,
Quem enluta
O recruta
Que discuta!

Ditador filho da p...!

SSDVS - Miseráveis

Não te lamentes, ora e agradece,
A tua dor não é nada diante
De quem sem lar, sem paz, amor, perece
Frente à multidão muda, passante.

Tens aconchego, teto, atenção,
Uma família que cuida de ti,
Tens, certos, remédio e alimentação,
Tudo, enfim, pra suprir e prevenir.

Em comum com aqueles miseráveis
Tens os cancros cruéis e incuráveis
Que mutilam e matam sem piedade.

Mas, em comum com eles, tens também,
Deus, médico dos médicos, que tem
A cura para toda enfermidade.

03.09.2009

SSDVS - Pobres

Na busca inconsciente do poder,
Querendo a qualquer custo vencer,
Deixamos nos levar pela maldade,
Esquecemos o que é sobriedade.

Os bens materiais com seus fascínios
Conduzem à maldade, a latrocínios,
À insensibilidade corruptível,
Tornando o homem cruel e desprezível.

Há pessoas tão ricas, mas tão pobres,
Que nada têm, senão o vil dinheiro!
Desprovidas dos mais puros e nobres

Sentimentos cristãos em suas vidas,
Desprezam o que há de verdadeiro
Em troca de questões mal resolvidas.

03.09.2009

SSDVS - Volta ao lar

É bom voltar pra casa. Que legal,
Lá fora não existe nada igual!
No lar as relações são diferentes,
As chamas do amor são mais ardentes.

Que bom ter tudo ao alcance da mão,
Livros, computador, televisão,
A comida caseira, nossa cama,
São coisas simples, mas que a gente ama.

Logo ao chegar tudo se transforma,
É como se houvesse uma reforma
E o corpo ficasse como novo.

E entre aleluias comovidas,
Louvores e orações enternecidas,
Ressoam gratidões pelo renovo.

20.01.2010

ESDVS - A morte

Claustrofobia, cápsula, prisão,
Cúmplices de morte e escuridão;
Necrópole, contraste de saúde
Com mazelas, penúrias e ataúde.

Paredes laterais, piso e teto,
Fundo, tampa frontal, e está completo
O cárcere humano conclusivo,
Ponto final do traço progressivo.

Inevitável, com data incerta,
A morte não tem hora, mas é certa,
Incorruptível e inadiável.

Creio na eternal felicidade,
Dádiva amorável da Trindade,
Mas, adia, ó Pai,Teu inefável.

01.11.2009

CQDVS - Superstição não se enquadra

Superstição não se enquadra



Sexta-feira meu Senhor
Na cruz foi crucificado,
Gesto magno de amor
Para sempre ser lembrado.

Dia de exaltação
Para quem acreditar
Que Sua crucificção
Deu-se para nos salvar.

Sexta-feira e a cruz
Simbolizam Sua dor,
Mas, refletem Sua luz
E, também, o Seu amor.

Dia da preparação,
Véspera do santo Sábado,
Dia da consumação
Da derrota do pecado.

Se exaltamos a cruz,
Muito mais a sexta-feira,
Pois, nela brilhou a luz
Lá no monte da caveira.

Dia em que brilhou a luz,
Dia no qual meu Senhor
Consagrou-Se numa cruz
Dando a vida por amor.


01.11.2009

sábado, 22 de janeiro de 2011

SSDVS - Sombra


Intrusa que não é, porém está,
Como se fosse, entre o que há.
Dependente dos que são, estagnada,
Disforme, sem volume, não é nada.

O Sol, a planta, a sombra, a Terra;
A luz, o ser, o solo, e encerra!
Sombra é contingência, circunstância;
Está, não está, não tem importância!

Iguais às sombras, seres perambulam
Sem ter identidade, pois, simulam
Não ter o que têm, nem ser o que são.

É difícil obter-se consciência,
E portar-se com brio e decência,
Para fazer-se sombra, tendo ação.

PFA/22.10.2010

SSDVS - “Ser ou não ser, eis a questão” William Shakespeare

Dói mais, ser e não ser, do que não ser;
também, ter e não ter, do que não ter.
Ser, ter, não ser, não ter... não sou, não tenho,
não contam meu querer, nem meu empenho!

Se eu não tenho, nem sou, não existo,
então, se não sou, nem tenho, desisto!
Nunca fui, nunca tive, nem estive,
quem não é, não tem, nem existe, vive?

Não tenho, não existo, não sou nada,
nesse contexto, bato em retirada,
a minha existência é ficção.

Custou, mas, percebi o que eu sou:
eu não sou nada, tudo se acabou,
enfim, “ser ou não ser, eis a questão!”

PFA/20.10.2010

ESDVS - Memória

Sistema que habita num espaço,
E que se movimenta em compasso
Gravitacional sem similar,
Que leva e trás a nenhum lugar.

Baú de relembranças sãs e más,
Poucas as boas, muitas as fatais;
Lagoa refletiva que me diz
O que de certo e errado fiz.

Não sei o que mais dói! Falhas rever,
Ou o bem que eu deixei de fazer?!
As lágrimas afloram, enlouqueço!

Obrigado Senhor, clamo aos céus,
Por livrar-me do cárcere dos réus
Onde devia carpir o que mereço!

PFA/14.12.2010

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

EPOEMAS - A busca


Pai!

Andei... Andei...
Busquei... Busquei...
Mas em vão busquei,
Pois, tudo que busquei,
Inutilmente,
Onde não há busquei!

Busquei no sol, nas estrelas, no luar,
Na terra, no céu, no mar,
Nas flores, nas cores,
No mel, no fel,
Busquei... Busquei...
Mas, em vão busquei!

No por do sol, nas madrugadas,
Nas partidas, nas chegadas,
Busquei sonhando e acordado,
No pródigo, no desgarrado,
Garimpeiro sem bateia,
Busquei... Busquei!

Busquei no carnaval e no natal,
No inverno e no verão,
Na primavera, no outono,
Em sonhos e acordado,
No amor, no ódio,
Em tudo busquei,
Mas, busquei em vão!

Andei e busquei
Em toda a natureza!
Na riqueza, na pobreza,
Na pureza, na beleza,

Na crença, na religião,
No ceticismo do pagão,
Na ofensa, no perdão,
Nas crianças, no ancião...

Na felicidade e na desdita,
Na condenada, na bendita,
Na música e na poesia,
Na real, na fantasia...

Na ciência, na ignorância,
Na humildade, na arrogância,
Na paz, na guerra,
Na alegria e na tristeza,
Busquei, busquei...
Mas, em vão busquei!

Andei... Andei...
Busquei... Busquei...
Cansei! Parei... Pensei... E concluí:
Tudo... Tudo que busquei,
Busquei em vão, Senhor,
Pois, em tudo, e em todos, nada achei
Comparável ao amor
Que só em Ti eu encontrei!

PFA/15.08.2006

SSMÃE - Mamãe

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Impotente prostrada numa cama,
Não fala, em silêncio ora e dorme.
Corpo macilento e feição disforme,
Prenúncio do final; mas não reclama!

Jovem, no labor da vida campestre,
Lutava contra seca, contra a fome,
Heroína, guerreira sem renome,
Veloz e ágil qual bicho silvestre.

Tenaz ao defender os seus rebentos,
Venceu com altivez os sofrimentos
Impostos pela vil sociedade.

Mas, louros de vitória alcançará,
Pois certamente entre anjos estará,
Em glória, com Jesus na eternidade.

PFA/10.11.2002
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SSMÃE - Às mães desconhecidas

Desvairada deixando o teu rebento
Sozinho ao léu, ao sol, à chuva ao vento,
Numa atitude de amor incontida,
Renunciaste à própria vida.

Como entender igual desprendimento?
Pra salvar teu bebê do sofrimento
Sacrificaste a felicidade
De vivenciar a maternidade.

Teu gesto não será compreendido,
Pois, só quem, por amor, houver sofrido
A tão cruel dor da crucifixão,

Poderá, finalmente, compreender
O ato de entregar-se pra morrer
A fim de que outro tenha salvação.

PFA/11.07.2002

domingo, 16 de janeiro de 2011

RPDVS - Ecos da minha alma

Quem dera que o meu olhar fosse límpido,
Convincente, e que ele transmitisse
O que trago dentro da minha alma!

Quem dera que quando eu fitasse um ponto
Ali se fincassem meus sentimentos
E se eternizassem os meus sonhos!

Quem dera que pudessem entender
A imensa beleza dos matizes
Que posso ver ao fechar os meus olhos!

Quem dera que ao ver as minhas lágrimas
Notassem o oceano de esperanças
Da perene fonte donde elas brotam!

Quem dera que ao olhar nos meus olhos
Enxergassem a pureza do amor
E a imensa paz que os envolvem!

Quem dera que todo mundo soubesse
Que a minha calma e tranqüilidade
Expressam fé e não indiferença!

Ah! Quem dera que todos descobrissem
Que há na síntese destes “Quem dera”
O apelo dos sonhos de quem espera
Que ouçam os ecos dos gritos da sua alma!

PFA/28.02.2010

ESDVS - Amanhecer do meu mundo interior

As estrelas brigavam com o sol
Querendo retardar o seu nascer
Ou juntar-se a ele no arrebol
Para festejar o alvorecer.

Angélicos corais cantavam hinos,
O céu, festivamente, se movia
E ressoavam cânticos divinos
Aguardando o raiar do novo dia.

Glórias, salve, aleluia às boas novas!
Trombetas anunciam sem parar:
– Foram extintas as dores e provas,

O fantasma das dores foi vencido,
Lágrimas e pesares já não há,
Deus refez, por amor, o seu ungido.

PFA/30.11.2009

ESDVS - Noite de paz

Amanheceu nublado, o céu escuro,
Prenúncio de um dia de enduro,
O navegador cônscio se previne,
Faz planos, analisa, se define.

Os raios cortam o céu, a chuva cai,
O embate começa, segue, vai...
Os tripulantes, anjos inspirados,
Põem-se a singrar determinados.

Ao fim do curso vem a calmaria,
Os luzeiros do céu, em euforia,
Esboçam aquarelas coloridas

Para festejar a noite de paz,
Aflições e temores, tudo jaz,
Só as vozes ressoam ternecidas.

PFA/26.11.2009

ESDVS - Bom dia mundo

Bom dia sol, bom dia todo mundo,
Altos e baixos, raso e profundo,
Doce e amargo, flores e espinhos,
Bom dia às pedras dos nossos caminhos!

Bom dia a terra, bom dia aos mares,
Aos que estão felizes nos seus lares
E aos que nas ruas cobram seus direitos
Pedindo, pão, remédios, teto e leitos.

Bom dia mundo de contradição,
Bom dia à beleza da razão,
Bom dia à pobreza da maldade.

Bom dia à esperança do porvir,
O dia em que Cristo há de vir
E conduzir-nos para eternidade.

PFA/08.11.2009

RSDVS - O beijo que te roubei

Estavas a dormir desfalecida,
Na tua face eu vi refletida
A calmaria de anjos querubins
Guardados pelos pares serafins.

Fiquei a contemplar toda beleza
Contida num momento de pureza,
Enquanto, em paz, descansa o pecador
Confiante, nas mãos do Criador.

Mas, sorrateiramente fui chegando
E, levemente, um beijo te roubei,
Rápido despertaste me olhando,

Emudecido fiquei a ti olhar,
E então, humildemente, balbuciei:
– Foi um roubo, mas, vais me perdoar?

Pedro F. Alves

07.10.2009

RSDVS - Teus braços

A fantasia que se vai masculina
É realidade que vem feminina?
- Não propriamente, mas, configurada
Pela ausência da ânsia desejada.

Temor?! - Sim! É temor. Como negar?!
O risco existe e poderá chegar!
Vigor, e até a própria existência,
Tudo passa a ser por dependência.

A certeza é certa um instante,
Dúvidas e senões são a constante,
Mas, a vida, em tudo, continua!

Apesar dos pesares, em teus braços,
Esqueço dos possíveis embaraços,
No êxtase de unir minh’alma à tua.

Pedro F. Alves

28.09.2009

RSDVS - Teus seios

Diante de ti há dois seios que são teus,
Teus porque os tens, mas que são mais meus,
Pois, sendo teus, faze-os meus, por amor,
E, pra que os guardes, eu, também, tos dou.

Sei-os, muito bem, como é que são,
Sobrepostos os tens no coração,
Por debaixo das minhas mãos, no leito,
Ou em contato com meu próprio peito.

Mas, tu sequer supões que são teus seios
A penúria maior pros meus anseios,
Prevendo-os distantes - sem que o sejam -

Pela ausência fatal do meu vigor,
Vencido, cruelmente, pela dor
E escravo dos achaques que me alvejam.

Pedro F. Alves

15.09.2009

RSDVS - O sol e a saudade

Teu brilhante fulgor no alvorecer,
Cobrindo terra e mares de beleza,
Desperta alegremente a natureza,
Fazendo em tudo a vida florescer.

Já à tarde te despedes, fugazmente,
Esvaindo-te num grande fogaréu
Que se espraia da terra até o céu,
Sob olhos que te fitam tristemente.

Amanhã, certamente, voltarás
E a saudade que deixas quando vais
Não passa, simplesmente, de lembrança.

Diferente é partir pra não voltar,
Causa dores, tristezas, faz chorar.
É saudade! Não mais resta esperança.

Pedro F. Alves

ESCONH - Conhecimento

Acadêmico, mas, espiritual,
O humano indo ao sobrenatural,
Conhecimento que transcenda ao senso
Mas, sem fanatismo e sem contra-senso.

Intelectualidade com ceticismo
É afronta à razão, inconformismo
Com a regência santa e eficiente
Do universo longínquo ou presente.

Conhecimento é cumplicidade
Da criatura com a Divindade,
Subjetivo, porém racional,

É convicção e fé inabalável
Numa eternidade inefável
Junto ao Poder Santo e Divinal.

PFA/03.09.2009

ESDVS - Uma luz no fim do túnel?!

Não! O resplendor de incontáveis sóis
Iluminando todo o universo
Pela frente, de lado, no reverso,
Pondo fim ao girar dos girassóis,

Luz que é sentimento invadindo
Almas e corações endurecidos,
Mas, que se voltam, quando enternecidos,
Ao sentir o amor os redimindo.

Deus é suprema Luz resplandecente,
Disponível, fiel, onipresente,
Não, no final do túnel, uma luz!

Crê, somente, e então terás Jesus
Em cada canto, em cada lugar,
A reluzir e a ti iluminar.

PFA/30.08.2009

SSDVS - Telhado de macaco

Quem tem telhado de vidro, cuidado!
Macaco não costuma olhar pro rabo,
E olhando para os outros, descuidado,
Expõe-se à vassoura e ao seu cabo.

João, Paulo, Macedo, tudo igual,
São atores da peça teatral
Onde os inocentes figurantes
Somos nós, doadores praticantes.

O pobre que rouba um pão é bandido,
A quem rouba milhões dá-se outro nome:
Político corrupto, crente ungido...

Sob a égide Santa, os capetas
Roubam de pobres, que enfrentam fome,
Os milhões que enchem as suas gavetas.

PFA/16.08.2009

SSDVS - Cacto sem caco


Sou um cacto que, sem caco, vagueia
Em busca de um só grão de areia,
Firme sustentação estrutural
Contra a intempérie universal.

O caco que me sustinha rachou-se,
Caiu a terra, a água derramou-se!
Seco e sem firmeza cambaleio
A depender de préstimo alheio.

– Desesperança?! Não! Ansiedade.
Nem tudo está perdido, na verdade,
Há boa perspectiva. Estão orando!

Mal identificado, é cuidar-se,
Ninguém pode, nem deve entregar-se,
O grão de areia pode estar chegando!

PFA/15.08.2009

ACRODVS - Quem sou?!

Peça fenomenal que o Criador,
Em Sua magnitude de amor,
Deu caráter à Sua semelhança,
Remiu, frente à desdita, de esperança.
Obra que é a imagem do Senhor!

Feitura ideal e muito boa,
Reinou frente a toda criação,
A Deus, somente, tinha submissão.
Na terra, no mar, e tudo que voa,
Como também Eva, a sua patroa,
Individual ou coletivamente,
Ser-lhe-iam fiéis, conforme dito,
Com a firmeza do Autor Bendito,
Onisciente e onipotente.

Assim eu fui criado, pra ser rei,
Logo, no entanto, do bem me desviei
Vindo, em troca, a condenação,
Então, o Pai, na Sua sublimação,
Salvou-me, morreu por mim, porque pequei.

PFA/15.08.2009

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sábado, 15 de janeiro de 2011

MUCANT - Salmo 150



SALMO 150


Aleluia! Aleluia!

Louvai a Deus no Seu santuário,
Louvai o Seu poder visto nos céus.
Louvai a Deus todo poderoso!
Louvai ao Salvador, santo e real.

Aleluia, louvai a Deus... Aleluia, louvai, louvai...

Louvai a Deus ao som da trombeta!
Louvai a Deus com harpas e liras,
Louvai-O com pandeiros e danças.

Aleluia, louvai a Deus... Aleluia, louvai, louvai..

Louvai a Deus com cordas e flautas!
Louvai a Deus com sons e musicais,
Louvai também com pratos sonoros.
Todo o que viver louve ao senhor!

Aleluia, louvai a Deus... Aleluia, louvai, louvai..

Amém.

PFA/

ESP - Perdoar

Perdoar é mais que abrir os braços,
Apertar de encontro ao regaço,
Falar sutis palavras de boas vindas
E dizer: as querelas estão findas;

Bem mais que receber festivamente,
Mais, até, que amar profundamente,
Tratar com carinho e com afeição,
Dar guarida, afeto e suprir de pão.

A grande beleza em se perdoar,
Muito transcende a um simples esquecer,
É desconsiderar, mesmo lembrado,

Falar sem ressentir, sem reclamar,
Copiando a quem, sem merecer,
Morreu em seu lugar, crucificado.

11.11.2006

SPOEM - Amigo

Nem sempre dois amantes são dois amigos.
Pode-se amar sem ser amigo!
Difícil é não amar, sendo amigo.

Nem sempre perdoar nos torna amigos.
Pode-se perdoar sem ser amigo!
Difícil é não perdoar, sendo amigo.

Nem sempre viver em paz nos torna amigos.
Pode-se viver em paz sem ser amigo!
Difícil é não viver em paz, sendo amigos.

Nem sempre dois amantes são dois amigos;
Nem sempre perdoar nos torna amigos;
Nem sempre viver em paz nos faz amigos!

Pode-se amar sem ser amigo;
Pode-se perdoar sem ser amigo:
Pode-se viver em paz sem ser amigo!

Difícil é não amar, sendo amigo;
Difícil é não perdoar, sendo amigo;
Difícil é não viver em paz, sendo amigos!

11.11.2006

CQDVS - Retrato falado




Sou menino de rua
Minha cor me condena,
Tenho a pele morena,
Pés descalços, costas nuas.

Qual será meu futuro
Se não tenho presente,
Nunca fui à escola
E nem tenho parente!

Meu retrato falado
Faz-me réu condenado!
É menino de rua,
Tendo a pele escura,
Pés descalços, costas nuas.

Quem me vê não percebe
Que o que trago aqui dentro,
É tão bom sentimento,
É amor para dar!

Pra mudar minha vida
Dêem-me casa e comida,
Com saúde e escola,
Ao invés de esmola!

Por maldade dos homens,
Pra tristeza dos céus,
Meu retrato falado
Faz-me réu condenado.

ESDVS - Terra

Planeta três do quântico solar,
Superfície sólida da área térrea,
Solo pátrio, morada, berço, lar,
Breve pouso rumo à paz, sem mão férrea.

Manifestação de infinito amor,
Dom supremo do Santo Criador
Que deu à criatura, de herança,
Para que viva em paz e bonança.

Paraíso real extra-celeste,
Construção ultra magna, inconteste,
À qual Deus, simplesmente, chamou: Terra.

Senhor, perdoa a insensatez,
Ganância, egoísmo, avidez,
Do homem que a faz palco de guerra!

30.11.2006

SSDVS - Porcos, Pérola, Prêmio e Partido

“Porcos” são animais, seres humanos,
Por índole, ralés e desumanos,
Emergentes do inato lamaçal
Pra nata da escória social;

“Pérola”: – não a pedra preciosa –
Mulher linda, educada e formosa,
Exposta, em um mundo nebuloso,
A “porcos” de caráter duvidoso;

“Prêmio”: “Pérola” posta em mãos de “porcos”,
Que por caminhos, quase sempre tortos,
Andam em busca de pomposo dote;

"Partido”: Objetivo perseguido,
Pelo falso, hipócrita, fingido,
A espera que a fortuna o adote.


28.01.2007

SSDVS - Inversão de valores


Vê-se o carro na frente os bois atrás,
a pérola valer menos que o lodo,
fazer-se guerras em busca da paz.
tumbas caiadas, o mais vil engodo!

Vê-se alma de conduta enganadora
fazer sucesso, sendo aplaudida,
enquanto gente boa e sofredora,
no rol dos puros, chora esquecida.

Enquanto não houver plena consciência
de que o real vale mais que a aparência,
e de que o ódio jamais vence ao amor,

homens hão de viver injustiçados,
tendo os seus caráteres julgados
pelos dotes, poder... e pela cor.

22.07.2003

SSDVS - Ego

Caixinha de segredos e petardos,
Arsenal belicoso com seus dardos,
Covil de marginais enfurecidos,
Clausura de vilões adormecidos.

Painel resplandecente da verdade,
Aurora boreal de santidade,
Fonte inesgotável de amor,
Celeiro de virtude e penhor.

Múltiplas variantes pessoais,
Diversas, dissonantes, mas reais,
Na personalidade dos humanos.

Abrigo tudo isto e não nego,
São partes integrantes do meu ego,
Dons que nos fazem bons ou desumanos!

CQDVS - Quadras diversas

Água

É chuva na vertical,
Rio na horizontal,
É vida se bem dosada,
Desastre se enxurrada.


Amanhecer

Início, nascer, começo,
Fim de noite, recomeço,
Embora emocionante,
Nem sempre com sol brilhante!


Amor

Sentimento especial,
Nascido no coração,
Capaz de vencer o mal
Com a força do perdão.


Aniversário

As horas de todo dia,
Os doze meses do ano,
Comemorado num dia,
Uma vez a cada ano.

CQDVS - Prudência!

Viver em sociedade
Requer sensibilidade,
Se precisar desistir,
É melhor não insistir!

Para não contrariar,
E não ser contrariado,
Reconheça seu lugar,
Aja sempre com cuidado.

Ajunte seus cacarecos,
Quando for chegada a hora,
Sem chavões e sem xavecos
Dê adeus e vá embora.

10.11.2006

CQDVS - Enquadramento

Enumere numa quadra
O melhor que se enquadra
No bairro, cidade e quadra,
De onde você se enquadra.

- Loja, hotel, mercado e bar;
Farmácia, hospital, bazar;
Diversão pra todo gosto,
Banco, escola, igreja e posto.


01.12.2006

FSDVS - Cão vira lata


Verme que solitário e vagabundo,
Desconfiando de tudo em seu derredor,
Vagueia mal cheiroso, nauseabundo,
Causando nojo e repugnância, e dó.

Repúdio se lhe expressam, flagrante!
Batendo pés, mãos, berram palavrões,
Põem-no a correr, em fuga alucinante,
Qual vítima das lavas de vulcões.

Por ventura, se, em seu peregrinar,
Um só estalo de dedos escutar,
O rabo faz bailar festivamente,

Confirmando que, mesmo rabugento,
Trás consigo o tão nobre sentimento,
Gratidão, incomum a tanta gente.

07.04.2003

RSDVS - Cactos


Uma fenda na pedra, um grão de terra,
Nisto o teu oásis se encerra.
És áspero, espinho agressivo,
Temido, rejeitado e nocivo.

Teimoso, entre os lajeiros brotas!
Em meio a rochas e serrotes, grotas,
Exposto ao sol, à chuva, ao vento,
Seivas de pedras tens por alimento.

Mas, ainda assim, há quem te ame,
Quem te dispense fino tratamento,
E em jarro de fina porcelana,

Com água e terra fértil, males sane,
Mesmo sabendo que a qualquer momento
O vitimarás com a tua gana.

21.11.2006
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Cactos vegetais X Cactos humanos

Você pode até sair intacto
Dos impactos com os vegetais cactos,
Raro é sair intacto ante o facto
De com cactos humanos fazer pactos!

RPDVS - Má!

I
Te
Dei
O
Mar,
O
Sol,
O
Céu;

II
Te
Dei
Um
Lar,
A
Luz,
A
Paz;

III
O
Que
De
Bom
Tu
Tens,
Eu
Dei!

IV
Fui,
Por
Fim,
Teu
Ser
Ou
Não
Ser;

V
Mas
Em
Vão,
Pois
És
Má,
És
Vil;

VI
Não
Sou
Mais
Que

Aos
Teus
Pés.

21.11.2006

SSPAI - Pai

Ser pai é submissão à dor pungente
De renunciando à sua própria vida
Alegrar-se na graça concedida
Para salvar o seu pingo de gente.

Deus Pai, não por amor ao Filho Santo,
Mas, por amor ao filho que se perdeu,
O Filho Santo na cruz ofereceu,
A sua morte carpindo em dor e pranto.

Ser pai é ter alguém que nos copia,
Que nos aguarda ansioso a cada dia
E que chora nas nossas despedidas,

E mais, naturalmente, ser clonado,
Por gerações seguir sendo lembrado
Pelo muito que fez por outras vidas.

17.02.2002

SSMÃE - Mãe

Este amor que no teu peito floresceu
Fez-se vida e uma vida concebeu,
Sonho materno que se fez real
Na perfeita clonagem paternal.

A força de um bem tão grande assim
Destemido, tenaz, manso, por fim,
Quebra lanças, preceitos, vence a dor,
Mostra ao mundo a grandeza que há no amor.

Enfrentas censura e reprovações,
Passas dificuldades, provações,
Mas, dissabores teus ninguém os sente!

Teus méritos e dons são ignorados,
Até mesmo, os teus gestos condenados,
Mas, Deus plantou em ti Sua semente!

Pedro F. Alves

Maio/1996

ESDVS - “Eu Sou”

Princípio... Essência... Célula Mater...
Em Ti tudo habita e está contido,
O universo infinito revelaste,
Tudo tens, tudo és e tudo podes!

As tuas plenas Auto-revelações
A tudo redime, salva, guia,
A natureza Te reverencia,
O infinito em Te se encerra!

Nada crias, pois, tudo Tu já és,
O infinito, inato e latente,
Habita no teu ser pré-existente!

Como Te definir, ó Deus Eterno?!
Que acrescer à Tua divina
E plena Auto-definição: – “Eu Sou”.

Pedro F. Alves

23.05.2009

ESTRIN - Trindade



Deus Pai e Filho, Deus Espírito Santo,
Poder Divino, triuno e Sacrossanto;
Entidade sublime e onipotente,
No ontem, hoje e amanhãs, onipresente.

Artífice suprema e magistral
Da magna arquitetura universal;
Mantenedora zelosa, mãe fiel,
Onisciente, entronada lá no céu.

Em seu desprendimento paternal,
A Trindade em ato sacrificial,
Deu o Redentor para crucifixão,

E o Espírito para Consolador,
De quem, pela fé, busca, com amor,
A graça infinita da salvação.

Pedro F. Alves

18-04-2003