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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Pi Lula

Pária infame, lodo social,
Escória sem nenhum valor real,
Um bonito garoto, com origem
Devota de Maria, a Sempre Virgem.

Era um vilarejo sem futuro,
As casas sem reboco e sem muro,
Não havia luz, água nem esgoto,
Tudo nele parecia nascer roto.

Pi Lula jamais se ligou na escola,
Mas, sempre carregava uma sacola,
Não para levar livro nem caderno,

Parecia cria inata do inferno,
Aonde chegava, a tudo surrupiava!
Foi morto em Sampa, enquanto trabalhava!

PFA/30.04.2012





Boa noite

Deixo a janela aberta pra que o vento
leve até Morfeu meu último alento
E areje o quarto com seu doce açoite.
Estou cansado, vou dormir, boa noite!

Na minha prece vou pedir, ao deus
Dos sonhos, para unir os meus aos teus,
A fim de que, na dupla fantasia,
Tornemo-nos eternos por um dia.

Deitado, e enquanto aguardo o sono,
Vejo a estrela que no último outono
Testemunhou os nossos juramentos,

Por ela, vou mandar-te muitos beijos
E um pouco da ânsia dos desejos
Que te eternizam nos meus pensamentos.

PFA/30.04.2012

sábado, 28 de abril de 2012

Solidão

Desacompanhamento? Nada mais?
Lembranças do que não virá jamais?
É insimesmamento absoluto?
Desespero que nos cobre de luto?

Ansiedade já sem esperanças?
Desilusão repleta de lembranças?
Amor intenso, não correspondido?
Decepção porque é incompreendido?

Sentimento nefasto de revolta?
Tédio pelo que se foi e não volta?
Isolamento e mal proposital?

Egoísmo cruel com fim fatal?
Enfado de viver na frustração?
Não, é falta de Deus no coração.

PFA/28.04.2012

Transposição




Transposição do Rio 
São Francisco, obra

i n a c a b á v e l.






Nosso país requer transposição,
uma transposição de sentimentos
onde a mente vire coração
e o descaso vire envolvimentos.

Tanta água indo embora para o mar...
tanta gente com sede, a sofrer...
Por que tantas desculpas pra deixar
nordestinos sem água pra beber!

Se se transpusesse a situação
e a água que falta no sertão,
de repente, faltasse lá em baixo,

Mais que depressa se faria um riacho
para se trazer água do Amazonas
e abastecer, no Sul, todas as zonas.

PFA/28.04.2012

Crianças

Conhecemo-nos ainda crianças,
Envolvidos em sonhos e esperanças
Começamos as nossas aventuras
Estribadas em falsas conjecturas.

Os nossos sentimentos afloraram
E, prematuros, os frutos brotaram
Sem resistência que lhes permitissem
Vencer aos males que os afligissem.

Foi tudo muito intenso e frenético,
Cômico até, se não fosse patético,
Um casal, plenamente dependente,

Querendo tornar-se independente
E, sozinho, seguir o seu destino.
Foi duro, fiz-me adulto inda menino!

PFA/28.04.2012

Imaginação

Pensar pequeno faz-nos regredir,
Fomos criados para progredir.
Imaginação, qual o seu limite?
Limite?! O infinito não o admite!

Há na imensidão da natureza
Limites para a sua grandeza?
Certamente que não, limitação
Só pra vítimas de inanição.

Deus está para cada um dos seus
Assim como os seus estão pra Deus,
Buscou encontra, pode ter certeza!

O Infinito na sua grandeza
Disponibilizou-nos o Universo
Para que conheçamos o diverso.

PFA/28.04.2012

Mudo, sim!

– Mudo, sim! Eu não sou burro! Sensato.
Pra que cercar-se de falso aparato
Para sustentar o insustentável,
No Universo, tudo é mutável!

Bater o pé, fechar questão, brigar,
Ferir, não abrir mão e extremar,
São as atitudes mais radicais
E, certamente, as mais bestiais.

Mudar é progredir, é crescimento,
A transformação gera envolvimento,
Quando fundamentada na razão,

No bom censo, na luz da percepção.
O Senhor dotou-nos de inteligência
Limitada só pela Sua onisciência.

PFA/28.04.2012

A Lei

Lei revogada é lei que não existe,
Ser e não ser é coisa que inexiste!
Eu sou, ele é, têm definição,
Tudo explicito, sim: sim; e não: não!

Que a opção definida prevaleça
E a sem solução desapareça,
Se é Sábado ou se é Domingo,
Vamos obedecer sem choramingo!

– Domingo! É o seu entendimento?
– Sábado! É o seu convencimento?
Então, respeite a sua convicção,


Você só tem que ser: sim: sim; não: não!
Mas, se você não é carne nem é peixe,
E recebe censuras, não se queixe!

PFA/28.04.2012

Tu e eu

Eu sou o cesteiro e tu és o cesto,
Se eu poso de galo, tu és a rinha,
Quando eu sou a idéia tu és o texto,
Eu sou todo teu, mas, tu não és minha!

Entre beijo e flor e beija-flor
A conivência é fundamental,
Eu sou o beijo e tu és a flor,
No entanto, o sentimento é desigual!

Eu te amo e tu me queres, é díspar,
Diverge entre si, querer não é amar!
Mas, nem só de amor vive o homem,

Fazem parte as tristezas que o consomem!
Nossas desigualdades amorosas
Têm espinhos, mas, são como as rosas.

PFA/28.04.2012

Nada, não!

Eu posso tudo, só não posso nada!
Posso tudo, se tenho convicção!
Convicto, a falha será perdoada,
Para a ignorância há perdão!

Não posso ficar em cima do muro,
A convicção requer uma escolha,
Posso escolher guerra ou lugar seguro,
Chutar ou preservar a nossa “bolha”.

Indiferença não, tenho que agir
E o meu entendimento refletir,
Mesmo uma ameba não fica parada!

Conseqüências virão, muitas ou nada,
Boas ou ruins é tudo natural,
Sou parte do contexto universal!

PFA/28.04.2012




quinta-feira, 26 de abril de 2012

Surpresa

Eu te dei o meu amor, te fiz princesa
No reinado da minha existência,
Cerquei-te de requinte e de nobreza,
Passei a viver sob a tua dependência.

Te pus no mais sublime pedestal
Coberta das mais raras pedrarias,
Pérolas, ouro, rubis e cristal
E o melhor em diamante e pratarias.

Fiz-me escravo do teu menor prazer,
Fiz de ti a razão do meu viver,
Pasmo, vi que o que queres é bem mais,

E mereces, mas não terei jamais!
Surpreso, acordei e te beijei, sorrias
Pura e linda, e ao meu lado dormias.


PFA/26.04.2012

Pensão?!

Meus moradores de nada reclamam,
Já os externos seus choram e clamam.
Embora todos primem pela paz,
A minha excede, é calma demais!

Não cobro água e nem cobro luz,
Não há problemas com a vizinhança,
Ninguém consome nada e nem produz,
O clima é sempre bom, não há intemperança!

Se há superlotação não se reluta,
Uns abrigam os outros sem disputa,
Fraternidade aqui é coisa séria,

Ninguém é rico, mas não há miséria!
– Que pensão boa, qual é o mistério?!
Aqui não é pensão, é um cemitério!


PFA/26.04.2012

Eu juro

Longe ou perto, sem chance, perdido,
Por caminhos difíceis, no deserto,
Coberto de trapo ou bem produzido,
Em lugares seguros, no incerto,

Com muita fartura ou na escassez,
Em plena saúde ou muito doente,
Diante do não, do sim ou talvez,
Olhando pra trás, de lado ou de frente,

Se solitário ou acompanhado,
Cheio de dinheiro ou desempregado,
Na tristeza, alegria ou na dor,

Desprezado ou pleno de amor,
Em toda situação em que vivi,
Juro, nunca jamais ti esqueci.

PFA/26.04.2012



Longe ou perto, sem chance, perdido,
Por caminhos difíceis, no deserto,
Coberto de trapo ou bem produzido,
Em lugares seguros, no incerto,

Com muita fartura ou na escassez,
Em plena saúde ou muito doente,
Diante do não, do sim ou talvez,
Olhando pra trás, de lado ou de frente,

Se solitário ou acompanhado,
Cheio de dinheiro ou desempregado,
Na tristeza, alegria ou na dor,

Desprezado ou pleno de amor,
Em toda situação que eu vivi
Nunca, nunca, jamais ti esqueci.

PFA/26.04.2012

Dama e rainha da noite




Dois cálices do mais fino cristal,
Tamanhos diferentes, cor igual,
Alvor da Estrela Dalva ao nascer,
Beleza indescritível, pra se ver!

O seu perfume é suave e discreto,
Obra prima criada por decreto
Em momento de plena inspiração
Do supremo autor da criação.

No terraço do meu apartamento
Elas florescem como ornamento
Divino, santo e angelical!

Sua existência é mesmo desigual,
Enfeita a noite com seu colorido,
Mas, ao amanhecer já tem morrido!

PFA/26.04.2012

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Holocausto Sírio

Os Estados Unidos, a Alemanha,
França, China, a Rússia, ONU, tudo!
Aos grandes cabe a sua barganha,
E o mundo a tudo assiste mudo.

Caos político tem saída sim,
Banca rota também tem solução,
Os bens materiais, tudo, enfim,
Menos para as vidas que se vão.

Quando?! Quando?! Até quando o holocausto
Será visto em palácio rico e fausto,
Onde Bashar al-Assad se mantém,

Enquanto os seus pares econômicos,
Com seus discursos cínicos e cômicos,
Riem e fazem o que lhes convém?!

PFA/25.04.2012

Estrupício

– César, devo parar? Já está perto?
Tu que és das bandas de lá, o que me dizes?
Tenho medo de que estejas certo,
Eu falo, falo e tu só contradizes!

Se eu ficar o bicho me devora,
Então, o que me resta é correr?
E se eu correr o que é que melhora?!
Sabes, começo a te entender!

Estou entre a cruz e a espada,
Fico no chão ou subo na escada?!
Vai Glauco, ajuda-me, o que faço?

Se eu fugir ela vai ao meu encalço?
Bem, eu já decidi: nem vou nem fico,
Também, não falo nem fecho o bico.

PFA/25.04.2012

Tourada em Madri

“Eu fui a uma tourada em Madri”,
De um lado o Bayern, do outro o Real,
Que coisa triste o que por lá eu vi,
Messi e Cristiano, um só final!

Parece que a bruxa está solta,
O futebol está em decadência,
A Espanha numa onda está revolta
E a torcida chora por clemência!

– Chesea, o terror da Inglaterra,
Veio nos afrontar em nossa terra,
Já o Bayern veio lá da Baviera

E com o furor de uma pantera
Devorou o Madrid sem pestanejar,
Madrileños, só nos resta chorar!

PFA/25.04.2012

Sinceridade!

Eu não quero que tu me ames. Não!
Estou cansado das tuas carícias,
Teus afagos me causam comichão,
Não me incomodam as tuas malícias!

Podes fazer o que bem entenderes,
Nem por teus beijos eu implico mais,
Faças de tudo que bem pretenderes,
Pouco importa com quem e aonde vais.

Até que enfim eu pude entender
Que tu não és mulher pra se prender
E nem eu sou um homem ditador.

Eu juro não brigar mais por teu amor
E nada, nada, jamais te implorar,
Basta que jures nunca me deixar.

PFA/25.04.2012


Basta, Barça!

Na tua caminhada, pra seguires
Ainda há solução, não pra agora,
Reforça o teu time com Ramires,
Mas, por enquanto, tu ficas de fora!

Chesea, com um gostinho brasileiro,
Não é Brasil, porém, é do Brasil!
No finzinho, no instante derradeiro,
O Ramires disparou o seu fuzil.

Messi, mercy boucout, mas, tudo passa,
Mesmo as tuas glórias, e as do Barça!
Nós conhecemos bem a tua dor,

Já passamos por esse dissabor!
Agora, é levantar o cabeção,
E só, pra não morrer do coração.

PFA/25.04.2012

Um presente pro papai

Esposa e filhos, atentos, podem evitar o pior. Ajam!

Todo câncer de próstata tem cura,
Basta descobri-lo no comecinho,
Se demora, a coisa fica escura,
Ganha o bandido, perde o mocinho.

O câncer é um mal dos mais terríveis,
O de próstata não é evitável,
As suas conseqüências são horríveis,
Mas, felizmente, ele é curável.

Contra os preconceitos, a verdade,
A partir dos quarenta de idade,
Acompanhamento é indispensável!

Com determinação firme e amável,
Filhos e esposa devem se unir
E obrigar papai a se prevenir.

PFA/25.04.2012

Troca de presentes

Filhos, juntem-se aos seus pais e, peçam esse presente a mamãe!

Mãe, antes de lhe dar o seu presente
Gostaria de ganhar primeiro o meu,
Queremos que você diga pra gente,
Na sua mamografia, o que apareceu.

A senhora não pode vacilar,
Uma vez a cada ano, a rigor,
O médico precisa examinar
Se existe, ou não, algum tumor.

Isso é questão de vida ou morte,
Não é jogo pra se apelar pra sorte,
E quem perder, só perde uma vez,

É cuidar, não tem não e nem talvez.
O seu presente, por certo, há de vir,
E você, vai ou não retribuir?

PFA/25.04.2012

terça-feira, 24 de abril de 2012

Pátria mãe adotiva

Esta chegando o dia das mães, aproveito a oportunidade para oferecer este soneto a todos os leitores deste blog, que, como eu, vivem ausentes da sua terra natal.


Eu não ti vi nascer, mas ti abriguei
Como a qualquer um dos filhos que gerei;
Dei-te guarida e ti dei amor,
Sorri contigo e chorei na tua dor.

Dei-te o meu nome, és meu por inteiro,
Não és o último nem és o primeiro,
Para uma mãe não há distinção,
Deixa a razão e segue o coração.

Aqui é a tua casa, o teu lar,
Abri os meus braços para ti abraçar
E espero que me aceites como mãe!

– Obrigado mãe! Amo-te, mamãe!
Sou teu filho por livre iniciativa,
Eu te escolhi por Pátria Mãe Adotiva.

PFA/24.04.2012

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Equilíbrio

Equilíbrio é efeito, e não causa!
Por favor, um momento, uma pausa!
Equilíbrio primeiro é efeito,
Porém, depois é causa, por direito!

A mesma coisa ocorre à firmeza,
É causa de equilíbrio, com certeza!
Firmeza é segurança, todavia,
Equilíbrio é causa de harmonia.

Isto é inteiração harmoniosa,
Dádiva santa e maravilhosa
Onde todos, ligados, se nivelam.

Todos se orgulham e se compenetram
Da sua liberdade e interdependência,
Demonstrando amor e consciência.

PFA/23.04.2012

Pensamento

Tudo estava no Seu pensamento
E foi cristalizado num momento!
O pensamento é a primeira energia
Que a fonte central cria e irradia.

Com o Seu pensamento, o Senhor
Deus pode criar o que bem quiser,
E nós, os seus herdeiros, a rigor,
Podemos fazer o que Ele fizer?

Não, não somos Deus, somos limitados,
Mas, se devidamente concentrados,
Nós podemos fazer muito, pensando!

Pensando, analisando e buscando,
Obedientemente, a Verdade,
O pensamento dá-nos divindade.

PFA/23.04.2012

domingo, 22 de abril de 2012

Firmeza

Nossa existência é uma construção
Cujo equilíbrio e sustentação
Dependem da estrutura e beleza
Que lhe dê segurança e firmeza.

Firmeza é segurança estrutural
Para questões de ordem cultural,
Econômica, sócio-financeira,
Política e moral, pra vida inteira.

Crença e fé sem firmeza não resiste,
Sem firme convicção nada subsiste,
Equilibremo-nos, pois, na firmeza

Da mais nobre e forte realeza,
Majestade Suprema e Divinal,
O Alfa e Omega universal.

PFA/22.04.2012

Resgate

Viver bem, ter paz, é nosso ideal,
Porém, mais importante é a certeza
De que a nossa essência imortal
Pertence à Suprema Realeza.

Toda opção requer conhecimento,
Erramos, a rigor, não por maldade,
Falta-nos saber e discernimento
Compatíveis com nossa liberdade.

Entendimento é obra inacabada,
Consciência plena é onisciência
Somente na Realeza encontrada!

Sendo ignorantes, fomos resgatados,
A Suprema Realeza, por clemência,
Eternamente fez-nos perdoados.

PFA/22.04.2012







sábado, 21 de abril de 2012

Sábado gordo

É vinte e um de Abril, sábado santo,
Festa em Brasília, a nossa capital,
Festa na Terra e Céu, em todo canto,
Aleluias de alcance universal.

O Universo pára em reverência
Ao quarto mandamento do Divino,
O povo brasileiro, à Inconfidência
E a Brasília que cumpre o seu destino.

Glórias ao Senhor no Seu santo dia,
Salvas ao Brasil pela ousadia
E a Tiradentes nossa gratidão!

Viva a paz e viva a união,
Viva o nosso Deus onipotente
E viva o Brasil independente!

PFA/21.04.2012

O nosso amor

Eu olhei para ti, tu me olhaste,
Tentei te acompanhar e tu paraste,
Ao teu lado, inerte a te fitar,
Fiquei alguns instantes sem falar.

Calma e docemente nos olhamos,
Nada fizemos e nada falamos,
Foram momentos breves e eternos
Entre olhar e sorrir francos e ternos.

Felicidade eterna e finita,
Mistura de alegria e desdita,
Marcaram nossas vidas, a seguir.

Partir, sofrer, chorar, voltar, sorrir,
E a tudo conseguir sobreviver,
Um amor assim jamais irá morrer!

PFA/21.04.2012

Sem egoísmo


Não te peço que desças do teu trono,
podes te manter no teu pedestal,
não tenho a pretensão de ser teu dono,
como limitar um ser divinal?!

Não peço que te prives dos prazeres,
das tuas amizades sociais,
dos teus divertimentos e afazeres…
servir de entrave, para ti, jamais!

Faças o que vier à tua mente,
afinal, tu és livre e independente,
sempre fizeste o que te convinha!

Nenhuma condição vou te impor,
quero, apenasmente, te propor

que tu, eternamente, sejas minha.

PFA/21.04.2012

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Brasília

Brasília, Canaã do meu Brasil,
Conjunto que se fez sem um fuzil,
Da determinação e perseverança
Surgiste, ó Capital da Esperança!

No Planalto Central foste eregida,
Símbolo do poder, da paz, da vida,
Obra magistral cuja construção
Orgulha e projeta a Nação.

Miscigenação de cultura e raças,
Gente vinda dos campos e das praças,
Dos Estados e do exterior.

Aos cinqüenta e dois anos de progresso,
De desenvolvimento e sucesso,
Recebe o nosso abraço, com amor.

PFA/20.04.2012

21 de Abril - “Libertas Quae Será Tamen”

Odontólogos, é um tira dentes
Que, dentre os heróis inconfidentes,
Nossa nação jamais esquecerá.
“ Liberdade ainda que tardia”, virá!

O Brasil, nesta data, com reverência,
Saúda os heróis da inconfidência,
A Tiradentes, em particular,
Vítima mor da traição de Calabar.

Dá-nos pena o sofrer de inocentes,
Os nossos atuais inconfidentes,
A clamar por justiça social

Diante de corruptos sem moral,
Calabares traidores da nação,
Víboras sem pudor, sem coração.

PFA/20.04.2012

quinta-feira, 19 de abril de 2012

A revanche do Timbu

Na verdade foi apenas um deslanche,
Não se pode chamar de uma revanche!
O placar de dois a um foi razoável
Diante do quatro a zero lastimável.

Na torcida só estavam os “fanáuticos”,
Atletas do basquete, alguns náuticos,
Pouca gente, porém, muito vibrante,
A espera de um placar revigorante.

Não deu, a missão era impossível,
Mas, fizemos o que nos foi possível,
Enfim, saímos, mas com dignidade.

Organizar, eis a prioridade,
Olhar pra frente, a fronte erguida,
Ganhar e perder faz parte da vida.

PFA/18.04.2012

terça-feira, 17 de abril de 2012

Infinito

No infinito vazio existente
Na imensidão do nada inexistente,
Aí está situado o Universo,
Finito como tudo que é diverso.

Tudo no Universo interage,
Também, o infinito vazio age,
É perfeito e total o sincronismo
Envolvendo o divino mecanismo.

Essa inteiração donde virá?
Que entidade a controlará?
Qual a causa que não fora efeito?

Causa das causas, é o Ser perfeito?
O infinito vazio é extensão
Da eterna fonte de emanação?

PFA/17.04.2012

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Peitica e Otelo

No viveiro de Otelo a sua orquestra
A cada amanhecer dava uma festa!
Asa branca, canários, sabiá,
Curió, azulão do Paraná,

Coleira, trinca ferro, azulão,
Uirapuru, o cardeal, mas que festão!
Bailava o Sanhaçu e o beija-flor,
Garça branca e flamingo, com amor!

Mas, eis que apareceu a Peitica,
Espécie predadora que implica,
Aborrece, destrói, mata, devora,

Faz o seu escarcéu e vai embora.
Otelo deu bobeira, ela entrou,
Destruiu tudo, sorriu e se mandou.

PFA/16.04.2012

domingo, 15 de abril de 2012

Fantoche

Eu posso ser um príncipe, ou um anjo,
Posso voar, igual voa um arcanjo,
Ir morar nos jardins universais
Ou, mesmo, nas mansões celestiais!

Posso tornar real a fantasia,
Fazer eternos uma noite ou um dia,
Situar-me no passado ou no porvir,
Viver eternamente a sorrir!

Posso fazer amor quando quiser,
Fazer feliz a homens e mulher,
Colorir o universo com meu olhar,

Eternizar a paz, fazer sonhar!
Posso até ser motivo de deboche,
Então, o que não "pode" um fantoche?!

PFA/ 15.04.2012

sábado, 14 de abril de 2012

Carne-do-ceará de Timbu

N - Á - U - T- I - C - O! Campeão!
Alvirrubro, de alma e coração
O teu plantel de heróis honra o teu nome,
Cada atleta é um artista de renome

Empenhado em jogar para vencer!
A “Nação Timbu” te faz crescer,
te defende e aplaude com fervor,
Torcer por ti é um caso de amor!

Mas, por favor, tem dó, tem piedade,
Isso foi uma baita crueldade!
Serviram de jantar pro Fortaleza,

Carne-do-ceará do meu Timbu,
Feijão de corda, verde, com angu,
E quatro no placar, de sobremesa.

PFA/14.04.2012

Desencontros e reencontros


Vem, fala, ri, implora, grita, chora...
quero ouvir tua voz pra ter certeza
de que ainda não foste embora!
Fala-me de amor ou de tristeza,

fala como se fora a última vez,
e não apenas nova despedida!
Vem, abraça-me, mata-me, talvez,
ou beija-me e chora arrependida!

É mais um desencontro?! Desencontros!
São muitos desencontros e encontros
desestabilizando nossas vidas

marcadas por chegadas e partidas,
com lágrimas e risos misturados,
cuja dor nos mantém apaixonados.

PFA/14.04.2012.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

PRECE 1 - Em pranto...

Meu Deus, eu sei que Tu és infinito
E que eu sou ignorante e finito,
Sei, também, que o Teu Espírito Santo
Nos acolhe e consola o nosso pranto.

Eu Te rogo, dá-me entendimento,
Ajuda-me a ter discernimento
Para que eu absorva e divida
Que Tu és o Caminho, a Verdade e a Vida.

Dividir a mensagem do Teu: – “Ide”,
Perdoar, realmente, sem revide,
Amar o próximo assim como a Ti,

Pegar o meu pão e o dividir,
Pensar em meu irmão como penso em mim,
Ah Senhor, por favor, faz-me assim!

PFA/13.04.2012

PRECE 2 - Consolo

Não sou perfeito, mas, sendo imperfeito,
Sei que serei aceito desse jeito.
Não é pelo que eu faça, é de graça,
Sua morte livrou-me da desgraça.

O que eu quero, agora, não o tenho,
Mas não desisto, segue o meu empenho,
Pois, em nada dependo só de mim,
No tempo certo tê-lo-ei, por fim.

– Em tempo oportuno tereis graças,
Eu prometo, não pelo que tu faças,
Mas, porque Sou teu Pai, santo e justo.

Será de graça, tudo é sem custo,
O necessário preço Eu já paguei,
Percebes filho, Eu sempre te amei!

PFA/13.04.2012

PRECE 3 - No porvir

No dantes, no hoje, no amanhã, eu creio
Como não tendo extremos, só o meio.
Tudo é HOJE, tempo só presente,
O Senhor meu Deus é onipresente!

Aceito, Senhor, as Tuas decisões,
Renuncio a todas as paixões,
Entrego-me só a Ti, por inteiro,
Sei que Tu és santo, justo e verdadeiro.

Aguardo, em Ti, as glórias do porvir,
Existência sem dor, só de sorrir,
Eternidade plena de amor.

Obrigado por tudo, meu Senhor,
Em Ti, espero ansioso o grande dia
Em que terei o Céu por moradia.

PFA/13.04.2012

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Relembranças

Relembrar é trazer para o presente
Algo que ficou pra trás, ou está ausente,
É viver o passado novamente
E o que se foi manter firme na mente.

É viver um amor mais de uma vez,
Reviver, por escolha, o que já fez,
Repetir a dosagem, sem talvez
E falar do que foi com altivez.

É a oportunidade de pensar,
Antes de decidir, pra não errar,
Vê o que fez e o que vai fazer,

Usar a experiência de viver
Para, em paz e harmonia, com os seus,
Poder amar ao próximo e a Deus.

PFA/12.04.2012

Sport Club do Recife

Peguei minha bandeira, fui pra Ilha,
Fui assistir o meu SPORT. Maravilha!
Um golzinho só e o Paissandu
Pegava o trem, não via nem o “azu”.

Torcer pelo SPORT não é o meu esporte,
É castigo cruel, falta de sorte,
É desdita maldita, desgraçada,
Dor de corno, traição, sina malvada.

Quatro a um é demais! Quase morri!
Só Deus, ninguém mais sabe o que sofri!
Aqueles pernas de pau desgraçados

Fazendo corpo mole, acanhados!
Mas que fazer, sou SPORT de coração!
Pelo SPORT... tudo! SPORT! É campeão!!!

PFA/12.04.2012

Socorro!

Mais um! Mais um escândalo! Socorro!
“DEMOS TÊNIS” corrupto! Como corro?!
Como sair de mais uma sujeira?
Correr pra onde, se é tudo nojeira!

Nas ruas, nos palácios, tudo é imundo,
O chefão, o chefinho, o vagabundo,
São farinha dos mesmos sacolões,
Com nenhuma ou raras exceções.

“DEMOS TÊNIS”, sem fibra, e cotação!
E agora, a avalanche, corrupção
Com efeito dominó. Está descalço,

Andou por maus caminhos, pisou em falso.
Qual o próximo passo, e a família?
– Como RENA, Não saio de Brasília!

PFA/12.04.2012

Chico City celestial

No trono central, o Pai assentado,
Cristo à direita, Chico do outro lado;
A orquestra de anjos Querubins,
No palco, junto aos anjos Sefarins.

Caracterização toda a rigor,
Em cada rua peças de humor;
O Céu aberto a visitações,
Para habitantes doutras regiões.

Foram oitenta e um anos de idade,
Até que entrasse para a eternidade!
Há festa no Céu, é doze de Abril,

Aniversaria Chico, Rei do riso
Na Terra e, também, no paraíso.
Saudações e saudades do Brasil!

PFA/12.04.2012

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Dilma

Que bom ver nossa Chefe de Estado
Diante do "Tio Sam", braço estirado -
Sem pires na mão - para cumprimentos!
Só negócios nos seus agendamentos.

Troca de know how, de tecnologia,
Não nos moldes que outrora se fazia!
Mão estendida para ajudar,
Não, como dantes, para mendigar.

Obrigado Getúlio, Juscelino,
Vocês mudaram o nosso destino,
O pontapé primeiro vocês deram.

Collor de Mello reabriu os nossos portos,
Lula despertou-nos dentre os mortos,
Dilma confirma o que eles fizeram.

PFA/11.04.2012

Agapornis 1

Pássaro lindo! Tem nos seus matizes,
E cantar, tons que nos deixam felizes.
Chegou fugido, e logo depois fugiu.
Tornou a voltar, mas, outra vez partiu.

Foi tudo muito breve, oito dias!
Vindas e idas marcadas de agonias
Que deixaram lembranças e saudades
Vividas em estranhas realidades.

Foi uma amizade repentina
Tal e qual de menino e de menina
Cujo amor, ao nascer, floresceu, morreu.

Não voltes mais! Procura a tua amada,
Pois, deve estar triste e desolada
Com a tua ausência, mais do que eu.

PFA/10.04.2012

terça-feira, 10 de abril de 2012

Agapornis - 2

Ele voltou! Às seis da manhã, chegou.
Atravessou a tela protetora,
Na área do terceiro andar, e entrou.
Festão, como faz uma genitora!

Já na gaiola, comeu avidamente,
Bebeu água, tomou banho, se sacudiu,
Provou as folhas, maçã e semente,
E depois abriu o bico: piu, piu, piu...

Fiquei a meditar, porque voltara?!
Foi saudade, amor?! Acho que não!
A liberdade é coisa mui cara,

Mesmo um animal usa a razão,
Diante da prisão, age, repara,
Mas, tudo faz por um pouco de pão.

PFA/11.04.2012

domingo, 8 de abril de 2012

O Universo

Mede o Universo observável,
Em anos luz, noventa e dois bilhões.
O Sistema Solar, inestimável,
Nossa Galáxia, a Via Láctea, cem milhões.

Um milhão e quatrocentos mil quilômetros
Mede o Sol. Doze mil e novecentos
Tem o planeta terra, de diâmetro,
O homem, só uns míseros fragmentos.

Entre o Universo e o infinito
Não há comparação dimensional,
Visto que o Universo é finito.

Deus, o Pai, Criador de tudo isto,
Pra nos salvar, fez-se um simples mortal
Em o nosso Senhor Jesus Cristo.

PFA/08.12.2012

O tempo

Tu me tornaste feio e encrenqueiro,
Deformaste o meu corpo por inteiro,
Dependo de remédios todo dia,
Meu viver tornou-se uma agonia.

Meu cabelo está branco e minguado,
O meu rosto está todo enrugado,
O abdômen distendido, ouço mal,
E na boca uso prótese total.

Minha memória está comprometida,
A visão com imagem destorcida,
O coração, também, está cansado,

Estou com tudo muito complicado!
Rápido, tenho que juvenescer,
Pois, só estou começando a viver.

PFA/08.03.2012

Verdade?

Eu já convivi com um marciano,
Cerzi com linha do meridiano,
Clareei o buraco negro universal,
Juntei a água do mar e pus o sal.

Percorri a Via Láctea em um dia,
Ensinei a Piquet como se guia,
Criei as línguas na Torre de Babel
E trancei o pitó de Rapunzel.

Eu pintei o Arco Iris, lancei a moda
Coelho, ovos de páscoa e cristandade,
Inventei o carnaval e fiz a roda.

Sou um homem honesto, no Brasil!
Dou como testemunha a verdade
Deste dia primeiro de Abril.


PFA/08.04.2012

sábado, 7 de abril de 2012

1 - Sexta-feira - Crucificção

Ontem, crucificção, a sexta-feira,
Dia de horror no Monte da Caveira.
Cumpriu-se a profecia messiânica,
Consumou-se o fim da corte satânica.

O preço já foi pago por completo,
O Universo, por fim, está repleto
De tristeza, porém, respira em paz,
Pois, Jesus desde ontem dorme, jaz.

Prevalece o perdão sobre o pecado,
Em fim, Jesus morreu crucificado
E o Seu sacrifício foi vicário,

Ele foi pagador intermediário,
Quitou os nossos débitos presentes,
Futuros e, também, preexistentes.

PFA/07.04.2012

3 - Domingo - Ressurreição

Glória, glória, aleluia, aconteceu!
Jesus já ressuscitou, Ele venceu!
O inimigo, por fim, foi vencido,
Retorna pra Deus, ó filho perdido!

A morte foi vencida, afinal,
Graças ao sacrifício divinal!
Jesus é vida, vida em abundância,
Pra todos e em toda circunstância.

Foi consumada a ressurreição,
Está assegurada a salvação,
Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida!

Três dias decisivos. Redenção!
Um ato de amor. Crucificção!
Dádiva da Trindade, revivida.

PFA/07.04.2012

2 - Sábado - Expectação

Dia de expectação. Parou o Universo,
Tudo em guarda pra ver o sucesso,
De Jesus, anti o arquiinimigo
A quem, no Céu, tratava como amigo.

Também, dia reservado pra repouso,
Toda espécie deve fazer pouso,
Na sexta, de um a outro por do Sol,
Desde as Galáxias à pequena mol.

Amanhã há de ser o dia “D”,
O dia no qual todos irão ter
Consumada a sua salvação.

No terceiro dia, a ressurreição
Confirmará a vitória de Jesus,
Iniciada, a rigor, sexta na cruz.

PFA/07.04.2012

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Prece? - Incompreensão!

Tu és onipresente, onisciente,
És justiça Senhor, onipotente,
Eu creio, mas não posso entender,
Ante a tudo o que me deixas sofrer!

Perdi irmãos, meus pais, por fim, meu filho,
Se Tu és Deus fiel, não de codilho,
Diz onde estavas, se a tudo assististe,
Pois, tenho a impressão que nada sentiste!

Meu sofrimento segue sem parar,
Saúde, privações, perdi meu lar,
Afinal, dize-me onde Tu estás!

– Eu estou aqui, meu filho, ao teu lado,
Tal e qual quando foi crucificado
O Meu Filho Jesus. Que queres mais?!

PFA/03.04.2012

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Comércio Futebol Clube

Palco inesquecível de tantas festas,
um toma lá dá cá de corações,
a burguesia e classes modestas
envolvidos nas mesmas emoções.

A “Noite do Meu Bem”, quem não se lembra?!
“Uma Noite na Ilha”, que beleza!
Oh quantas coisas lindas nos relembra
aquele tempo pleno de pureza!

Bailes de carnaval, Manhãs de Sol,
“Vermelho e Branco”, até o arrebol,
sem cocaína, sem crack, em paz.

Ah, os réveillons e as namoradas,
o romantismo pelas madrugadas,
tudo se foi pra não voltar jamais!

PFA/15.03.2012

terça-feira, 3 de abril de 2012

Floriano

Praça Coronel Borges, um hotel,
Minha casa durante alguns anos,
Ali muitos dos meus sonhos e planos
Transformaram-se em Torre de Babel.

Os amigos Raimundo e Epitácio,
Lídia, Nair, Chiquinho, Juraci,
Dona Zezé, Marlene e Nati
Fizeram de mim um rei, em seu palácio.

Ledo encanto de sonho e amor!
Vivi momentos bons e de horor
Por confundir sonhar com realidade.

Pago caro por minha ilusão,
Os choques entre sonhos e razão
Podem ferir por toda eternidade!

PFA/24.03.2012

Sonho de um PAI-lhaço

Que sonho lindo sonhei! Uma festa!
Vi um homem pintado: face, testa,
A boca e os olhos, o nariz,
Um conjunto alegre e feliz.

As crianças pulavam na calçada
Em frenética dança compassada
E aos gritos chamavam pela mãe:
Vem, vem... papai chegou, vem, vem mamãe!

Assentava-se uma em cada pé,
Forçando um andar arrasta-pé,
Casa à dentro, pra lá e pra cá.

Meu circo: eu palhaço, as crianças,
Horizontes de paz, de esperanças...
Despertei e comecei a chorar.

PFA/29.02.2012