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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Fim de ano




A vida no Sertão é uma prova de que Deus existe

O milagre da vida no Sertão.

Sertão, a vida à espera d'água.

Ponto final, acabou, é assim!
Pra tudo há começo e final,
tudo está sujeito a ter fim,
exceto o Teor transcendental!

Os Princípios Divinos são eternos,
as cerimônias podem variar,
há conceitos antigos e modernos,
mas, na essência, nada vai mudar.

É chegado o fim de mais um ano,
Amanhecer da vida no Sertão.
passou levando nossas ilusões,
rápido como um aeroplano,



contudo, fica, na essência mater,
o SIM pra todas as aspirações,
conforme as promessas do Ser Pater

PFA/













terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Auto avaliação


Como filho, qual foi o seu perfil?
Como parente e irmão, que diz?
Como amigo, fez alguém feliz?
E à comunidade em seu redil?

Nos namoros, você se portou bem?
Como esposo, como se comportou?
Em relação aos filhos, como os tratou?
Na profissão, jamais traiu ninguém?

Apliquei a mim mesmo este teste,
(tudo que fiz deveria ser melhor)
então, pra ser honesto, me dei zero.

Peço misericórdia ao Pai celeste,
(por haver escolhido o pior)
não é falsa modéstia, fui sincero!

PFA

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Sentença final


Nossas atrações foram fantasias
com validade de um carnaval,
chamas acesas pelo amor carnal
e com vigência só para três dias.

Tentando reviver o que vivemos,
porém, sem a devida parcimônia,
foram muitas as noites de insônia
e os dias em que mal sobrevivemos.

Depois de breves e raros encontros,
e os imediatos desencontros,
findaram nossos sonhos encantados.

Se a vida nos conserva separados,
a morte, tão somente,  se dispõe
a manter o que a vida nos impõe.

PFA/

domingo, 28 de dezembro de 2014

“Aqui se faz, aqui se paga”


Pros erros e enganos que cometo,
não virão do além as rebordosas,
aqui mesmo pagarei as dolorosas,
por cada tijolada que arremeto.

Não virá do Céu e nem do inferno,
a paga por meus erros e desmandos
não cabe a nenhum dos dois comandos,
nem a Satanás, nem ao Eviterno.

Do próximo mais próximo virá,
cada um, certamente, pagará
conforme a versão da sua saga.

As travessuras que a gente esquece,
mais dia, menos dia, aparece,
o que “aqui se faz, aqui se paga”!


PFA/ 

sábado, 27 de dezembro de 2014

Incongruências


Sei que de nada vale o meu discurso,
são palavras de pouca consistência,
ante à inconsequente violência
que permeia de dor o meu decurso.

Mesclando a razão com fantasias,
dou asas de águia à imaginação
e me perco no além da imensidão
que me ilude com falsas alegrias.

Como enfrentar a realidade?
Por na mesa as cartas da verdade,
certamente, destrói a esperança

que alimenta o fio de bonança
da controversa imagem do meu eu
e mantém vivo um sonho que morreu.

PFA/

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Prelúdio de amor


Querendo tanto que soubesses tudo,
fiz de tudo pra que nada soubesses,
eu evitei ir, e que tu viesses,
e me travesti de surdo e mudo!

Neguei-me a ouvir o coração,
e para atender à voz do senso,
abri mão do que quero, sinto e penso,
virei fantoche da contradição!

És parte ímpar do que mais eu quero,
do sonho real que ainda espero,
no amanhã, poder concretizar:

encher o peito e deixar soar,
o teu nome, num cântico de amor
suave como pétalas de flor.


PFA/

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Gratidão natalina


Jesus, prostro-me ante a Tua glória
para, em atitude peremptória,
dizer que nada venho Te pedir,
conforme é o meu costume vir;

não solicito paz e nem perdão,
e nem misericórdia e salvação;
não Te peço saúde, nem riqueza,
nem que sejas a minha fortaleza;

não Te rogo que sejas minha luz,
nem que Tu carregues minha cruz;
hoje, eu nada vim Te implorar,

hoje sou eu que Te trago um presente,
coloco aos Teus pés, humildemente,
o meu coração pra Te adorar.


PFA/

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Prece natalina - 2014






Senhor nosso Deus,
Pai de bondade, amor e misericórdia infinita,
obrigado pelas Tuas santas dádivas!

Somos gratos a Ti, ó Pai, pela vida
que nos deste, a partir de Ti mesmo;
pela salvação, alcançada, graças ao sacrifício salvífico
 do Príncipe aniversariante, o nosso  Redentor;
 e pela subsistência que Tu nos concedes.

Obrigado Senhor, pela paz, a saúde,
a família, pelo lar, pelas providências, 
pelos resgates, os salvamentos
 e pela Tua santa proteção.

Obrigado por tudo que somos
e tudo que temos, pois, sabemos que tudo
 procede de Ti, e que, sem Ti, nada temos, 
nada somos e nada podemos.

Te agradecemos, ó Pai, pela presença
do Teu Santo Espírito, em nossas vidas;
e pela certeza de que o Teu querer há
 de se realizar, em cada um de nós, segundo
 à Tua santa vontade, no tempo oportuno.

Te pedimos, Senhor, que as Tuas santas benções
se manifestem, em particular,
sobre os nossos irmãos mais carentes;
onde houver um deles, que o Teu santo amor
seja o bálsamo redentor, pra salvar as suas vidas;

rogamos que manifestes a Luz do Teu 
entendimento, de modo especial, sobre todos
 nós  que mais carecemos
do conhecimento que nos aproxime,
sempre mais, de Ti.

Em nome do Príncipe que hoje aniversaria,
o nosso Salvador e Redentor,
nós Te rogamos e Te agradecemos, ó Senhor!
 Amém.


PFA/

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Livre arbítrio, verdade?!


Imagine que sua cabecinha
esteja em disputa numa rinha;
que há dois contendores na questão,
um condena e o outro é salvação;

que um canastrão é o seu acusador,
o embusteiro sagaz e enganador,
sem mirar, abre fogo e atira,
usando como arma a mentira.

Na defesa está seu Criador,
seu Redentor e seu Mantenedor,
o Ser Onisciente e Onipotente

que lhe deu o arbítrio de presente.
A sua ignorância vai vencer,
e a Onipotência vai perder?

PFA/

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Caruaru - Poesia, feira e forró


Celeiro natural de poesia
e berço natalício do forró;
bonecos, cuja vida vem do pó,
falam do seu labor no dia a dia;

feira, shopping de artes populares
e patrimônio da humanidade;
verdadeiro show de diversidade
pra fins mercantis e para os lares;

exposição fabril de confecções,
fashion ou com rigor das tradições,
e gastronomia ultra regional;

e a maior festança do Nordeste
tem sede na Princesa do Agreste,
forró junino multe cultural!

PFA/

domingo, 21 de dezembro de 2014

Depois do amor...


Não há um responsável pelos fatos,
o lance, simplesmente, aconteceu,
eu não digo que houve dolo teu
e tu não recriminas os meus atos.

São recíprocos nossos sentimentos,
ardemos no calor das mesmas chamas,
se eu te amo, tu também me amas,
entre nós dois, não há ressentimentos!

Culpado, se houver, é o destino
que, usando do seu humor felino,
comprometeu a força do amor

e, em seguida, com o seu furor,
exacerbou desejos e paixões
e confundiu os nossos corações.


PFA/

sábado, 20 de dezembro de 2014

Encontros e desencontros


Ante a tempestade, tudo ruiu,
o castelo de sonhos que fizemos,
se desfez, desmoronou e sucumbiu,
e, ao léu, sem destino, nos perdemos.

Foi penoso o nosso vaguear,
por caminhos sem norte e sem lógica,
na esperança de reencontrar
o horizonte da razão ilógica.

Então, chegou-nos, por ouvi dizer,
o que restava pra acontecer;
nossos temores foram consumados!

Definitivamente separados,
de direito e de fato, enfim,
desencontros e encontros tinham fim.


PFA/

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Adágio popular


Afinal, Que seria do azul,
se todos se ligassem no vermelho;
e do Nordeste, se todo fedelho
fosse nascido nas terras do Sul?!

Há devotos de Deus e do Capeta,
cada um procedendo do seu jeito;
em se tratando de gosto, respeito
é a melhor pedida, não se meta!

Portanto, Cada um fique na sua,  
não importa se é longe ou se é perto,
se é assada, cozida ou é crua.

Cada um tem aquilo que merece
e… Para quem ama o feio, - por certo,
simplesmente - bonito lhe parece!


PFA/

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Ressentimento

 (Métrica gramatical)

Ainda que, diante do altar,
tu prometas, perante ao Senhor,
com efusivas juras de amor,
que vais, eternamente, me amar;

ainda que te prostres humilhada
e confesses as tuas travessuras,
te desculpes por todas as perjuras
durante tua vida desvairada;

ainda que as lágrimas transbordem
lavando a sujeira e desordem
deixadas pelas tuas desavenças;

ainda que implores por querenças
e admitas as tuas crueldades,
jamais vou esquecer tuas maldades.

PFA/18.12.2014

Despedida


Ainda lembro de cada gesto teu
no momento da nossa despedida,
também, da tua voz enternecida
e do teu olhar a sondar o meu.

Está gravada, no meu pensamento,
a tua face, como passarela
— deslumbrante, sublime, rósea e bela ,
para as lágrimas do teu sofrimento.

Lembro das tuas mãos a menear,
como se pretendessem me dizer:
– Adeus… eu sei que tu não vais voltar!

Mas, desatento à voz do coração
e na ânsia de outros mundos conhecer,
sucumbi nas masmorras da paixão.

PFA/

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Anjo de luz


Voa anjo, vai em busca dos teus sonhos,
até mesmo os sonhos mais bisonhos
merecem ser sonhados e vividos,
embora, alguns, sejam esquecidos.

Vai até ao infinito insondável,
onde apenas o amor é mensurável,
e com olhares breves e rasantes
contempla teus amores mais distantes.

Nas tuas fantasias transcendentes,
mesmo ante os fados mais ardentes,
não abras mão dos teus dotes morais!

Honres  ao Senhor teu Deus e aos teus pais,
trates teus semelhantes com descência,
e gozarás benesses e clemência!


PFA/

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Sonho de consumo









Se sonhar não custa nada,
mesmo com o impossível,
sonhe… sonhe camarada…
pois, sonhar é permissível!



Quer moleza? Comigo, bateu, levou,
nem vem, que não tem, pode se mandar!
Brincou cai do cavalo, vai chorar,
o tempo da mamata se acabou!

Eu sou pau pra qualquer obra, entendeu?
Pulo em frente do trem e paro a máquina,
sou solução pra toda problemática,
Jon Jones, me enfrentou e se rendeu!

A mulherada, quando me vê, pira,
vai à loucura, grita e se atira,
na ânsia de poder me agarrar!

Sou sonho de consumo… pra sonhar…
e não vou negar-lhe este direito…
mas, é em vão sonhar com o meu leito!


PFA/

domingo, 14 de dezembro de 2014

Rosas e mulheres


Esposa e marido
Jardineiro







Botões de rosas, são rosas crianças;
rosas abertas, são rosas mulheres;
pétalas e anos: bem e mal me queres,
fantasias reais e esperanças.

Mulheres têm reações iguais às rosas,
tratadas com afagos e carinhos,
vez por outra, espetam seus espinhos,
até mesmo, nas horas glamorosas.

As rosas e as mulheres, se formosas,
tornam-se, a rigor, mais perigosas,
todos querem tocá-las e beijar,

e aí é que mora o perigo,
a reação de quem lhes dá abrigo,
quase sempre, termina em bazar..


PFA/