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sábado, 30 de setembro de 2017

Luci e PH












Uma rosa, um cravo, dois amores,
irmãos, amigos, mas independentes;
sonhos e objetivos diferentes,
duas identidades, dois penhores.

Cronologia posta nas extremas,
como primícia e ponta de rama
alimentadas pela mesma chama,
são duas lindas dádivas supremas.

Alento para minha vaidade,
permanecem florindo meus jardins
de solos carcomidos pela idade.

Sinceros parabéns - paz e amor -
musicados com sons dos Serafins
e repletos das graças do Senhor!

PFA/

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Luci e PH










Uma rosa, um cravo, dois amores,
irmãos, amigos, mas independentes;
sonhos e objetivos diferentes,
duas identidades, dois penhores.

Cronologia posta nas extremas,
como primícia e ponta de rama
alimentadas pela mesma chama,
são duas lindas dádivas supremas.

Alento para minha vaidade,
permanecem florindo meus jardins
de solos carcomidos pela idade.

Sinceros parabéns - paz e amor -
musicados com sons dos Serafins
e repletos das graças do Senhor!

PFA/

(s) *Sonho de idoso


– Pare com isso, não pode comer!
– Vá se deitar, é hora de dormir!
– Tome cuidado, tem que engolir!
– Por que não morre, chega de viver…

Queda, coice, porrada na moleira,
cara feia, censura e pressão,
algema,  pontapé e repressão,
dedo no olho, chocalho e coleira…

A isso chamam de melhor idade?!
Aguarde, sua vez há de chegar,
você não vai perder, por esperar!

Um mínimo de paz e dignidade,
com abrigo e trato respeitosos,
eis o sonho de todos os idosos!

PFA/

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

(F) *Passeio







Mentira e coisa feia,
própria de cabra de peia
que usa de fanfarrice
pra cobrir sua burrice.




Eu já fui à Sorbonne ensinar
como subir em pau de sebo quente,
a nadar de encontro à corrente
e construir um túnel sob o Mar;

depois, fui a Gandolfo, ver o Papa
e saudá-lo por sua homilia
de reprovação à pedofilia,
e convidá-lo para vir à Lapa. 

Fui com Gagarin na sua tournée
e, no espaço, numa soirée,
nos encontramos com o deus Osiris;

por fim, seguindo pelo Arco Iris,
na Via Láctea fomos reservar
um camarote, pra ver Jesus voltar.

PFA/

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

(R) *Rondel nº 6 – Frustração


Minha imaginação

foi além da fantasia

que transcende à razão,

encanta e extasia.  

 

Beijos, vinho, poesia,

você, amor e paixão…

minha imaginação

foi além da fantasia!

 

No clímax da ilusão

desfaz-se a alegria,

ante luz em profusão,

o espelho denuncia

minha imaginação.

 

   PFA/

terça-feira, 26 de setembro de 2017

(R) *Um sonho sem fim


Meiga, pura, singela, uma flor
com beleza, perfume e sabor
de maçã, no pé, madurecida,
foste o meu energético pra vida!

Teu corpo transpirava poesia,
a tua voz suave enternecia
e teu olhar fulgente superava 
a beleza da Lua cheia que raiava.

Jovem, bela e sem maturidade,
e com o vigor próprio da idade,
te doaste inteirinha, só pra mim!

Buscando eternizar nossa fantasia,
na efemeridade de um dia,
fizemos do amor um sonho sem fim.

PFA/

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

(E) *Perseverança






Enquanto há vida há esperança”
“Água mole em pedra dura
tanto bate até que fura”;
“Deus é Pai, não é padrasto”!




Diz-se que “Água mole em pedra dura
tanto bate até que - por fim - fura”;
também, que: “Quem tem boca vaia Roma”,
e,“Se há vida há esperança”, mesmo em coma.

Esta apologia otimista
nos diz: – Jamais desista, vá, persista, 
a esperança é a última que morre,
se você apelar, alguém socorre!

Verdade ou não, não vou abdicar,
jamais perder a guerra sem lutar,
no mínimo, expressa dignidade.

Independentemente da idade,
solo pátrio, cor, sexo, temperança...
Deus me fez à Sua efígie e semelhança!

PFA/

domingo, 24 de setembro de 2017

Joia e mel - Pentâmetro iâmbico



A porcos que não têm noção de cheiro
- e cujo ego, sem saber, perece -,
as joias que se joga no chiqueiro
são flores dadas a quem não merece.

Contudo, não adube mau com mal,
em troca de jiló, jamais dê fel
e não confunda falso com real,
invés de amargor produza mel!

Porque Shakespeare adorava o pentâmetro iâmbico e os repentistas adoram o martelo, vamos "cordelizar" em martelo o nosso pentâmetro iâmbico acima.

Amor que se dá a quem não merece
é joia que se joga no chiqueiro
a porcos que não têm noção de cheiro
e cujo ego, sem saber, perece
refém das garras do ardil que tece.
Contudo, não adube mau com mal
e não confunda falso com real,
em troca de jiló, jamais dê fel,
invés de amargor produza mel
e conte com vitória no final!

PFA/09.03

Pentâmetro iâmbico é um poema formado por dez sílabas poéticas metrificadas em cinco iambos, isto é, com todas as sílabas pares tônicas.

https://amara.org/en/videos/Xc4P82kFsQzR/pt-br/907179/

sábado, 23 de setembro de 2017

(R) *Ressentimento


Ainda que diante do altar
tu prometas, perante ao Senhor,
com efusivas juras de amor
que vais, eternamente, me amar;

ainda que te prostres humilhada
e confesses as tuas travessuras,
te desculpes por todas as perjuras
durante a tua vida desvairada;

ainda que as lágrimas transbordem
lavando a sujeira e desordem
deixadas pelas tuas desavenças;

ainda que implores por querenças
e admitas as tuas crueldades,
jamais vou esquecer tuas maldades.

PFA/

(E) **Grinalda de sonetos "Sábado" - Soneto IX


IX - Manhã de sábado


Uma suave brisa, Norte/Sul,
com perfume dos lírios da campina,
afagava os raios da matina
Incandescida sob o Céu azul.

A glória eloquente do Senhor
resplandecia sobre a natureza
encobrindo-a da rara beleza
exclusiva da Fonte do Amor.

Refulgia mais um sábado santo,
à glória divinal, com louvação,
elevamos a voz em sacro canto.

Glórias, glórias, a Ti,ó Santo Pai,
ansiamos a Luz da salvação,
ante à qual a treva se esvai!

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Primavera

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A natureza troca a roupagem,
enfeita-se de tons multicolores,
em tudo despertando mais amores
e dando nova vida à paisagem;

o magnetismo dos campos coloridos,
com mística e angélica pureza,
dá excelsos retoques de beleza
nos resplendentes dias aquecidos;

a psique geral se revitaliza
agraciando toda criatura
que em graça e paz se confraterniza.

São três meses de cores, alegrias
e contagiante clima de ventura
colorindo as nossas fantasias.

PFA/

(R) *Adeus, não!



Os anseios meus e teus
são luzes a flamejar
e que ofuscarão o adeus
que possa nos separar.


Adeus é uma palavra muito forte,
reconheço que não tenho suporte
para tão cruciante decisão,
assim sendo, ajo com moderação.

Bye, bye, não! É até logo, até breve,
quem ama, certamente, não se atreve
a deixar que destruam os seus sonhos
por motivos tão reles e bisonhos.

Mesmo com tempo gélido e nublado,
nosso amor há de ser iluminado
e vencer os dragões que vêm do mar,

nenhum tsunami irá nos separar,
a quantas tempestades enfrentamos
e, com vigor, a todas superamos?!

PFA/

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Despedida?





Tá tudo bem, decidiu ir embora?
Pois, que vá, e se vai, vá sem demora,
não vou chorar na sua despedida,
com ou sem você, sigo a minha vida!

Não precisa mandar notícias suas,
se vive num palácio ou nas ruas,
vindo de você nada me interessa,
eu quero lhe esquecer, e bem depressa!

E quando encontrar um novo amor,
eu lhe imploro e peço, por favor,
não vá tentar fazer comparação,

pois, não existe em toda expansão
nenhuma criatura igual a nós,
brigamos juntos, ou vivemos sóis.

PFA/

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Contrapartida amorosa

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Tu podes achar que é picuinha
a minha insistência em te querer,
e falar:  Cansei da tua ladainha:
 Não, não vás, eu não posso te perder!

Podes falar que me amas por peninha,
que sem ti eu não vou sobreviver,
que sou teu servo e tu minha rainha
e que assim será enquanto eu viver!

Tudo bem, não vou te contrariar
e nem desmentir nada que disseste,
só peço que me deixes te amar

e que te lembres que jamais tiveste
alguém que te fizesse delirar,
como eu o fiz, sempre que quiseste!

PFA/19.09

terça-feira, 19 de setembro de 2017

(R) *Despedida

Ainda lembro de cada gesto teu
no momento da nossa despedida,
também, da tua voz enternecida
e do teu olhar a sondar o meu;

está gravado, no meu pensamento,
a tua face, como passarela,
deslumbrante, sublime, rósea e bela,
para as lágrimas do teu sofrimento.

Lembro das tuas mãos, a menear,
como se estivessem a dizer:
– Adeus… eu sei que tu não vais voltar!

Desatento à voz do coração,
e na ânsia de outros mundos conhecer,
sucumbi nas masmorras da paixão.

PFA/

A voz do povo

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Não nos venham com tantos, nem tão poucos,
em corruptos nós não confiaremos,
não somos imbecis, nem somos loucos,
nessa onda jamais embarcaremos!

Pra ouvir falastrões, estamos moucos,
ordem e decência, eis o que queremos,
esbravejem até que fiquem roucos,
os seus engodos não escutaremos!

Contra corrupção e gangues armadas,
consolidamos a nossa opção:
de cabeças erguidas e mãos dadas,

seguiremos na mesma direção,
exigindo que sejam respeitadas
as leis que regem a nossa Nação.

PFA/18.09

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

(R) *Aquarela divinal

Ouço batidas na porta, a noite,
a impressão é de que seja alguém,
abro, olho, mas não vejo ninguém,
é o vento com seu suave açoite.

Reluz o firmamento estrelado,
excelsa aquarela cintilante,
exibindo no ponto mais brilhante
o reflexo do teu olhar ousado.

Concentro as idéias, então, vejo,
em reprise, num rápido lampejo,
a refulgência de antigos sonhos

expressa nos matizes mais risonhos,
em destaque na tela divinal
desta magna visão celestial.

PFA/

Amizade sincera

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Amizade sincera, seu doutor,
será que ela existe de verdade?
É de carne e osso ou um robor,
é encontrada na sociedade?!

Alguém sabe qual é a sua cor,
aparência, tamanho e idade?
É casada, solteira, faz amor,
tem CPF e identidade?

É pobretona ou afortunada,
tem endereço fixo, ou incerto,
é exigente ou é desleixada?

É um ser confiável, ou experto, 
existe chance de ser encontrada,
será que alguém já a viu de perto?!

PFA/17.09

domingo, 17 de setembro de 2017

(R) *Canto e pranto


Por enquanto, um desencontro
faz do meu canto, pranto e desencanto…
entretanto, com um reencontro, 
em qualquer canto, ou recanto, 
espanto, tanto pranto, quanto desencanto, 
e, por encanto, com teu canto, 
e novo encontro, acalanto o meu pranto…
mas, por enquanto, o meu canto, 
sem ti, é só pranto e desencanto!

PFA/

O sol da minha vida

A imagem pode conter: oceano, nuvem, céu, atividades ao ar livre, natureza e água
Por do Sol na Austrália





Quem dera que o sol da minha vida
propagasse o seu fulgor assim:
mantendo firme, mesmo na partida,
a luz da chama do amor sem fim;

assegurando a plena certeza
de que, inda findando meu vigor,
manteria saudável a beleza
contida na essência do amor;

guardando no carmim dos seus clarões
alento para minha existência,
como fazem os sons aos carrilhões...

Quem dera que tu visses neste texto
as luzes que refulgem da frequência
do sol que representas no contexto.


PFA/17.09

sábado, 16 de setembro de 2017

Colisão de ideias

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Rumo à colisão com trem de carga,
sua melhor opção é desistir;
a contraparte pode ser amarga,
por certo, você não vai resistir!

Previna-se, pois, contra a descarga
do seu opositor, ao colidir,
um coice de cavalo manga larga,
em fúria, poderá lhe atingir!

Saiba que paciência tem limites,
portanto, cuide de se comportar;
destine a si mesmo seus palpites,

se mantenha de pé em seu lugar
e, somente, atenda aos convites
de quem é obrigado a lhe aturar!

PFA/15.09

(E) *Grinalda de sonetos "Sábado" - Soneto XIII




XIII - Sábado de adoração




Seis dias são todos meus,
o sábado é de Deus,
diz o quarto mandamento,
no Antigo Testamento.

Nada temos em termos absolutos,
qualidades, dosagens e condutos,
tudo é concedido limitado
e, paulatinamente, revelado.

Para tudo há tempo definido,
com forma e lugar instituído,
assim sucede ao conhecimento,
dádiva em perene crescimento!

Ao longo de seis dias da semana
tocamos livremente a campana,
mas, pro sábado foi determinado,

mesmo antes do mundo ser fundado,
um encontro com nosso Criador,
a fim de exaltarmos Seu amor.