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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Luci



Para minha filha Luciene, com pétalas, açúcar e amor!

Luci, parabéns, paz e amor.
Um carinhoso e forte abraço!
Cerne, âmago, luz, esplendor;
Início e fim, ser, triunfar;
Eternizar-se, sonho de fada;
Na vida, para uma mulher,
É ser mãe, amar e ser amada.

Parabéns pela realização de todos estes sonhos!

Parabéns, parabéns amor!
Parabéns minha menina,
És o meu primeiro amor!

Mulher vibrante, tenaz,
Criança ágil, sagaz,
Águia guardiã, voraz,
Criança, águia, mulher!

Teu coração é só amor,
Lutar, viver com destemor,
Sofrer, mas sufocar a dor,
Viver feliz é teu mister!

O brilho do teu olhar
Alegra e contagia,
Transcende à fantasia
De quem vive a sonhar.

Vás, sigas em frente, sem temor,
Na vida, no amor, para vencer,
Desistir nem sempre é perder!

Parabéns, parabéns amor!
Parabéns minha menina,
És o meu primeiro amor!

Parabéns, Luci parabéns,
Minha criança traquina,
Foste, és, sempre serás
O meu primeiro amor!

PFA/

Outubro, mês da Melhor Idade?!


Outubro das crianças infantis
E, também, das crianças já idosas,
Crianças são botões primaveris
Idosos são crianças feito rosas.

Outubro é o mês da Melhor Idade?!
Melhor, se não houvesse a juventude,
Melhor, pra burlar a dura verdade
Tentando fugir da decrepitude!

Embora tudo seja relativo,
Há entre o real e o subjetivo
Uma realidade incontestável!

Uma Boa Idade, agradável,
Até que pode ser! Sem exagero...
Nem Idade Melhor... nem desespero!...

PFA/


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Fofocas


Repudio as posturas descabidas
Daqueles que praticam covardias,
Cuja insanidade, contra as vidas
Dos amantes e das suas fantasias,

Condena por delírios não vividos,
Por loucuras que nem sei se pratiquei,
Por delícias e sonhos incontidos,
Por malícia dos beijos que não dei;

Ignora dores, lutas e fantasias,
As tristezas, pesares e alegrias,
Confunde a história de um amor

Fascinante, ardente e sedutor,
Um amor que o tempo perpetuou
Com a pureza de quando começou.

PFA/

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A quem interessar possa


08.02.2010 - Pela segunda vez, Suape é o melhor porto público do país

Falo respeitosamente,
Pois, não sou inconseqüente,
Nem quero bater de frente
Com quem é inteligente.

Há pessoas sem suporte,
Sem bagagem e sem norte,
Que abusam da própria sorte
Quando ousam falar do Norte.

Vêem no Norte e no Nordeste,
No sertão, mata e agreste,
Pobreza, fome e peste,
Sem um litoral que preste.

Falam pelos cotovelos,
Linguajar de atropelos,
Têm cabeça de novelos,
Só qeu cobertos de pelos.

Desconhecem o progresso
E a grandeza do Universo
Que tomou rumo inverso
E no Norte é sucesso.

O Nordeste é importador,
Mas, também exportador
Pro Sul e pro exterior,
Confirmando o seu valor.

Poderia ir além,
Mas, por certo, não convém
Perder tempo com alguém
Que nem sei de onde vem.

Não sei se tem cabedal,
Se tem massa cerebral,
Ou se é um animal
Da classe irracional.

PFA/

Raiva


Eu estive tentando me lembrar
Há quanto tempo não me enraiveço,
Surpreso, e feliz, pude notar
Que, há muito, desse mal eu não padeço.

Raiva de motorista que dá tranco,
De farsantes com cara de simplórios,
Juiz de futebol, fila de banco,
Da espera sem fim, nos consultórios;

Palestrante que chega atrasado,
Telemarketing e de pneu furado,
E mais de um bocado de besteiras

Que nos fazem perder as estribeiras.
E você como tem se arranjado,
Calmamente, ou como o anão Zangado?!

PFA/

domingo, 28 de outubro de 2012

Apagão


Apagão, sensação neste momento,
É a fobia à escuridão!
Há pessoas fazendo juramento
E implorando luz, em oração.

Há gente reclamando prejuízos
Nos seus negócios e nas relações,
Todos querem fazer os seus juízos
E apresentar suas reclamações!

Mas, todos nós sabemos os motivos
E quais são os devidos corretivos
A fim de extirparmos o problema.

Nós estamos diante do dilema:
Ecologia e preservação
Versos descaso e destruição.

PFA/

sábado, 27 de outubro de 2012

Parabéns ao Pão de Açúcar
















O carioca pediu a Jesus
uma via protegida por um véu,
e iluminada com raios de luz,
para trafegar do Rio ao Céu.

Disse-lhe Jesus: – Não, mas, atenção!
Vou erigir num andar superior
um referencial da Criação,
chamá-lo-ás de Cristo Redentor.

No Corcovado, e entre o Céu e o Rio,
por-Me-ei de pé. De bonde, com brio
virás a Mim e, em adoração,

expressarás a tua gratidão,
e, de braços abertos, Eu abençoarei
este Pão de Açúcar que te dei.


PFA/

Manchetes nos jornais


– Centenas de bilhões vai pros corruptos,
Mais tantos bilhões pra sonegação!
– Bilhões pra desperdícios abruptos,
E outros bilhões pro cano da evasão!

– Falências com datas programadas!
– Crimes horripilantes que prescrevem!
– Inaugurações de obras não acabadas!
– Sertão chora por águas que não servem!

– Mulher rouba pacote de fubá!
– Caçador mata um pobre gambá!
– Prisão! Cadeia! A Lei, por favor!

Exceto pra mulher e o caçador,
Presos na hora, não há detenção.
Medalhões jamais findam na prisão!

PFA/

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Diverticulite


Pegou Tancredo Neves e vitimou,
Deu-me um susto, quase me derribou,
Inflamação malvada e complicada
Que precisa, urgente, ser tratada.

As diverticulites são terríveis,
São causadoras de dores horríveis,
Tão graves quanto a apendicite,
E a, não menos cruel, pancreatite.

O sufixo îtis, ite, é inflamação,
Doença que requer muita atenção
A fim de se evitar danos fatais.

Os riscos são imensos e reais,
Não se pode brincar com a saúde,
Sob pena de findar num ataúde.

PFA/

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Meu remorso


Cambaleando entre pedras e buracos,
No costado levando os seus cacos,
Ele subia a ladeira de cascalho,
Mendigando e tocando seu chocalho.

Sem sombra nem lugar pra descansar,
O Sol ardia e queimava, sem cessar,
Do nascer ao se por, no fim do dia.
Olhando o estradão, o chão tremia!

Pontaria precisa e certeira,
Sem motivo, disparei a baladeira,
Atingindo em cheio a sua pança.

Não esboçou nenhum gesto de vingança,
Apenas, parou, tirou o chapéu,
Abriu os braços e olhou para o Céu!

PFA/

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Desiguais


Eu sou teu e tu és minha! Amantes,
Desde os idos tempos de estudantes,
Temos vontades próprias, numa só,
Quando um sofre o outro chora e sente dó!

Somos farinha que, no mesmo saco,
Se junta e nivela taco a taco,
Em consistência, gosto e color,
Unidos na alegria e na dor.

Somos iguais, mas somos diferentes,
O amor e a paixão são mais ardentes
No teu jeito de amar e de sentir.

A sensualidade que há em ti
É mais forte que simples sedução
E excede meus limites de paixão.

PFA/

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Salve!


Salve, aleluia, apareceu?!
Que bom, você, ainda, não me esqueceu?!
O divino Eros, em graça e paz,
Festeja cada amor que se refaz!

Somos extremos de uma mesma linha
Que faz curvas, entorta, desalinha,
E que, sujeita às normas da razão,
Nem se encontra nem perde a conexão.

O bom senso é a melhor saída
Pra vida que, envolvida noutra vida,
Não pode ser feliz completamente,

Pois, com certeza, é pior a dor pungente
De viver e morrer na solidão
Que os achaques do amor e da paixão.

PFA/21.10.2012

Piriguete


Tu chegas com tamanha indiferença
Que sequer notas a minha presença,
E, igualmente, te vais, distraída,
Insensível à dor da despedida.

Ires e vires é coisa comum,
Ficas com todos, amas a nenhum,
És brinquedo de luxo e prazer
Que qualquer um, pagando, pode ter.

Desperta, minha flor, enquanto é tempo,
A vida é um pé de contratempo
No qual colhemos tudo que plantamos,

E, mais cedo ou mais tarde o encontramos!
Pedra que não se fixa não cria lodo,
Embora se rebole o tempo todo!

PFA/

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Tempestade de amor


Teu amor é tempestade violenta
Que se impõe de forma inconcludente,
Se encontrar obstáculo, arrebenta,
Destrói tudo e segue inconseqüente.

Tempestade vem e passa em instantes,
É avassaladora, porém breve,
E assim como a loucura dos amantes,
É força que impedir ninguém se atreve.

Estou acostumado aos teus impulsos,
Ameaças de partir, cortar os pulsos,
Histeria lasciva e fofocas!

Entre choro e risos me sufocas
Com erotismo insano e ardor,
Até te exaurir, plena de amor.

PFA/

domingo, 21 de outubro de 2012

História de pescador


No iate dos meus sonhos eu velejo,
Levado pelos ventos da ilusão,
E procuro, procuro, mas não vejo
A ilha das sereias da paixão.

Um pescador me contou, em segredo,
Que quem fizer, na noite da Lua Cheia,
Do uirapuru, um canto de arremedo,
Em parceria com a voz de uma sereia,

Desvendará o segredo da paixão
E fará com que todo coração
Atenda ao pedido que fizer.

A minha pretensão não tem mister!
Quero: encontrar a ilha encantada;
E você, eternamente apaixonada!

PFA/

sábado, 20 de outubro de 2012

Dia do Poeta




Dia do Poeta, vinte de Outubro,
Quanta honra e quanta gentileza!
Só porque, em tudo, cato e descubro
Poesia, encanto e beleza?

Não! Seu mister é bem mais abrangente:
Analisa tristeza e alegria,
Defende a natureza penitente,
E enfoca a vida em seu dia a dia;

Pinta de arco-íris o funesto luto,
Transforma imundícia em impoluto,
Trás à realidade a fantasia;

Condena a maldade e expropria
Bagunça, corrupção e injustiça.
Dar-lhe um dia... é um ato de justiça!


PFA/

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Fila


Espera cansativa e incômoda,
Não há atrativos que a tornem cômoda,
Nem café quente e nem água fria,
No frio da noite ou no calor do dia!

Não há quem não reclame da malvada,
Dificilmente é organizada,
É um teste pra sua educação
E, também, para o seu coração.

Fila é uma coisa tão esquisita
Que ninguém, certamente, acredita
Que não queiram tomar o seu lugar!

É um aos outros tentando enganar,
Na ânsia de dar um passo a frente,
Pra minimizar a espera inclemente!

PFA/

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Cautela!

Ninguém pode ser tudo, pra ninguém,
E ninguém tem o que ninguém mais tem,
Nada é absoluto, exceto Deus,
São relativos os meus dons e os teus.

A presunção incita à mentira,
Se tudo é meu, um dia expira
A generosidade dos demais,
Afinal, todos nós somos iguais.

Colocar cada coisa em seu lugar,
Sem a tudo querer centralizar,
Demonstra inteligência e modéstia,

O oposto é presunção e imodéstia!
Pare, pense, e só então decida,
E verá quão melhor será a vida.

PFA/

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Cavalo Pancho



Sou poeta de canto singular,
No meu canto não há canto de sofrer,
Só canto os prazeres de amar,
De sorrir, ser feliz e de viver.

Não canto cantos que falem de morte,
Só canto os cantares de alegria,
Canto a esperança e a sorte,
E os sonhos que renascem todo dia.

Mas, para tudo há explicação,
Explícita com base na razão,
Eis por que canto e vivo a sorrir:

Tenho tudo, e nada a pedir,
Tenho você, meu filho e o rancho,
E, de sobra, o meu cavalo Pancho.

PFA/

terça-feira, 16 de outubro de 2012

O cajazeiro



Ponto de encontro dos desocupados,
Ali ficavam, horas, assentados,
Os analistas da vida alheia,
Em tudo, e sem dó, metendo a peia.

Árvore centenária e frondosa,
Indiferente às falas maldosas,
O cajazeiro, imenso e generoso,
Dava sombra e fruto saboroso.

Depois de muitos anos de ausência,
Vi, ao voltar, que o tempo, sem clemência,
Havia vitimado o cajazeiro.

Mas, nem tudo morrera por inteiro,
Vejo e ouço, com saudade, a gritaria
E a bagunça que a gente fazia.

PFA/

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Lamento

Digamos que o que passou é passado,
E que se passou, passou! Passou, morreu!
Não vale, pois, a pena ser lembrado,
É poeira que no cosmo se perdeu!

Bom ou ruim, não passa de detalhe
De um sentimento que o tempo levou,
E que, para que não nos atrapalhe,
Melhor não regar a árvore que secou.

Somos Norte e Sul, dois pontos extremos,
As chances de que nos reencontremos
Perdem-se num universo inconsistente.

Só lamento as barreiras e as traves
Que impõem sofrimentos e entraves
Ao fruto desse encontro inconseqüente!

PFA/

domingo, 14 de outubro de 2012

Pesadelo



Dou graças, finalmente amanheceu,
O Sol com os seus raios refulgentes
Um novo dia de luz estabeleceu,
Pondo fim aos meus sonhos penitentes!

Vivi um pesadelo horroroso,
Em sonho ela me aparecia
E esbravejando em tom vigoroso
Gritava que já não mais me queria.

Não me fiz de rogado, e retruquei:
Devolva, então, tudo que eu lhe dei!
Quero de volta todos os meus beijos,

Carícias, afagos e desejos,
E em igual tempo, hora após hora!
Ela virou-me o rosto e foi embora!

PFA/

sábado, 13 de outubro de 2012

Saudade



Eu estou com saudade de você,
Mas, como vou fazer pra lhe mostrar,
Saudade a gente sente, mas não vê,
Quando muito, se pode demonstrar!

Se chorar é saudade incontida,
Saudade é lembrança inesquecível,
É ferida aberta e tão doída
Que esquecê-la é quase impossível!

Saudade é fantasia e ilusão,
Mal da cabeça e do coração,
Misto de solidão e melancolia,

Desilusão, tristeza e nostalgia.
Não há como mostrá-la, só sentir,
É algo pessoal, pra se curtir!

PFA/

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Padroeira do Brasil



Para Nossa Senhora Aparecida,
A santa padroeira do Brasil,
A Nação brasileira agradecida
Canta louvor e rende graças mil.

Aparecida do Norte, em festa,
Recebe os romeiros e devotos
Que, para Virgem Santa, manifestam
Promessas, orações e os seus votos.

São três datas de festa e alegria,
Crianças comemoram o seu dia,
Das Américas, o descobrimento,

E, para os cristãos, o dia é bento.
Agradeçamos, pois, em oração,
Ao Supremo autor da criação!

PFA/

Dia das crianças



Nos imponentes jardins celestiais,
Luzeiros e balões multicolores
Resplandecem nos pontos principais,
Adornados com pétalas de flores.

No coreto central, os Serafins
Afinavam os seus instrumentais
Enquanto seus confrades Querubins
Ornamentavam os tronos reais.

Tudo pronto, adentra a Trindade
E dá início a solenidade
Alusiva ao dia das crianças.

No cenário terrestre é diferente,
Pra criança sem lar, com fome e doente,
Não há festa, não há paz, nem esperanças.

PFA/

Américas



Mil, quatrocentos e noventa e dois,
Outubro, dia doze, aconteceu
Um incidente que, logo depois,
As fronteiras da Terra enlargueceu.

Um novo continente foi achado,
O grande território americano!
San Salvador, de início, foi chamado;
Tido como as Índias, por engano.

Américas do Sul, Norte e Central
Desenvolvem no palco mundial
Política social proeminente.

Tecnologia, ciência e economia,
Indústria, cultura e democracia
Enaltecem o novo continente.

PFA/

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Espinhos e rosas



Espinhos ferem e fazem doer,
E as rosas exalam seus perfumes,
No entanto, ambos nos fazem sofrer!
Amor, rosas, espinhos e queixumes!

Uma rosa, guardada com amor,
Quase sempre nos lembra de alguém
Que nós fez sofrer, com seu desamor,
Alguém que a gente espera, mas não vem.

Espinhos ferem, mas, são passageiros,
Contra eles existem curandeiros:
Ira, mágoa, ódio, e findará.

Já as rosas nos trazem à lembrança
Um sonho de amor e a esperança
De que, cedo ou tarde, voltará.

PFA/

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Resignação



Eu não revelo, mas é tão difícil,
Esperar, incerteza, sacrifício,
E o tempo correndo sem parar,
Sem que nada dê forças pra sonhar!

Dias e anos a fio, sempre iguais,
Alimentando sonhos, sem sinais,
Nem vislumbres, que alentem meu viver
De solidão, espera e sofrer.

Será castigo, ou trama do destino,
O amor é um astro peregrino?

Nem uma coisa nem outra! Opção,

Faço o que manda o meu coração!
Sou feliz esperando por você,
Está tão claro, só você não vê!

PFA/

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Te amo



Queres que eu repita que te amo?
Pois, ad infinitum eu repetirei:
Eu te amo. Te amo... E proclamo:
Eu te amei, te amo e sempre te amarei.

Mas, se não bastar, vou te escrever
Tantas, mas, tantas páginas iguais
Que, por certo, vais te cansar de ler!
E eu vou escrever ainda mais...

Se, contudo, não te satisfizer
O que eu escrever e te fizer,
Vou grafitar o mundo por inteiro

E rogar ao meu santo padroeiro
Que toque as trombetas do Universo
Anunciando o amor que te professo.

PFA/

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Falam meus olhos

Perdoa amor, mas, eu só sei sentir,
O meu coração é analfabeto,
Sente, mas não consegue exprimir
O sentimento de que está repleto.

Não sei falar palavras que encantam,
Não consigo dizer tudo que sinto,
Mas, os meus olhos falam, gritam, cantam
Mostrando, claramente, que não minto.

Se fixares os teus olhos nos meus,
Os meus hão de contar para os teus,
Tudo que as palavras não expressam,

Silenciosamente eles confessam
O que mesmo gritando eu não diria:
Te amo como jamais ninguém te amaria.

PFA/

domingo, 7 de outubro de 2012

“Prefeitocracia”

Foram sessenta dias de pelejas,
Cada um mostrando planos e projetos,
Expondo suas vidas em bandejas,
Em confrontos abertos e diretos.

Eram várias vertentes, num só rumo:
O privilégio de poder servir
Com eficiência pública e prumo,
Prometendo melhorias no porvir.

Na busca da vereança e prefeitura,
Múltiplos personagens e feitura
Distribuíam sorrisos e simpatia.

Passadas as demandas da campanha,
Só um é eleito, no entanto, todos ganham,
Eis o mistério da democracia!

PFA/07.10.2012

sábado, 6 de outubro de 2012

Sem opção



Pedes-me que te diga a verdade,
Exiges absoluta lealdade,
Não aceitas meio termo, nem barganha,
Pouco importa quem perde ou quem ganha.

Tudo bem, nada tenho a temer,
Tu, igualmente, que tens a perder?!
Vamos abrir o jogo, sem temor,
Tudo às claras, em nome do amor.

Se o problema é sinceridade,
Juro com a maior tranqüilidade,
E com os dois pés juntos, numa cruz!

Para não te perder, anjo de luz,
Jurei e juro por tudo que é sagrado,
Não importa se é certo ou se é errado!

PFA/

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Clemência!



Dias, semanas, meses, até quando?
Não faz sentido essa reclusão!
A quem você está sentenciando,
A mim ou ao seu próprio coração?

Não basta o sofrer involuntário?
Não há sensatez no autoflagelo,
A submissão a um fado sectário
Já faz da vida um cruel flagelo.

Recriminação, sem misericórdia,
Não devolve a paz nem a concórdia
Imprescindíveis para subsistência.

É, portanto, um pouco de clemência,
Bálsamo, a rigor, fundamental
Para se curar dor sentimental.

PFA/

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Seios e anseios



Confesso, nada há que me contenha,
Sou réu perante a Lei Maria da Penha:
Desrespeito hostil e contumaz
Aos sagrados direitos pessoais!

Sou inconveniente e metido,
Perante a Lei, mereço ser punido
Por prática de assédio permanente
E por ser atrevido e saliente.

Procedem seus temores e receios
Às minhas agressões contra os seus seios,
É que eu, bem sabendo como são,

Não resisto à sublime tentação
De tê-los entre as mãos e saciar
Os anseios que me fazem delirar.

PFA/

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Lorotas não!

Eleição, o dia “D” está chegando,
A caça aos eleitores é frenética,
Há candidatos, malas, procurando
Os indecisos, de forma patética.

É o corpo a corpo em ação,
Vale tudo, na luta pra vencer
Não se leva em conta a razão,
A ideologia é não perder!

Prometem tudo e ainda mais,
Aos concorrentes vêem como rivais,
Ética e moral são desprezadas,

E práticas escusas abraçadas.
A esses candidatos idiotas,
Digam NÃO, em resposta às lorotas.

PFA/

Guerra é guerra!



Quer guerra, terá guerra, stop à paz,
Você vai sentir do que sou capaz,
Vou lhe exaurir com meu arsenal
De projéteis eróticos sexual!

Vou usar meus torpedos de desejos,
A mortífera força dos meus beijos,
Vou disparar granadas de carícias
E usar toda sorte de malícias.

Vou envolver seu corpo num abraço,
Prendê-lo, com furor, ao meu regaço,
Escravizá-lo com o meu carinho

E embriagá-lo com música e vinho,
E, pra finalizar minha ação,
Sugo o que lhe resta de paixão.

PFA/

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Um ser especial



Desce do ilusório pedestal
No qual insistes em te afirmar,
Lutar munido de força irreal
É querer a si mesmo enganar.

Realidade não é fantasia,
Não se tapa o Sol com uma peneira,
Tentar iludir-se é hipocrisia
E presunção dosadas de asneira.

Pode-se ser feliz sendo ninguém,
Cada um vale tanto quanto tem,
E tu, amigo, tens o que é essencial.

És, a rigor, um ser especial
Dotado de virtudes incontáveis,
Louva, pois, pelas graças inefáveis!

PFA/

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Sonhos



Sonhar faz parte da realidade,
Sonhos são fatos, pra posteridade,
O presente é o fato palpável,
Sonho é fato, mas, realizável!

O que não tenho já, posso sonhar
E ter amanhã, basta esperar,
E saber esperar é uma virtude
Nobre e de suprema magnitude!

Melhor que, cedo, a desesperança
É ter uma tardia esperança!
Sonho com o que quero e não tenho,

E espero buscando com empenho,
Desistir jamais, a luta continua,
Mesmo que o contexto não contribua!

PFA/