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sábado, 31 de outubro de 2015

Perdão.


Originado logo no início,
essência do plano da redenção,
se consumou com a crucificção
manifesta no santo sacrifício.

Adstrita à ação dos donatários,
a salvífica nota redentora,
em sua magnificência salvadora,
independe dos seus beneficiários.

Provido de vigor ad infinitum
e sem exigir ad referendum,
o perdão age com sublimidade,

então, logo após efetivado,
estará plenamente consumado,
até os confins da eternidade.

PFA/

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Paulo e Faraó.


– Endurecerei o seu coração, (Ex 14: 4)
assim fez o Senhor a Faraó
e os egípcios, e não ele só,
padeceram a mesma aflição!

– Serei, em Faraó, glorificado, (Ex 14: 17)
e em seus cavaleiros e seus carros;
Eu Sou o Oleiro, eles jarros,
o Egito há de ser dizimado!

Paulo e Faraó, duas concepções,
o mesmo Senhor e duas opções,
ao apóstolo o Senhor convenceu,

a Ramissés, o senso endureceu.
Os desígnios sagrados são só Seus,
não nos cabe julgar o Senhor Deus.

PFA/

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Eu, tu… nós?


O que é meu… é meu, é teu, é nosso...
o teu, de mais ninguém, além de vosso…
embora não percebas, é assim...
 o que é teu, é teu, não dás a mim!

Cada cabeça pensa diferente,
e o coração não pensa, só sente,
algo difícil de conciliar,
mas, a gente procura minorar.

Somos dois em um, um lá, outro cá,
o mundo gira, gira, rodopia,
e talvez eu consiga chegar lá.

Eu e tu, não é o mesmo que nós,
somos um par que, mais dia, menos dia,
embora juntos, vamos estar sós.

PFA/

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Os teus beijos ardentes.


Não posso deixar de reconhecer,
tua ausência foi, é e será sentida
a contar do momento da partida
até a hora em que hás de volver.

Quanto me esforcei pra não admitir,
na ânsia de esquecer dos teus abraços
eu tentei abrigar-me noutros braços,
achando que iria conseguir!

Tudo em vão, os teus beijos ardentes
ainda queimam meus lábios carentes,
apenas saciáveis pelos teus.

Prostrei-me, roguei e pedi a Deus:
– Senhor, se não a trazes para mim,
por favor, antecipes o meu fim!

PFA/

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Laços.


Eu tentei evitar os teus abraços,
era visível o que tu sentias,
e evidente o que pretendias,
ao tentar envolver-me nos teus laços.

De início, usaste teu olhar,
o sorriso, afável e prolífero,
e em seguida, o tom de voz, melífero,
até que conseguiste me enlaçar.

Escravo do vigor dos teus domínios,
e preso pelos nós dos teus fascínios,
abri mão dos meus próprios anseios,

e submisso ao teu assédio, livremente,
assumi condição de dependente
em troca de um beijo nos teus seios.

PFA/

domingo, 25 de outubro de 2015

A espera

Nunca darás o braço a torcer,

respeito e jamais vou insistir,
no entanto, não posso desistir
da excelsa razão do meu viver.

Nunca e jamais é tempo à beça,
mas, estarei de pé na plataforma,
a esperar de guarda e em forma,
a não ser que a morte me impeça.

A roseira plantada, ao partires,
há de estar florida, quando vires,
e, então, te dará as boas vindas

e te contará das horas infindas
em que juntos fitamos o caminho
até, enfim, voltares pro teu ninho.

PFA/

sábado, 24 de outubro de 2015

Julgamento.


Deus endureceu o seu coração,
Faraó não podia entender,
estava muito além do seu querer,
cabia ao Senhor a decisão!

Quantos “faraós” hão no Universo?
Os desígnios de Deus são exclusivos,
não creio em intentos punitivos,
o Senhor Deus jamais é controverso.

Julgar é predicado divinal,
Deus não concedeu a nenhum mortal
poder pra exercer essa função.

Faraó, Esaú, e todos mais,
inclusive, o próprio Satanás,
irão a júri ante o Autor da Criação.

PFA/

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Disparates sociais

   
                       
                            
– Como expresso minha gratidão?!
– Com manteiga e queijo de fazenda,
um legítimo mel de encomenda,
e versos, néctar do meu coração!

Atividades plenas de purezas,
no trato entre seres virtuosos,
cujos atos sublimes e honrosos
refletem, simplesmente,  gentilezas,

- em virtude da falta de bom senso,
onde os disparates são consenso -
aparecem pintadas de maldade.

Assustam aos céus a atrocidade
ante as quais arautos bons e justos
abrasam sob a pecha de injustos.

PFA/

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Deus é Deus.


Deus é Deus, e assim será
ad aeternum, nos séculos sem fim.
Quer você goste ou ache ruim,
é bom que saiba – Nada mudará.

O Senhor é excelso e imutável,
Sua sublimidade é bendita,
a Sua existência infinita
e a Sua clemência infindável.

Busco a Ti, Senhor, com avidez,
tens a cura pra toda insensatez
e antídoto pra minhas loucuras.

Assegura-me as Tuas venturas,
abriga-me sob Tuas santas mãos
e concede-me as Tuas bênçãos.

PFA/

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Inconsequências

Ainda há esperança, Deus existe!

Enquanto a ciência penaliza,
execra e extirpa insensatez;
ignorância sufoca, escraviza,
inibe e condena sensatez.

Enganos, desencantos e protestos,
ocorrerão enquanto homens fúteis
- aos famintos, capazes e honestos -
impuserem os seus planos inúteis.

Mentira, nota fria, comissão,
tráfico, influência, corrução,
aguçam a visão da injustiça;

enquanto isso, a cega justiça
anui que “barões” em banco de réus
atendem a propósitos dos Céus.


PFA/

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Desinformados

Ainda há esperança, Deus existe!

Criança… esperança que se tem…
adulto… desajuste que advém!
Perversão cultural, em escalada,
e ninguém quer, ou pode, fazer nada!

Os princípios morais de malandragem
alimentam  os bordéis da galhofagem
em torno das fofocas imorais
publicadas em rádios e jornais.

Decadência (infanto-juvenil,
jovem, adulta e, também, senil)
da família, das crenças, das nações...

dá lugar ao rol dos alienados,
um exército de desinformados,
entrando pro quartel das perversões!

PFA/

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Aquarela divinal.


Ouço batidas na porta, a noite,
a impressão é de que seja alguém,
abro, olho, mas não vejo ninguém,
é o vento com seu suave açoite.

Reluz o firmamento estrelado,
excelsa aquarela cintilante,
exibindo no ponto mais brilhante
o reflexo do teu olhar ousado.

Concentro as idéias, então, vejo,
em reprise, num rápido lampejo,
a refulgência de antigos sonhos

expressa nos matizes mais risonhos,
em destaque na tela divinal
desta magna visão celestial.

PFA/

domingo, 18 de outubro de 2015

Lágrimas



Procurei descobrir, na natureza,
algo silencioso que gritasse,
inda mesmo que  eu nada falasse,
- ao mergulhar nos mares da tristeza,

- ao festejar as glórias do porvir,
- ao confessar os erros cometidos,
- ao por luto por meus entes queridos,
- ao orar e deitar-me pra dormir;

- ao socorrer crianças desprezadas,
- ao ter minhas ofensas perdoadas,
- ao resgatar irmãos entre abrolhos…

A resposta estava nos meus  olhos:
uma lágrima… muitas… por encanto,
um milagre expresso no meu pranto!

PFA/

sábado, 17 de outubro de 2015

Relembranças de Cruzes


Relembranças do tempo de menino:
a Escola Rural do vilarejo,
amigos que nos meus sonhos revejo:
Arlindo, Quiterinha, Agripino;

Maria de Santana, Socorrinha,
Antonio França, Creuza e Zezé,
Socorrinha Cabloco e José,
Diva,  José e Maria de Nininha;

Marcone e Lucinha, Madrilene,
Euflozina, Ditinha, “Bastião”,
Pedro, Geraldo e Salomão;

Lela, José Veloso e Irene,
Zezinho,  Juraci, Jaime, Celina,
quatro “Irenes”, uma de Davina.

Irene irmã de Lela, Irene Veloso,
Irene de Davina e Irene Nepomuceno.

PFA/

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Outubro, Rosa, Mulher (Ver mais)


(Soneto sem elisões)

Sejamos objetivos, câncer não,
os de próstata e mama têm cura
eficiente, certa e segura,
a depender da sua atenção!

Próstata, câncer em potencial,
mama, a perspectiva é sombria,
a cautela não pode ser tardia
e seu cuidado é primordial!

Outubro Rosa faz lembrar de rosa,
a flor mais elegante e cheirosa
e que tem tudo a ver com mulher!

Colora sua vida com saúde,
e pra evitar dor e ataúde
a prevenção faz parte do mister.

PFA/

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Dia do Professor


                       (Homenagem à professora Edite Alves de Oliveira)

Dona Edite Alves Oliveira,
a minha professora infantil,
magnânima oleira do perfil
que vou refletir a vida inteira.

Exemplar, incomum e competente,
escultora zelosa e sensível,
atenciosa, sempre disponível,
essência do amor polivalente.

Insigne comandante protetora,
era uma espécie de gestora
especializada em servir.

Mas, para o Céu, teve que partir,
ensina no Egrégio Tribunal
os alunos do Colégio Divinal.

PFA/

Coroa de sonetos - “Faces do Amor” 14.

              PorPedro F. Alves

Amor Eternal – (Soneto 14)

Eternal, doação que não tem fim,
expressão divinal de caridade,
exemplar da real sublimidade
emanante do sacro amor afim.

Amorável, excelso e clemente,
amor que se fez morte pra dar vida
aos que, em vagueando sem guarida,
ignoravam a Luz Onipotente.

Finalmente, pra crentes e ateus,
é regalo do Cristo Salvador,
ante o qual, os filhos são iguais!

O amor eternal é dom de Deus,
paternal é herdade do Senhor,
maternal, o maior, entre os mortais.

Fim.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Coroa de sonetos - “Faces do Amor” 13.

              PorPedro F. Alves
Amor Divinal – (Soneto 13)

Divinal, impossível entender,
só em seres com dons celestiais
encontramos matizes perenais
onde este amor vá resplender!

Providência excelsa e divina
expressada, por Cristo, lá na cruz,
sofrimento real que se traduz
impossível à vida peregrina!

Afeição exclusiva da Nobreza,
atributo real do Salvador,
o Rei que, por nós, se fez réu afim.

Sentimento da Alta Realeza,
amor sacro, sublime e terno amor,
eternal doação que não tem fim.