Bem a gosto!

Chegamos ao fim do mês de Agosto,
Sem anormalidade nem desgosto,
Mesmo o treze de azar, deu sorte,
Sem contendas, sem brigas e sem morte.

Figas e ferraduras, amuletos,
Cururu costurado, esqueletos,
Bichos, encruzilhada e macumba,
Vela preta e pó de catacumba,

Cederam lugar à fraternidade,
Na área rural e na cidade,
Envoltas no calor das eleições.

Não houve, a rigor, apelações
Que possam afetar o bem estar,
Perca quem perder, ganhe quem ganhar!

PFA/

Desculpas

O trânsito estava muito intenso!
Juninho levou um tombo imenso!
O carro cismou para não pegar!
Desculpa-me fazer-te esperar!

Passei a noite em branco, que susto!
Tive que esperar, a todo custo!
Sabes repartição como é que é!
Pra chegar, tive que andar a pé!

O trânsito, o filho e o carro...
Existe sempre um jeito bizarro
Para explicar o inexplicável!

Mas, nada, nada é tão desagradável
Quanto ficar a espera de um maçante
Que insiste em ser deselegante!

PFA/

Conflitos

Poeta, a candura mais cruel,
Adocica o mais amaro fel,
Inventa a pimenta sabor mel
E bota numa folha de papel!

Fala de risos, dores, alegria,
Do alvorecer, da noite, do dia...
Multicolore anti e simpatia,
Rima e versa tudo em harmonia...

Pinta a vida numa aquarela
Azul, vermelha, rosa, amarela...
Lambuza tudo com o seu pincel,

Transforma o inferno em um Céu...
E atordoa a sua cinderela,
Jurando que seus versos são só dela!

PFA/

O sonhador

Hoje, que é ainda quase ontem,
Peço ao tempo graças que remontem
Os castelos de areia que eu criei
E que, talvez, jamais os habitarei.

Desfazendo-os, grão a grão, não percebia
Que, também, pouco a pouco destruía
A ilusão que lhes deu forma e vida:
A fantasia hoje revivida!

O ontem que é hoje, há bem pouco,
Reacende, desgasta, deixa louco
O caçador de lagos refletores,

Na busca incessante dos amores,
Castelos, ilusões e da sereia,
Que deixou construídos na areia.

PFA/

O Eu Sou

Não Se deu só por mim! Por mim, por ti,
Deu-Se por vós, por nós, eu cri e vi!
Cri e vi, e tu hás de ver e crer,
É pra mim, pra vós, vem, tu hás de ver!

Vê-LO é bom, tê-LO só faz o bem,
Quem O tem e O dá, a quem não tem,
Dá o que tem, e não quer só pra si,
Vês, dás o que é teu, sem vir de ti!

– Eu Sou o que Sou Eu, e Sou sem fim,
Dei-Me por ti, pra ter-te só pra Mim,
O que de Mim te dei, dei-O na cruz,

E foi por ti que lá Eu fiz-Me Luz!
Vai e diz a um por um, quem Eu Sou,
Diz-lhes quem Eu Sou, e o que te dou!

PFA/

Tributo a Neil Armstrong

Hoje a humanidade está de luto,
acaba de partir do seu reduto,
Neil Armstrong, rei espacial,
o primeiro a tornar-se universal!

Americanos, nossas condolências,
ao seu herói prestamos reverências,
O Brasil participa da emoção
que envolve e enluta essa Nação!

Mercúrio, Venus, Júpiter e Marte,
na Via Láctea e em toda parte,
extraterrestres dão as boas vindas

com banquetes e flores, das mais lindas,
na recepção pra Neil oferecida,
no instante em que começa nova vida.

PFA/25.08.2012

Razões

Recuar é um ato de bravura,
Quando avançar pode ser loucura,
Estratégias de recuo, na história,
Deram à história outra trajetória!

Dar, ou pedir, um tempo pra pensar,
Quando a corda tende a se quebrar,
É um ato de sábia esperteza
Que pode alentar e dar firmeza!

Nos relacionamentos pessoais,
Pausas para pensar são naturais,
Como nem sempre dão bons resultados,

É natural ficarmos assustados
Diante das razões que a razão
Contrapõe às razões do coração.

PFA/

O tempo

O tempo deixa marcas quando passa,
Consome e destrói beleza e graça,
Descolore, engorda e atrofia,
Transforma paz e gozo em agonia.

Tolda, desmemoria, debilita,
Maquila esperança de desdita,
Desgasta e empena a coluna,
Nada escapa sem que ele puna!

Ensurdece e tira a visão,
Afeta toda a circulação,
Inibe o apetite sexual

E degrada a vaidade pessoal.
O tempo se impõe às emoções,
Pra ele não existe exceções!

PFA/

Divagações

Embriaguei-me com vinho celeste,
De merlot produzida no agreste,
Na festa exclusiva para mim
E a estrela do além sem fim.

Fui até a Via Láctea, nos meus sonhos,
Relembrei fatos e tempos bisonhos,
Quase cheguei à porta principal
Dos jardins do meu mundo surreal.

Na igreja, com a estrela guia,
E, ante o altar da virgem Maria,
Falei-lhe do amor que me seduz,

Do percurso até a Santa Cruz,
Da esperança que alenta o meu ser
E de Cristo, a razão do meu viver.

PFA/

Falar e ouvir

Uns falam de mais, outros sequer falam!
Calar ou bradar, qual o ideal?
– Falar, para aqueles que se calam,
E moderação, pra quem é jornal!

Há quem grite, com a sua mudez,
E há quem cale, só por sensatez!
Os tagarelas falam por falar,
E os tímidos pecam por calar!

Racionalidade é a solução,
Abrir a alma e o coração
Minora sofrimento, mágoa e dor,

E saber ouvir é um ato de amor!
Falar, ouvir, calar, como quiserem,
Mas, expressem os males que lhes ferem!

PFA/

Que onda!

Uma dose de whisky, um pão,
E o programa está uma brasa, mora?!
Um role, ponho a massa na mão,
Dou uns amassos e depois caio fora.

Vou à praia e pego uns brotinhos,
Tiro uma onda de vegetariano,
Eu sou mesmo chegado a chuchuzinhos,
Numa boa, senão entro pelo cano!

Pego os meus ovos e a tua massa,
Broto e chuchu verdes lá na praça,
Misturo pra fazer uma omelete.

Se quiser vir comigo não discuta,
Arregace as mangas para luta,
Vou fazer coleção de piriguete.

PFA/

Contrastes

O sibilar do vento na varanda,
O frio deixando os meus pés gelados,
Na televisão vejo a propaganda
De roupas e produtos importados.

O Morro Bom Jesus, em minha frente,
Coberto de casebres empilhados,
É a tela do povo indigente,
Crianças, jovens e velhos desprezados.

Os edifícios tolhem-me a visão,
Não é da China, mas, é um paredão
Entre os ricos e a gente pobre.

Ricos que, até, esquecem, o gesto nobre,
De ofertar um mísero colchão
Para tantos que, nus, dormem no chão!

PFA/19.08.2012

Lari, Lari...

Eu virei sete, no sétimo dia,
Cantando pra Jesus, com alegria,
Na Casa do Senhor, meu Salvador,
Que tudo fez por mim, só por amor!

Agradeço a Ti, Criador Divino,
Pai e Redentor que Se fez menino,
Um pobre e humilde carpinteiro,
A ser crucificado num madeiro!

E, como gratidão a Ti, Jesus,
Falarei da Tua dor na rude cruz,
Pelo mundo a fora, aonde eu for!

Hei de ser Teu eterno servidor,
Mensageiro fiel da salvação
Que resplandeceu na crucifixão.

PFA/18.08.2012

Piriguete?!

Os seus olhos escuros e brilhantes
Excitam e acalmam em instantes,
Aurora boreal, ou negra noite,
Vento que sopra brando, ou de açoite!

Sua voz é suave e excitante,
Melífera brandura provocante,
Divino alucinógeno, veneno
A transpirar do seu corpo moreno.

O seu sorriso, ah, o seu sorriso!
É Céu, é inferno e é paraíso,
Liberta, escraviza e enlouquece!

Quem a ama exulta e padece,
Sua multiplicidade de matiz
Maltrata, porém, deixa-me feliz!

PFA/

O front

A preparação com ensinamentos,
Orientações, falas, treinamentos,
Destaque especial para o psíquico
Frente ao uso de produto químico,

Os cuidados com as armas de guerra
Usadas no mar, no ar e em terra,
Tudo devidamente apresentado
Para oficial e pra soldado.

Mas, às vésperas do cruel combate
Trava-se em cada ser outro embate:
Interrogações! – Vou voltar, morrer?!

E, como ser humano, titubeia!
Minha cirurgia é sexta sete e meia,
Dá para ser valente e não temer?!

Pódio da mentira

Fala-se muito mal de caçador,
Igualmente se faz com pescador,
De fato, suas histórias são fantásticas,
Tanto as vantajosas quanto as drásticas.

Pescar sereias, lâmpadas acesas,
Aparições de monstros e princesas,
Para pescador, tudo é normal!
Quanto a caçador, é natural:

Bicho que surja e desapareça,
Saci Pererê e mula sem cabeça.
Mas, nada disso é fenomenal,

Tudo é aceitável e normal!
E um idoso que com seus setenta
Diz que deita e rola, e arrebenta!

PFA/

Rejuvenescer?!

Aos cabelos um novo colorido,
Como disfarce rápido e cingido,
Uma boa maquiagem, se quiser,
Pois pega bem diante de mulher.

Na carcaça, aperta-se aqui,
Repuxa-se um pouco mais dali,
Tecido liso para os magrinhos,
Listrado cai melhor sendo gordinhos.

À parte esta questão, segue em frente!
Algum problema físico ou da mente?
E as taxas do hemograma e a pressão?

Finalmente, com tudo controlado,
Será que estás mesmo preparado?
Como vai o teu problema de ereção?

PFA/

O que é?!

O que é, o que é, que não faz falta a quem der,
Que é preferível dar que receber,
Que pode ser dado a homem e a mulher,
E que quem tem ou dá ou vai perder?!

É abundante e todos podem ver,
São muitos os que têm e podem dar,
Tem muitos precisando receber,
Quem tem não pode usar e nem guardar!

O recebedor quer retribuir,
É uma forma nobre de servir,
Ajuda a evitar poluição,

Raramente tem contra indicação.
O bem e o mal sempre virão à tona,
Se você puder, dê uma carona!

PFA/

Regime!

Tudo cru, sem fogão, sal nem tigela!
Alface, azeitona, berinjela,
Maxixe, agrião, cebola e nabo,
Repolho, beterraba e quiabo.

Pepino, espinafre e chuchu,
Tomate, cebolinha e umbu,
Acelga e cenoura, hortelã,
Couve, cebola, rúcula e maçã,

Ponha azeite de oliva à vontade,
Sirva-se sem ligar pra quantidade,
Não faz mal umas gotas de limão.

Umas fatias de pão integral,
E está pronto o cardápio especial,
Pode sentar-se e... boa refeição!

PFA/

Príncipe encantado

I

Em frente ao lago, do jardim real,
Com vista pra varanda lateral
Dos aposentos da princesa Íris,
Eros divisa as cores do arco-íris

Refletidas nos olhos da sua amada.
São dois faróis brilhantes na sacada,
Inquietos vasculhando o jardim,
A procura do seu Anjo Querubim!

A melífera voz que a encanta,
Que declama, recita e que canta
Poemas e cantigas de ninar,

Leva seu coração a disparar
Ansiosa por não compreender
Porque insiste em se esconder...

II

... Decidida, sai a procurá-lo,
Determinou-se a encontrá-lo,
Pois, não suporta mais os estigmas
Desse amor marcado por enigmas.

Eros, inebriado de amor,
Sentindo o perfume e o calor
Da amada, ao passar bem ao seu lado,
Viu ruir o seu sonho desvairado!

Triste e abatido, vai saindo,
Pulando, tropeçando e caindo,
Ao tentar esconder-se da amada.

É o adeus à sua idolatrada,
Fim dos sonhos de um sapo enlameado
Disfarçado de príncipe encantado.

PFA/

O Pai

Pai, protetor confiável,
Amigo inigualável,
Ide, pois, ao Inefável!

O Pai, filhos, pais, filhos... e o Pai.
Omega, revelados... assim vai
Até que todos tornem ao Senhor,
O Alfa Eternal, Deus de amor.

Pais e filhos são elos da corrente
Do círculo humano decorrente
Da magnífica Obra da Criação,
Feitura semelhante à Perfeição.

O Supremo, em dádiva divina,
Doou-Se como a alva cristalina
À criatura a qual chamou “muito bom”!

Pais, filhos, pais... é de muito bom tom
Que vos ameis assim como vos amou
O Pai Supremo, que a todos criou.

PFA/

“Unitrindade”

Múltiplo, Triuno, ou Uno, tanto faz,
Nada muda, pois, são reais e iguais!
Não é coleção de deuses diferentes,
Deficientes, ausentes e impotentes!

Onisciência e onipresença,
Onipotência, e sem diferença,
São atributos comuns à Divindade,
E independem da Sua quantidade!

É auto-revelação plena, perfeita,
Clonagem, Xerox, são cópias idênticas,
Uma que é outra e outra que é uma, autênticas!

Mistério insondável, sem receita,
É multiplicidade com deidade,
Enigma incomum da “Unitrindade”!

PFA/

O “pulo do gato”

Enganar, furtar, tudo é malandragem,
Drogas, matanças, roubos, trambicagem
São atributos de enganadores,
De assaltantes e saqueadores.

Mentir e iludir é esperteza,
Acusar falsamente em sua defesa,
Passar a perna nos pobres incautos,
Aproveitar-se dos nobres arautos,

Tudo demonstra astúcia ardilosa,
Postura imprópria, vil e capciosa.
Contra todos que agem desta forma,

Há o “pulo do gato”, que transforma
E pode livrá-los de tudo isto,
Conhecer e amar a Jesus Cristo!


PFA/

Deus Triuno

Trindade ou “centeidade”, é igual,
Um ou cem, continua Divinal!
Deus pode fazer-Se quantos quiser,
E, é o Eu Sou, onde estiver!

Auto revelação plena, total,
Ele em todos e em nada desigual!
É o mistério da onipresença,
Um que é vários, mas, sem diferença!

Deus é único para cada um,
Não pensamos igual, de modo algum,
Mas, a diversidade está em nós!

– Eu Sou o Único, Pai de todos vós.
Presente, ante toda humanidade,
Deus é vários, que é um, na verdade!

PFA/08.08.2012

O teu amor

Temo aproximar-me de ti, percebes?
Dói-me ferir os sonhos que concebes,
Os castelos de areia que fizeste
São reais, para ti, tu me disseste!

Sonhos, realidades e delírios,
Alegrias, tristezas e martírios,
Formam o cabedal de cada um,
Nada é impossível ou incomum!

Não tenho o direito de frustrar
Teus ideais, não devo censurar
As fantasias de outro sonhador!

Tu podes sonhar o quanto quiseres,
Busques e lutes por tudo que queres,
vale tudo, na busca do amor!

PFA/

Aluguel

Dívida impagável, desgraçada!
Se paga e se paga a malvada,
Porém, a cada dia se renova,
Assim como acontece à aurora nova.

Como quem casa quer casa, sem ter,
Mesmo antes de casar fica a dever
Aluguel da casa onde vai morar
Só depois que vier a se casar.

Ante a situação tão deprimente,
De viver a dever eternamente,
Fica aqui a minha sugestão:

- Melhor casar com quem já tenha casa,
Pois, não tendo sua casa quando casa,
Por certo viverá nesta aflição.

PFA/

Confusão

Está tudo errado! Está mesmo?!
Tenho destino certo, ou ando a esmo?!
Será que eu me amo, ou me detesto?!
Vivo harmonicamente, ou de protesto?!

O Deus que eu creio, de fato, existe?!
Há diferença entre alegre e triste?!
Eu e você, ou nós, qual a verdade?!
Vivo sonhos, ou a realidade?!

Minha verdade é fato, ou mentira?!
Meu universo parou, ou inda gira?!
Sou um fantasma, ou real amante?!

Nossa distância é mesmo tão distante?!
Dependente de tantas emoções,
sou escravo das minhas  ilusões!

PFA/

Vestibular

Passaporte pra novos horizontes,
Novas tecnologias, novas fontes,
O futuro que se nos descortina
Quebrando o marasmo da rotina.

Expectativas mais resplandecentes
Dão brilho multicor a nossas mentes,
Vislumbres de esperanças virtuais
Que se tornam palpáveis e reais.

Sonhos da juventude ansiosa
Que foge da existência duvidosa
Em busca de plausível profissão.

Quem consegue passar festeja altivo,
Ao reprovado, triste e pensativo,
Resta aguardar por outros que virão.

PFA/

Tributo a Rafael dos Santos Barros

Só?! Amigo é coisa pra se guardar?!
Não é pra se mostrar, cantar, lembrar?!
Meu caro Rafael, é muito pouco
Guardar sua lembrança em sufoco!

Vamos anunciar quem foi você,
Gritar aos quatro cantos pra se vê
Tudo que representa sua arte!
Sua modéstia, agora, fica à parte!

– Poeta, professor, cristão leal,
Companheiro fiel e fraternal,
Mestre no servir sem pensar em si,

Pai, marido, irmão, sempre presente,
Amigo dedicado, gente... gente
Que no céu nos aguarda a sorrir.

PFA/

O sono

É ruim esperar sua chegada,
Muitas vezes só pela madrugada
Ele vem dar o ar da sua graça,
E, o pior, quase sempre logo passa.

É inconveniente se, atrasado,
Chega quando não mais é desejado,
Causa constrangimento se não vem,
E pra viver sem ele não convém.

Trás atrapalho quando é pesado,
Se é leve, não quer ser incomodado,
Vejam só que tremenda confusão!

Sem ele não se pode resistir,
Com ele, porém, sem poder dormir
Estafa-se e pifa o coração.

PFA/

O anjo e a fera

Anjinho de candura divinal,
voz melífera e angelical,
atitudes corretas, lealdade,
um ser celestial, em santidade.

Um dragão enfurecido nas colinas,
lançando chamas pelas narinas,
esbravejando com voz de trovão,
engando e mentindo como o cão.

Dois seres diferentes, não distintos,
uma só criatura, dois instintos,
como identificá-los?! Com dinheiro,

teste se em tudo ele vem primeiro,
se sim, cuide-se, pois, não tardará,
o anjo em fera se transformará.

PFA/

A vara do mundo

Eu e os meus porquês! Cônjuge, pais,
filhos, amigos, Deus, a humanidade,
a todos questiono, são iguais,
nada escapa ao meu crivo da verdade.

Porque você fez isso, porque disse,
quero saber porque foi e por que veio,
quem mandou que pesasse ou que medisse,
porque não pôs na ponta e sim no meio?!

Não dando paz à vida de ninguém,
quando vai, quando chega, quando vem...
e querendo ir inda mais a fundo,

tornei-me o melhor cinzel do mundo,
apenas não burilo a mim mesmo,
talvez por isso, vivo só e a esmo!


PFA/