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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Primeira rosa


És a rosa primeira dos meus sonhos,
flor que faz os meus dias mais risonhos,
clone do meu caráter de teimosia,
misto de introspecção e alegria.

O  teu sorriso tem no seu matiz
o poder da inversão que contradiz,
pois, de limões azedos, dos piores,
tu fazes limonada, das melhores!

Parabéns, efusivos parabéns,
que Deus dobre as virtudes que tu tens
e fortifique as tuas esperanças,

concedendo-te graças e bonanças!
Mesmo à distância, nós te abraçamos
e, ansiosos, aqui, te aguardamos!

PFA/

domingo, 29 de setembro de 2013

Feliz dezoito anos, PH


Findou o tempo da aborrecência,
agora você tem independência
e é responsável por suas ações,
em todas e quaisquer situações.

Pai e mãe estarão sempre ao seu lado
com o mesmo desvelo e cuidado,
mas você, certamente, vai mudar,
seu barco outros mares vai singrar

e novos horizontes descobrir,
o mundo, em sua frente, vai se abrir!
Os princípios obtidos em família

tenha-os como águia de vigília,
por todos os lugares onde for,
pregue a paz e viva o amor!

PFA/

sábado, 28 de setembro de 2013

Febre


Tu mexes com a minha estrutura,
provocando excesso de quentura,
teu calor incomoda e aborrece
ao mesmo tempo em que me enfraquece.

Tua manifestação causa arrepio,
queimo em brasa enquanto sinto frio,
ao mesmo tempo és gelo e fogueira,
fazes-me gelar em plena suadeira.

Tua presença sempre denuncia
um ato de extrema covardia,
de outrem que ataca disfarçado,

e que deve, urgente, ser cuidado;
és a febre, derribas fraco e forte
e tens as infecções como suporte.

PFA/

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Rosas, mulheres e cores




Dentre as rosas que eu despetalei,
pelas vermelhas eu me apaixonei,
das rosas brancas nunca esquecerei,
mas, só às rosas cor-de-rosa eu amei.

Mulheres loiras são rosas vermelhas,
são fogaréus ardentes, são pentelhas;
já as morenas lembram as centelhas
das rosas cor-de-rosa, sem parelhas!

Rosas brancas, são rosas adoráveis,
são mulheres serenas e amáveis;
as rosas amarelas são instáveis

e lembram as mulheres inseguras.
Azuis, roxas e verdes têm doçuras
das rosas-mulher ricas em canduras.

PFA/

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Rosa mulher


A cor de cada rosa tem história,
desespero, amor, vida inglória...
A paixão da vermelha é notória,
e a branca expressa paz e glória.

Que lindo uma rosa multicor,
representação mística do amor,
as cores fortes nos lembram ardor,
porém, a rosa roxa lembra dor.

Branca, roxa, vermelha, cor-de-rosa,
azul, verde, amarela... Rosa é rosa,
com perfume e beleza deleitosa!

Mas, dentre as rosas mais lindas que houver
não há, nem haverá, uma sequer,
tão bela quanto a Rosa mulher.

PFA/

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Rosa das rosas




Não posso negar as tuas razões,
reconheço, são muitos os senões
a justificar as oscilações
dos teus apegos e abnegações.

Esperar na mais certa incerteza
evidencia bondade e grandeza,
manter-se sóbria ante à vileza
demonstra equilíbrio e nobreza!

Cheiras mais que as rosas mais cheirosas,
tens o rosa mais rosa dentre as rosas
e és mais bela que as rosas mais formosas!

Se fosses uma flor, rosa serias,
se estrela, mais que todas fulgirias,
mas, rosa ou estrela, muito perderias!

PFA/


terça-feira, 24 de setembro de 2013

Rosa e o furacão


O furacão agita o seu redor,
nada fica inerte em derredor,
desbanca os mais fortes sustentáculos
das depressões ao topo dos pináculos.

Rodopia e faz girar, no ar,
a tudo que consegue arrancar,
as grandes estruturas pega e mói,
em seu caminho, a tudo ele destrói.

Rosa, com o seu riso sedutor,
despertando suspiros de amor,
cativa, escraviza e seduz

mais que o esplendor que há na luz!
Rosa e o furacão, depois se vão,
e ao cenário, jamais retornarão.

PFA/






PFA/18.09.2013

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Rosa, Rosa!


Rosa sempre ficava ali sentada,
atentamente, olhando pra moçada
que, inquieta, brechava suas coxinhas
bronzeadas, roliças e fofinhas.

Eu também fui olhar a belezura,
uma obra prima da arquitetura,
com forma e volume ideais,
o sonho de consumo dos mortais!

Pouco a pouco, fui me aproximando
e as coxinhas de Rosa apalpando,
e a moçada a gritar: – Não deixa, Rosa!

E ela, sorridente e toda prosa,
encarou-me: – Só pega se pagar,
duas coxinhas é dez, vai levar?

PFA/

domingo, 22 de setembro de 2013

O vento e a vida



A nossa existência é como o vento,
por isso, permaneço sempre atento
e pronto pro embate, no momento           
preciso vou vencer o desalento.

Sopra brando o vento do amor,
é tempestivo o vento que trás dor
e nos segue por onde agente for,
não importa se faz frio ou calor.

Já o vento portador da esperança
é lento e não inspira confiança,
pois, nem sempre areja com bonança.

Com ciclone na popa ou na proa,
eu singro os mares na minha canoa
como a gaivota que no Céu revoa.


PFA/

sábado, 21 de setembro de 2013

Instrumentos do horror


Um arranjo de espinhos, trabalhado
em forma de coroa, foi postado
na cabeça do Mestre Salvador,
numa cena brutal e de horror!
 
Com lanças, a transpor-Lhe o coração,  
e pregos, os Seus pés e cada mão,
vinagre, e não água, pra beber,
deram-Lhe, quando prestes a morrer.
 
Espinhos, lanças, pregos e vinagre
representam horror, e não milagre,  
na vida e suplício de Jesus,


mas, entre os instrumentos do terror
um deles é tratado com amor!        
Por que a reverência à cruz?!


PFA/21.09.2013

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Confissão



Pode doer e pode maltratar,
eu jamais vou deixar de te amar!
Adianta mentir, negar, fugir,
se eu sei que não posso desistir?!

Calo, escondo-me, desapareço,
em consequência, sofro e padeço
da triste e sinistra amargura
que leva-me às sendas da loucura.

Tento esquecer-te, mas, não consigo,
onde quer que eu vá tu vais comigo,
és a parte mais forte do meu eu,

tanto quanto és minha, eu sou teu!
De que vale fugir, mentir negar,
se jamais eu deixarei de te amar!


PFA/

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Retrocesso



Se eu te disser que não voltes mais,
que não te quero, entre os meus braços,
que tu só me causasses embaraços
e que o teu amor deixei pra trás;

e se, ainda mais, eu te disser:
não passaram de sonhos, os meus sonhos,
alguns infantis e outros medonhos,
sonhos de quem não sabe o que quer;

e a tudo isso ouvires sem chorar,
vou rir e em seguida confessar
que, para nós dois, foi melhor assim.

Porém se, desvairada, te prostrares
vou pedir para em nada acreditares
e que, por favor, voltes para mim.

PFA/

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Consequencias




Corrupção: ato de contravenção
pela deturpação na aplicação
da ordem, do direito e da razão,
com locupletação, por pretensão.

Falsidade é falta de hombridade,
de lealdade e honestidade,
improbidade contra a verdade,
e  combatida com severidade.

Conseqüências são fatos subseqüentes
a acontecimentos transcorrentes,
com efeitos legais ou infringentes.
                                                                          
Corrução, falsidade! Conseqüências:
aplicação da Lei, sem complacências,
e sujeição às devidas penitências?!

PFA/

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Remissão



Se a vida não passa de gangorra
onde a máxima é: –  Mate ou morra!
Se é cada um por si e Deus por todos
e opta-se por vilezas à denodos;

se ódio é mais nobre que perdão
e coices fazem frente à gratidão;
se o carro vai na frente dos bois
e não há diferença entre os dois;

se ganância dispensa o bom senso
e o mal é melhor se mais intenso;
qual será o fim da humanidade

refém de tão voraz ferocidade?
Só há uma solução: Cristo Jesus,
o Cordeiro que nos remiu na cruz.


PFA/

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Sofrimento maternal




Faminto que furtar uma batata,
vai morrer apanhando de chibata;
a idade de Xitão e Xororó,
divulgou, vai parar no xilindró;

andar com explosivos num pacote,
é condenado à morte com chicote;
discriminação e pedofilia,
pena: condenação à revelia.

Perjuros, que não pisam no sertão,
só merecem não ter reeleição;
negar ao Salvador, Senhor Jesus,

é tomar sobre si a própria cruz.
Mas, ninguém, por qualquer destes destratos,
sofre mais que galinha mãe de patos!

PFA/


domingo, 15 de setembro de 2013

Dose insuportável



Amargor, azedume e inhaca,
o som rouco e funesto da matraca,
sirene de alarme em alerta,
certeza da incerteza que é certa;

sexta-feira, num treze de agosto,
casar-se e viver a contra gosto,
a chaga  que mantém viva a ferida
e ter fome sem que haja comida.

Não!  Na cara de quem pede perdão,
a desdita cruel da solidão,
sina de esperar por quem não vem,

ver se negar pão e água a quem não tem,
nada é tão cruel e mais intenso
do que a tua falta de bom senso.

PFA/


PFA/23.08.2013

sábado, 14 de setembro de 2013

Birutice



Por ti, de tudo eu já fiz um pouco,
pra ser notado, já me fiz de louco,
andei sobre o fio de uma navalha
e lutei com os Três Irmãos Metralha.

Tentando demonstrar o meu amor,
enfrentei todo tipo de horror,
comi do pão que o diabo amassou
e sorri quando Judas se enforcou.

Subi até aos Céus, na contramão,
contendi com Golias e Sansão,
escalei o Everest de lambreta

e brinquei, com pistola, de roleta.
Todo tipo de loucura eu já fiz,
até crer que sem ti eu sou feliz!


PFA/06.09.2013