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sábado, 4 de maio de 2019

C-VIIICS - COROA DE CORDEL EM SEPTILHAS




















          
      HISTORICIDADE
                          EM
                    CORDEL
         
              Pedro F. Alves

Registrado na Fundação Biblioteca Nacional
                           

























COROA DE CORDEL EM SEPTILHAS  

Apresentação
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Septilha de Cordel – Uma das mais lindas composições da literatura de Cordel, são sete versos de sete sílabas poéticas com métrica e rimas bem definidas.
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Coroa de Cordel em Septilhas

Esta composição, até onde sei, é inédita e foi registrada na Fundação Biblioteca Nacional a fim de que figure como parte da história do Cordel de Caruaru.
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A Coroa de Cordel em Septilhas tem a seguinte formação:
– Quatro septilhas – I, II, III, IV – formam o conjunto síntese que, por sua vez, dá origem a XIV estrofes totalizando dezoito septilhas.
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– A septilha V tem início com o verso inicial da primeira septilha (I) e termina com o primeiro verso da segunda septilha (II) do conjunto síntese;

– A septilha VI tem início com o segundo verso da primeira septilha (I) e termina com o segundo verso da segunda septilha (II) e assim por diante, até que a septilha XI tem início com o sétimo verso da primeira septilha (II) e termina com o sétimo verso da segunda septilha (II) do conjunto síntese.

– Este mesmo processo se repete a partir da septilha XII até a XVIII em relação às estrofes III e IV do conjunto síntese.



COROA DE CORDEL EM SEPTILHAS – I

“Jesus”


Conjunto Síntese

I

Jesus é o primogênito
 do Eterno Provedor,
semelhante a Seu pai,
é supremo redentor
do anverso e do verso
no imenso universo
do qual é o Criador.

II

De mulher e do Senhor
teve sua procedência,
cuja graça é patente
para Sua descendência,
no teor humanidade
confirmando a deidade
na eterna existência.

III

A suprema providência
do vicário sacrifício
que para Si reclamou
foi divino benefício
em favor dos pecadores
tidos como devedores
com seus tantos malefícios.

IV

Não existiu artifícios,
o calvário e a cruz,
morte e ressurreição,
Judas, Pedro e Jesus,
são reais e verdadeiros,
mas nem todos são luzeiros
que refletem paz e luz.
  
V

Jesus é o primogênito
da essência do amor,
inspirado pela Luz
é eterno vencedor,
pois, jamais será vencido
mesmo que tenha nascido
de mulher e do Senhor.

VI

Do Eterno Provedor
herdou luz e sapiência,
graça e misericórdia,
amor e onipotência;
para Sua formatura,
como toda criatura,
teve sua procedência.

VII

Semelhante a Seu pai,
Seu amor é diligente,
onde haja sofrimento
Ele Se fará presente,
aquecendo a quem clama
com fulgor da Sua chama
cuja graça é patente.

VIII

É supremo redentor
que perdoa insurgência,
motivada, a priori,
por fatal incompetência,
provocando dissabores,
desajustes e horrores,
para Sua descendência.

IX

Do anverso e do verso
é Senhor em igualdade
e jamais faz distinção
de qualquer realidade
que promova embaraço
e provoque descompasso
no teor humanidade.

X

No imenso universo
a suprema unidade,m
de humano e divino,
resplandece a santidade
de Jesus crucificado,
e depois ressuscitado,
confirmando a deidade.
  
XI

Do qual é o Criador,
uma linda referência,
ao redil universal,
e divina providência
relativa ao lugar
onde vamos habitar
na eterna existência.

XII

A suprema providência
pra vencer os malefícios,
naturais dos pecadores
com seus ásperos ofícios,
foi real e verdadeira,
sem qualquer falsa videira,
Não existiu artifícios!

XIII

Do vicário sacrifício,
que por morte se traduz,
as lembranças são reais:
a tardinha já sem luz,
os soldados zombeteiros,
os deboches corriqueiros,
o calvário e a cruz.

XIV

Que para Si reclamou,
esta grave expressão,
dita com sutil frieza,
sintetiza a opção
feita pelo salvador
e confirma Seu amor,          
morte e ressurreição,

XV

Foi divino benefício
envolvendo uma cruz,
uma turba de incrédulos,
um crepúsculo sem luz,
uma mãe desesperada,
Caifás com sua cambada,
 Judas, Pedro e Jesus.

XVI

Em favor dos pecadores,
contumazes desordeiros,
Jesus Si fez doador
enfrentando bandoleiros
cujos sonhos de maldade,
horror e insanidade
são reais e verdadeiros.
  
XVII

Tidos como devedores,
alguns podem ser primeiros,
os algozes de Jesus
poderão ser jardineiros,
pra cuidar das Suas flores
há róis de floricultores
mas nem todos são luzeiros!

XVIII

Com seus tantos malefícios,
os carrascos de Jesus
poderão sobreviver,
se antes virem na cruz:
sangue, lágrimas e cravos
dando lugar a doces favos
que refletem paz e luz.

Fim.

PFA/

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