Bodes viram acrobatas
que, alheios às bravatas,
dão cambalhotas no ar
tentando se alimentar.
Parece,
mas, não é um pé de cabra,
é a figuração da fome macabra
que devasta
o solo nordestino,
entregue
ao seu próprio destino.
Para bodes
famintos, no sertão,
e crianças, vivendo no lixão,
em essência,
qual é a diferença
do drama
atual e da sentença?
Se os bodes
irão morrer de fome,
esses jovens
serão vultos sem nome,
sem saúde
e sem cidadania,
vítimas da
infame covardia
imposta por
governos desalmados
que os deixam
viver abandonados.
PFA/
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