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quarta-feira, 13 de junho de 2012

Esquecer!



Tentei, a todo custo, te esquecer,
Neguei-me a mim mesmo e quis morrer,
Então, fugi pra bem longe de ti.
De mim, de ti, do mundo, me escondi!

Entreguei-me à fé, à idolatria,
Desci às profundezas da fantasia,
Adormeci, e tentei não despertar,
Fiz trapaça tentando me enganar.

Contrariei as regras do bom senso,
Vivi a paz do delírio mais intenso,
E à imensidão do infinito
Impus limites e tornei finito.

Briguei com Deus e rompi com o mundo,
Convivi com as trevas do submundo,
Atingi o píncaro da revolta
E cheguei aos limites do ir sem volta.

Querendo tanto, tanto, te esquecer,
E buscando tanto fugir de ti,
Esqueci que não posso te esquecer,
Esqueci que não sei viver sem ti.

Como te esquecer, se estás dentro de mim?
Como viver sem ti, se és parte de mim?
Ah, eu descobri, a busca não foi a esmo,
Basta que eu esqueça de mim mesmo!

PFA/13.06.2012

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