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terça-feira, 27 de abril de 2021

Grinalda de sonetos Fantasias - II

 


Perdoa-me amor, por favor, imploro,
perdoa os tantos males que te fiz,
 pois, no fundo, tu sabes que te adoro
e que apenas sonhava ser feliz.

Das virtudes que tenho não me arvoro,
pois se o faço, a razão me contradiz,
entretanto, maldigo enquanto choro
o fato de que sejas infeliz.

Todo castigo que a vida me impôs
aceito como justa consequência,
a justiça, a rigor, se contrapôs

aos meus inconsequentes desvarios
e minhas tresloucadas insistências
maculando a beleza dos teus brios.

PFA/26.04.2021

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