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sábado, 20 de julho de 2019

QT-ID - De arrebol a arrebol

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Os luzeiros se apagam,
mansa e discretamente,
ofuscados pelos matizes
que brotam do arrebol.

O matutino crepúsculo,
espraiando claridade,
faz agitar-se a vida
nos campos e na cidade.

No poleiro, os galos cantam,
os bichos ficam de pé,
os vaqueiros se levantam
e pegam os seus berrantes.

As sirenes dos fabricos
despertam os operários
e o sinos na capela
chamam para santa missa.

A cidade se levanta,
crianças vão pra escola,
a confusão se instala
em toda repartição.

Meio dia, Sol a pique,
um calor de muitos graus,
cada pedaço de sombra
é disputado a paus.

Mas, por fim, graças a Deus,
começa entardecer,
o tempo vai esfriando
e tudo se acalmando.

No crepúsculo da tarde
há penumbração do céu
e o rubro se destaca
formando um fogaréu.

O vaqueiro trás o gado,
o galo vai pro poleiro,
a fábrica fecha as portas,
as crianças vão dormir.

A cidade se acalma,
as aves voltam aos ninhos,
as estrelas se acendem,
as campinas adormecem.

Os raios desaparecem,
o Sol recolhe seu brilho,
o dia, por fim, termina
e a Lua aparece.

É a vez dos trovadores
com liras e violinos
cantarem as suas trovas
diante das namoradas.

O toque de recolher
ecoa ensurdecido
e a natura repousa
até o amanhecer.

Silêncio, findou o ciclo
de mais um dia na terra,
amanhã será o idem
com um novo arrebol.

PFA


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