Translate

sexta-feira, 7 de junho de 2019

QT-IVCTC - Coroa de Trovas I – “Caruaru”


  
HISTORICIDADE

 Coroa de Trovas I

  “Caruaru”

Pedro F. Alves

 Fund. Bibl. Nac. Rg.nº 712.488-Lv.1.377- Fl.38
05.07.2016 - Coletânea de Sonetos, Poemas e Trovas Diversas - Vol. I

               
Didática do construção da Coroa de Trovas

A Coroa de Trovas é composta por um conjunto síntese, formado por quatro trovas, a partir das quais mais dezesseis conjuntos são formados, contando cada um com quatro trovas.

Os versos um e dois da primeira estrofe do conjunto síntese iniciam e fecham as quatro estrofes do primeiro conjunto;

os versos dois e três da primeira estrofe do conjunto síntese iniciam e fecham as quatro estrofes do segundo conjunto;

até que, os versos três e quatro da quarta estrofe do conjunto síntese iniciam e fecham o décimo quinto conjunto.

Finalmente, o último verso da quarta estrofe do 
conjunto síntese inicia o conjunto dezesseis que é 
fechado com o primeiro verso da primeira estrofe
 do conjunto síntese.


Caruaru
 (Conjunto síntese)

Kalalu e Kalulu,
a primeira Santa Sé…
no redil Caruaru,
aos pés do altar da fé.   

São herdades do Divino:
Austregésilo, cordel,
Ludugero, Vitalino;
os Condés e Azael,

turismo, educação,
polo multi cultural,
feira em super dimensão;
futebol, Porto e Central;

atletas polivalentes,
comércio incontroverso,
industriais diligentes,
São João do Universo.


& 


I – O nome da cidade

Kalalu e Kalulu,
Caru mais Aru, opção,
Caruara, e então,
Caruás e Caruru!

Teses, postas de per si,
algumas têm chances claras:
Caruru, Caruari,
Caru-Aru, Caruaras,

Louve-se o resultado,
porque ser cururuense,
seria mais complicado
do que caruaruense.

Outra escolha prudente
fazia menção à fé
e se construir, urgente,
a primeira Santa Sé!

II – A primeira igrejinha

A primeira Santa Sé,
nas cercanias do Morro,
indicava que José
clamava a Deus por socorro.

À Virgem da Conceição
a Sede foi consagrada,
prova da fé praticada
pelo povo em questão.

Com Rodrigues de Jesus,
firmou-se o povoado,
a crença na santa cruz,   
o foro organizado.

Progresso gerou mudança
e transformou Caruru
numa terra de pujança,
no redil Caruaru,

III – Redil Caruaru

No redil Caruaru     
– Princesinha do Agreste
a tradição Caruru,
toda cidade reveste.

Celeiro de artesões
e artistas renomados,
abriga a gerações
de valores consagrados.

Honrando suas raízes,
herdeiros e descendentes
expressam nos seus matizes
o brilho dos ascendentes.

Permanece em vigor,
a crença na Santa Sé,
paz, decência e amor
aos pés do altar da fé.

IV – Morro do Bom Jesus

Aos pés do altar da fé,    
no Morro do Bom Jesus,
foi colocado o pé
de sustentação da cruz.

Nos casebres das encostas,
lamparinas estelares
iluminavam as costas,
as vielas e os lares.

A planície do Agreste
com seus múltiplos colores
toda cidade reveste
com a beleza das flores.

As miragens colossais,
sob fulgores vespertino,
mais que jardins naturais
são herdades do Divino.

V – Alto do Moura

São herdades do Divino,
para o Alto do Moura:
seguidor de Vitalino,
arte,  barro e lavoura;

o pólo de confecções,
com seus blocos seletivos,
pra melhorar condições
e os meios produtivos;

os festejos sazonais
– páscoa e São João –
e eventos culturais
ligados à tradição.

O nível dos ceramistas,
com variado plantel,
motivou, jornais, revistas...
Austregésilo, cordel...

VI – Literatura

Austregésilo, cordel…
– excelências dos descritos –,
Matias e Rafael,
com primorosos escritos.

Olegário, cordelista,
professor Álvaro Lins,
Caesar Malta… noutra lista,
doutor Luiz, e afins.

Homenagem se renova
pra Kermógenes, Barbalho,
pra Dila e Vilanova,
como gotas de orvalho.

Mário Sette, Alfredo Pinto
(com seu brilho cristalino),
coronel Luiz Jacinto
(Ludugero) e Vitalino.

VII – Rio Ipojuca

Ludugero e Vitalino
orgulham a nossa gente,
Ipojuca cristalino
transforma o ambiente!

Uma fonte de riquezas
perece abandonada,
em lugar de correntezas,
imundice estagnada.

Outrora, em Kalalu,
a água abastecia,
hoje, em Caruaru,
causa nojo e agonia.

A insensatez maluca
transformou água em fel,
humilha o Ipojuca,
os Condés e Azael.

VIII – Folclore

Os Condés e Azael,
expoentes do Nordeste,
coloriram em papel
a Princesa do Agreste.

Zé Caboclo, ceramista,
Aleixo, com seu cordel,
Bal, exímio sanfonista,
e Luisa Maciel;

Mãe Amara e Augusto,
as rendeiras, Azulão,
a todos, tributo justo,
em nome da tradição.

Aos pastoris do natal,
colégios, competição,
Vera Cruz, Porto, Central,
o turismo, educação…

IX – Turismo polivalente

O turismo, educação,
escolas e faculdades,
o centro de convenção,
parques, museus da cidade;

polo de gastronomia,
São João do Universo,
chance pra quem comercia…
de tudo, muito e diverso!

Baião, xote e forró,
baladas para dançar,
sozinho ou com xodó –
bons motéis pra pernoitar.

Um parque de atrações,
metrópole arraial,
negócios e diversões,
polo multicultural!

X – Polo de saúde

Polo multicultural…
hospitais de referência
a nível de Capital
com padrões de excelência;

clínicas, laboratórios,
peritos odontológicos,
excelentes consultórios
e clínicos psicológicos.

Empresários competentes
fornecem os provimentos
conforme os pretendentes
dos diversos seguimentos;

atuação competente,
serviços em profusão,
justificam a patente
feira em super dimensão.

XI – Feiras

Feira em super dimensão,
cobre todo seguimento,
incluso importação,
com um vasto sortimento.

Sete dias da semana
atende à freguesia,
provinda de caravana
ou da alta burguesia.

Atender com dignidade
é a meta, a rigor,
e tudo com qualidade
que faça jus ao valor.

Confecções e importados
é atração principal,
mas existem agregados...
futebol, Porto e Central…

XII – Porto e Central

Futebol, Porto e Central,
ao invés de alegria,
pra torcedor radical,
é lazer que sentencia.

Torcer pelos dois é sina
que corrói e faz sofrer,
mas que, também, nos ensina
lutar sem desvanecer!

Quando vem uma vitória:
– O tom começou mudar!
– Findou aquela história!
– Agora é só ganhar!

– Invertemos os papéis!
– Viva Porto e Central!
– Só tem em nossos plantéis
atletas polivalentes‼!

XIII – Esportes

Atletas polivalentes,
seja em quadras ou pistas,
são atores competentes
com requintes de artistas.

Vários ginásios modernos
oferecem condições
pra esportes hodiernos
ou velhas competições;

autódromo elencado
no ranque nacional,
um estádio ranqueado
pra confronto mundial...

O complexo esportivo
da Princesa do Universo,
se firma no expressivo
comércio incontroverso!

XIV – Comércio incontroverso

Comércio incontroverso,
dos primórdios da cidade,
é frente e é reverso
da sua atividade.

Feira de Caruaru
traduz miscigenação,
miscelânea de rebu
verso organização.

Uma cidade feira,
tudo em todo lugar,
pra aquisição ligeira
ou para se programar.

Caruaru é assim:
divergências convergentes,
comércio que não tem fim,
industriais diligentes!

XV – Polo industrial

Industriais diligentes
aceleram propulsores,
parques fabris competentes,
resultados promissores.

As centrais de atacado
e os polos de varejo,
geram como resultado
clientela em cortejo.

O rigor industrial,
no distrito produtivo,
é questão fundamental
para cada objetivo.

Caruaru se reveste
– não existe controverso –
de Capital do Agreste,
São João do Universo.

XVI – São João do Universo

São João do Universo,
presente da Natureza
– com intento irreverso –
à majestosa Princesa.

São João, Santo Antonio…
são os insignes patronos
da nossa fé, patrimônio
elevado aos seus tronos!

Forró, apenas detalhe,
mais conta a devoção
rogando a Deus que orvalhe
a sofrida região.

Tradição, festa, herança,
Princesa, Caruaru…
dons que trazem à lembrança
Kalalu e Kalulu!

PFA/




Nenhum comentário:

Postar um comentário