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sexta-feira, 24 de junho de 2016

Poeta, lírios e adeus...


Cada leitor foi um brother em ação
cuja obra sutil, mas perceptível,
atingiu-me no ponto mais sensível
da essência central do coração.

As suas agradáveis companhias,
laços que encurtaram as distâncias,
como flores que brotam nas estâncias,
cresceram colorindo os meus dias.

Leitores, como os lírios silvestres,
nascem, crescem, florescem e vicejam,
e, quantas vezes, seus olhos marejam
igual ao orvalho nas flores campestres.

Mas, a idade não perdoa a vida,
passa o tempo os versos arquejam,
os poetas lutam e pelejam,
mas, eis que chega a hora da partida.

Ao despedir-me, dos lírios leitores,
com lírios brancos, entre outras flores,
cobrindo o meu estro falecido,

sou simplesmente mais um verso lido!
Findos os versos, brota a saudade,
mas, nos veremos na eternidade.

   PFA/

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