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domingo, 12 de agosto de 2012

Príncipe encantado



I

Em frente ao lago, do jardim real,
Com vista pra varanda lateral
Dos aposentos da princesa Íris,
Eros divisa as cores do arco-íris

Refletidas nos olhos da sua amada.
São dois faróis brilhantes na sacada,
Inquietos vasculhando o jardim,
A procura do seu Anjo Querubim!

A melífera voz que a encanta,
Que declama, recita e que canta
Poemas e cantigas de ninar,

Leva seu coração a disparar
Ansiosa por não compreender
Porque insiste em se esconder...

II

... Decidida, sai a procurá-lo,
Determinou-se a encontrá-lo,
Pois, não suporta mais os estigmas
Desse amor marcado por enigmas.

Eros, inebriado de amor,
Sentindo o perfume e o calor
Da amada, ao passar bem ao seu lado,
Viu ruir o seu sonho desvairado!

Triste e abatido, vai saindo,
Pulando, tropeçando e caindo,
Ao tentar esconder-se da amada.

É o adeus à sua idolatrada,
Fim dos sonhos de um sapo enlameado
Disfarçado de príncipe encantado.

PFA/

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