Soneto IV - “PAI-radoxo”
é rude e grosseiro, o seu amor
é pétala coberta de espinho,
é rosa e tropeço no caminho!
Tem doçura amarga, fel no mel,
é paradoxo de limbo e Céu;
sorriso contristado, carrancudo,
silêncio trovejado, grito mudo.
Pai é amor complexo, mas real,
é ausência presente, pontual,
atropela, mas ergue os seus iguais!
Para salvar a todos, não relutou,
o nosso Pai a Si mesmo imputou
as sentenças de filhos mães e pais.
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