Soneto VII - Contramão
O que eu deixei de fazer por ti?
Quando choraste e eu não ti ouvi?
O que pediste e eu não ti dei?
Ajuda-me, dize-me onde eu errei!
Fiz dos teus sonhos os meus próprios sonhos,
te defendi nos dias mais medonhos,
renunciei a tudo que mais quis,
tudo, só, para te fazer feliz!
Valeu o meu esforço, tu venceste,
é pena que tão cedo esqueceste
tudo que nós deixamos para trás;
talvez, de mim, tu nem te lembres mais,
mas, eu não te censuro, tu és razão,
enquanto eu, eterno coração!
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