Diante de ti há dois seios que são teus,
Teus porque os tens, mas que são mais meus,
Pois, sendo teus, faze-os meus, por amor,
E, pra que os guardes, eu, também, tos dou.
Sei-os, muito bem, como é que são,
Sobrepostos os tens no coração,
Por debaixo das minhas mãos, no leito,
Ou em contato com meu próprio peito.
Mas, tu sequer supões que são teus seios
A penúria maior pros meus anseios,
Prevendo-os distantes - sem que o sejam -
Pela ausência fatal do meu vigor,
Vencido, cruelmente, pela dor
E escravo dos achaques que me alvejam.
Pedro F. Alves
15.09.2009
Teus porque os tens, mas que são mais meus,
Pois, sendo teus, faze-os meus, por amor,
E, pra que os guardes, eu, também, tos dou.
Sei-os, muito bem, como é que são,
Sobrepostos os tens no coração,
Por debaixo das minhas mãos, no leito,
Ou em contato com meu próprio peito.
Mas, tu sequer supões que são teus seios
A penúria maior pros meus anseios,
Prevendo-os distantes - sem que o sejam -
Pela ausência fatal do meu vigor,
Vencido, cruelmente, pela dor
E escravo dos achaques que me alvejam.
Pedro F. Alves
15.09.2009
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