Verme que solitário e vagabundo,
Desconfiando de tudo em seu derredor,
Vagueia mal cheiroso, nauseabundo,
Causando nojo e repugnância, e dó.
Repúdio se lhe expressam, flagrante!
Batendo pés, mãos, berram palavrões,
Põem-no a correr, em fuga alucinante,
Qual vítima das lavas de vulcões.
Por ventura, se, em seu peregrinar,
Um só estalo de dedos escutar,
O rabo faz bailar festivamente,
Confirmando que, mesmo rabugento,
Trás consigo o tão nobre sentimento,
Gratidão, incomum a tanta gente.
07.04.2003
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