e rastejar pela grama seca;
deixar a brisa afável do espaço
e mergulhar em lavas vulcânicas;
esquecer a candura de Maria
e embevecer-me com Messalina;
renegar a maciez da tua pele
e afagar uma pedra de esmeril;
recusar uma taça de vinho tinto
e embriagar-me com cicuta;
dizer não à grandeza do amor
e abraçar a indiferença;
desprezar a felicidade
e sorrir pra desventura;
blasfemar contra o divino
e adorar o que é profano.
Tudo só pra discordar de ti
e provar que não te quero mais,
contudo, te peço um favor
e isto não podes me negar:
na hora em que for me despedir
e te falar todas estas coisas,
imploro que não olhes nos meus olhos
porque meus olhos não sabem mentir.
PFA/24.09.2022
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