Contraste da enigmática postura
de monge tibetano mergulhado
no profundo silêncio do sagrado
descanso eterno que a fé lhe assegura,
o homem olha no espelho matizado
o restolho promíscuo da figura
remanescente da sacudidura
do confronto presente com passado.
Inconformado, expõe sua revolta:
grita, esperneia, exige e quer de volta
a juventude que desperdiçou.
Sem reconhecer que o tempo passou,
dedo em riste, blasfema, porém a esmo,
já que o único culpado é ele mesmo.
PFA/21.03.2022
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