Não faz bem a você, e nem a mim:
insistir em manter uma aliança
alinhavada, quando inda criança,
com a promessa de um eterno sim;
teimar em manter viva uma esperança,
lutar com unhas e dentes a fim
de imortalizar, tim-tim por tim-tim,
o que não passa de simples lembrança.
Convenhamos, o tempo é implacável,
fisicamente, o que restou de nós?
Um restolho em estado lamentável.
É inútil tentar não admitir
que temos, por castigo, viver sós,
enquanto nos for dado resistir.
PFA/30.03.2022.
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