Eras ponto de encontro dos feirantes,
espaço de labor pra lavadeiras,
o beber natural das lavandeiras
e inspiração pra trépidos amantes;
às tuas margens, nas matas ciliares,
os sapos orquestravam sinfonias,
enquanto menestréis, com poesias,
arrancavam delírios dos seus pares.
Se tuas águas, nas secas, faltavam,
as cacimbas d'água que minavam
eram teu pranto puro e cristalino!
Registros do meu rio de menino,
hoje, o Ipojuca já não mais existe,
apenas vive no meu canto triste.
PFA/09.05.2017
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