I
A poesia decretou
três dias, como tributo,
sem José Pacas, poeta,
o cordel ficou de luto,
II
A nação Caruaru
chorou a morte do Paquinha,
um cordelista guru
que se foi da Princesinha.
III
Sem tempo pra despedida,
José Pacas nos deixou;
alegre, cheio de vida,
de repente "covidou".
IV
No réquiem do Paquinhas,
virtualmente presentes,
solvejamos ladainhas
com amigos e parentes.
V
Pacas foi um instrumento
do Supremo Criador
pra falar de sofrimento,
esperança, paz e amor.
VI
Pacas com a sua voz
fez menção à natureza,
à desigualdade atroz,
corrupção e singeleza.
VII
Pacas foi poeta eclético,
de tudo sabia um pouco,
fez-se de sábio e patético,
professor, aluno e louco.
VIII
Pacas com o seu glossário
fez chorar e fez sorrir,
foi poeta, foi bancário,
fez o cordel se expandir.
IX
Com furor de leopardos,
tu, ó morte vil, atacas:
loiros, ruivos, brancos, pardos,
cordeiros, gatos e Pacas.
X
Um sábado deleitoso
transformou-se em sofrimento,
Pacas, poeta brioso,
imergiu no jazimento.
PFA
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