Rosa sempre ficava ali sentada,
atentamente, olhando pra moçada
que, inquieta, brechava suas coxinhas
bronzeadas, roliças e fofinhas.
Eu também fui olhar a belezura,
uma obra prima da arquitetura,
com forma e volume ideais,
o sonho de consumo dos mortais!
Pouco a pouco, fui me aproximando
e as coxinhas de Rosa apalpando,
e a moçada a gritar: – Não deixa, Rosa!
E ela, sorridente e toda prosa,
encarou-me: – Só pega se pagar,
duas coxinhas é dez, vai levar?
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