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sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Poeta, saudade, lagrimas...

 



A mente do poeta está ferida,
sua amada partiu pra eternidade,
vítima do micróbio da saudade,
sua alma respira combalida.

Diante da cruel realidade,
a lancinante dor da despedida
em lágrimas de amor é convertida
e relembrada com intensidade.

Interprete de alheios sentimentos,
o poeta se perde ao colorir
as próprias dores ou contentamentos.

Nos momentos de perda irreversiva
cambaleia ao tentar não admitir,
por exemplo, que a morte é finitiva.

PFA/21.08.24     

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