À poesia: - No teu crematório,
assumindo o seu lugar de réu,
sob lavas de intenso fogaréu
o meu ego imerece adjutório.
Seu crime: usar a terra, o céu...
com aparente ar fidejussório,
disfarçando seu estro ilusório
para iludir crente e incréu;
exaltou o penhor da natureza,
cantou as flores, a paz, o perdão,
registrou sofrimentos e beleza,
mas fracassou - na sua fantasia -
faltaram-lhe amor e coração
que sublimassem sua poesia!
PFA/
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