Batia, batia forte,
com grande perversidade...
nas costas e na cabeça,
batia sem piedade...
no peito, pernas e braços
ia deixando os traços
da sua atrocidade!
Desfilando na cidade,
com o chicote na mão,
fazia o sangue jorrar
do corpo do seu irmão,
sem o mínimo respeito
à justiça e ao direito
que tem cada cidadão.
Passivo de detenção,
foi levado ao xadrez;
diante do delegado,
justificou o que fez
dizendo que o jumento
é um animal birrento
e sem qualquer sensatez.
Sem mais, mais e nem talvez,
chocou a comunidade
a sentença da justiça:
– Pela sua crueldade,
diz o Código Penal,
dez moedas de real
será a penalidade.
Se mentira ou verdade,
essa estória depõe
do desrespeito à vida
que a justiça expõe;
criança, mulher, jumento...
sofrem com o tratamento
que o bandido impõe.
PFA/
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