Eu esqueci a casta do teu vinho,
que adoras ter meu colo como ninho
e que a tua atrevida timidez
desequilibra a minha sensatez.
Não lembro-me dos teus beijos ardentes,
dos teus olhos serenos e fulgentes,
das suaves carícias dos teus dedos,
sequer lembro-me dos teus afagos ledos.
Eu esqueci o tom da tua voz,
das nossas traquinices, quando a sós,
do teu perfume e dos teus cabelos,
dos meus pedidos, e dos teus apelos
para que agíssemos com cuidado,
de nada, Rosa, eu estou lembrado!
PFA/
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