O Brasil lamenta e chora, Dominguinhos foi embora,
juntou-se
a Gonzagão, a outra voz do sertão.
No
Sul, Centro e Sudeste, em defesa do Nordeste,
sanfona,
voz e baião foi a sua munição.
Sem
mandato nem patente, representou sua gente,
cobrando
a solução pra seca da região.
Cantou
as coisas da terra: flora, fauna, paz e guerra,
falou
de Frei Damião, Padin Ciço e Lampião.
Com
o seu chapéu de couro, sanfona, xote e baião,
Luiz
Gonzaga tornou-se majestade do sertão:
– Se eu mereci minha
coroa de rei,
essa sempre eu honrei,
foi a minha obrigação.
E
Dominguinhos manteve a linha de Gonzagão,
da
mesma forma portou-se, cumprindo a sua missão:
– Se de Luiz ele foi o
sucessor,
honrá-lo como honrou,
foi a sua obrigação.
E
assim os dois partiram, após cumprir a missão,
deixando
órfãos dois filhos: o sertão e o baião.
Adeus,
adeus, Rei Gonzaga, adeus, adeus,
Adeus,
adeus, Dominguinhos adeus, adeus...
Adeus,
adeus...
PFA/23.07.2013
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Autor: Pedro Francisco Alves (Pedro Quiamax)
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