Fitei as águas límpidas do rio
e vi que a minha imagem refletida
era trêmula, como se o frio
atingisse-lhe o âmago da vida.
Vi que, quando tocada, a água desfazia
A imagem, ou a levava para o mar.
Meditando e olhando a água que descia,
Pedi-lhe: por favor, quando eu expirar
Conduza as minhas cinzas pro oceano
para que, se há existência noutro plano,
elas se juntem à minha imagem.
Se é verdade a utopia, na paisagem
verdejante dos mares eternais
perpetuarei os meus sonhos surreais.
PFA/
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