Tu és escravo desde o nascimento,
Acostumado a obedecer,
Sem demonstrar qualquer constrangimento,
Assim farás até desfalecer.
O cérebro, teu algoz, não te dá trégua,
Manda, manda, e tu só obedeces,
Tudo certinho, tal qual uma régua,
E o mandão sequer vê que envelheces!
E hoje, fiel, mas comprometido,
Mesmo querendo, ficas impedido
De atender às ordens do chefão.
– Bate, bombeia, ama coração!
Mas que fazer, sem forças, vais parar
De bater, bombear... e até de amar!
PFA/
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