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HISTORICIDADE
Coroa de Trovas I
“Caruaru”
Pedro F. Alves
Fund. Bibl.
Nac. Rg.nº 712.488-Lv.1.377- Fl.38
05.07.2016 - Coletânea de Sonetos, Poemas e Trovas
Diversas - Vol. I
Didática do construção da Coroa de Trovas
A Coroa de Trovas é
composta por um conjunto síntese, formado por quatro trovas, a partir das quais
mais dezesseis conjuntos são formados, contando cada um com quatro trovas.
Os versos um e dois da
primeira estrofe do conjunto síntese iniciam e fecham as quatro estrofes do
primeiro conjunto;
os versos dois e três da
primeira estrofe do conjunto síntese iniciam e fecham as quatro estrofes do segundo
conjunto;
até que, os versos três e
quatro da quarta estrofe do conjunto síntese iniciam e fecham o décimo quinto
conjunto.
Finalmente, o último verso da quarta estrofe do
conjunto síntese inicia o conjunto dezesseis que é
fechado com o primeiro verso da primeira estrofe
do conjunto síntese.
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Caruaru
(Conjunto síntese)
Kalalu e Kalulu,
a primeira Santa Sé…
no redil Caruaru,
aos pés do altar da
fé.
São herdades do Divino:
Austregésilo, cordel,
Ludugero, Vitalino;
os Condés e Azael,
turismo, educação,
polo multi cultural,
feira em super
dimensão;
futebol, Porto e
Central;
atletas polivalentes,
comércio incontroverso,
industriais diligentes,
São João do Universo.
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I – O nome da cidade
Kalalu e Kalulu,
Caru
mais Aru, opção,
Caruara,
e então,
Caruás
e Caruru!
Teses,
postas de per si,
algumas
têm chances claras:
Caruru,
Caruari,
Caru-Aru,
Caruaras,
Louve-se
o resultado,
porque
ser cururuense,
seria
mais complicado
do
que caruaruense.
Outra
escolha prudente
fazia
menção à fé
e
se construir, urgente,
a primeira Santa Sé!
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II – A primeira igrejinha
A primeira Santa Sé,
nas
cercanias do Morro,
indicava
que José
clamava
a Deus por socorro.
À
Virgem da Conceição
a
Sede foi consagrada,
prova
da fé praticada
pelo
povo em questão.
Com
Rodrigues de Jesus,
firmou-se
o povoado,
a crença na santa cruz,
o
foro organizado.
Progresso
gerou mudança
e
transformou Caruru
numa
terra de pujança,
no redil Caruaru,
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III – Redil Caruaru
No redil Caruaru
–
Princesinha do Agreste –
a
tradição Caruru,
toda
cidade reveste.
Celeiro
de artesões
e
artistas renomados,
abriga
a gerações
de
valores consagrados.
Honrando
suas raízes,
herdeiros
e descendentes
expressam
nos seus matizes
o
brilho dos ascendentes.
Permanece
em vigor,
a
crença na Santa Sé,
paz, decência e amor
aos pés do altar da fé.
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IV – Morro do Bom Jesus
Aos pés do altar da fé,
no
Morro do Bom Jesus,
foi
colocado o pé
de
sustentação da cruz.
Nos
casebres das encostas,
lamparinas
estelares
iluminavam
as costas,
as
vielas e os lares.
A
planície do Agreste
com
seus múltiplos colores
toda
cidade reveste
com
a beleza das flores.
As
miragens colossais,
sob fulgores
vespertino,
mais que jardins
naturais
são herdades do Divino.
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V – Alto do Moura
São herdades do Divino,
para
o Alto do Moura:
seguidor
de Vitalino,
arte, barro e lavoura;
o
pólo de confecções,
com
seus blocos seletivos,
pra
melhorar condições
e
os meios produtivos;
os
festejos sazonais
–
páscoa e São João –
e
eventos culturais
ligados
à tradição.
O
nível dos ceramistas,
com
variado plantel,
motivou,
jornais, revistas...
Austregésilo, cordel...
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VI – Literatura
Austregésilo, cordel…
–
excelências dos descritos –,
Matias
e Rafael,
com
primorosos escritos.
Olegário,
cordelista,
professor
Álvaro Lins,
Caesar
Malta… noutra lista,
doutor
Luiz, e afins.
Homenagem
se renova
pra Kermógenes, Barbalho,
pra Dila e Vilanova,
como gotas de orvalho.
Mário Sette, Alfredo
Pinto
(com seu brilho
cristalino),
coronel Luiz Jacinto
(Ludugero) e Vitalino.
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VII – Rio Ipojuca
Ludugero e Vitalino
orgulham
a nossa gente,
Ipojuca
cristalino
transforma
o ambiente!
Uma fonte de riquezas
perece abandonada,
em lugar de
correntezas,
imundice
estagnada.
Outrora, em Kalalu,
a água abastecia,
hoje, em Caruaru,
causa nojo e agonia.
A insensatez maluca
transformou água em
fel,
humilha o Ipojuca,
os Condés e Azael.
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VIII – Folclore
Os Condés e Azael,
expoentes
do Nordeste,
coloriram
em papel
a
Princesa do Agreste.
Zé
Caboclo, ceramista,
Aleixo,
com seu cordel,
Bal,
exímio sanfonista,
e
Luisa Maciel;
Mãe
Amara e Augusto,
as
rendeiras, Azulão,
a
todos, tributo justo,
em
nome da tradição.
Aos
pastoris do natal,
colégios,
competição,
Vera
Cruz, Porto, Central,
o turismo, educação…
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IX – Turismo
polivalente
O turismo, educação,
escolas
e faculdades,
o
centro de convenção,
parques,
museus da cidade;
polo
de gastronomia,
São
João do Universo,
chance
pra quem comercia…
de
tudo, muito e diverso!
Baião,
xote e forró,
baladas
para dançar,
– sozinho ou com xodó –
bons
motéis pra pernoitar.
Um
parque de atrações,
metrópole
arraial,
negócios
e diversões,
polo multicultural!
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X – Polo de saúde
Polo multicultural…
hospitais
de referência
– a nível de Capital –
com
padrões de excelência;
clínicas,
laboratórios,
peritos
odontológicos,
excelentes
consultórios
e
clínicos psicológicos.
Empresários
competentes
fornecem
os provimentos
conforme
os pretendentes
dos
diversos seguimentos;
atuação
competente,
serviços
em profusão,
justificam a patente
feira em super
dimensão.
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XI – Feiras
Feira em super dimensão,
cobre
todo seguimento,
incluso
importação,
com
um vasto sortimento.
Sete
dias da semana
atende
à freguesia,
provinda
de caravana
ou
da alta burguesia.
Atender
com dignidade
é
a meta, a rigor,
e
tudo com qualidade
que
faça jus ao valor.
Confecções
e importados
é
atração principal,
mas
existem agregados...
futebol, Porto e
Central…
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XII – Porto e Central
Futebol, Porto e Central,
ao invés de alegria,
pra torcedor radical,
é lazer que sentencia.
Torcer pelos dois é sina
que corrói e faz sofrer,
mas que, também, nos ensina
lutar sem desvanecer!
Quando vem uma vitória:
–
O tom começou mudar!
–
Findou aquela história!
–
Agora é só ganhar!
–
Invertemos os papéis!
–
Viva Porto e Central!
–
Só tem em nossos plantéis
atletas polivalentes‼!
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XIII – Esportes
Atletas polivalentes,
seja
em quadras ou pistas,
são
atores competentes
com
requintes de artistas.
Vários
ginásios modernos
oferecem
condições
pra
esportes hodiernos
ou
velhas competições;
autódromo
elencado
no
ranque nacional,
um
estádio ranqueado
pra
confronto mundial...
O
complexo esportivo
da
Princesa do Universo,
se
firma no expressivo
comércio incontroverso!
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XIV – Comércio incontroverso
Comércio incontroverso,
dos primórdios da cidade,
é frente e é reverso
da sua atividade.
Feira
de Caruaru
traduz
miscigenação,
miscelânea de rebu
verso
organização.
Uma
cidade feira,
tudo
em todo lugar,
pra
aquisição ligeira
ou
para se programar.
Caruaru
é assim:
divergências
convergentes,
comércio que não tem fim,
industriais diligentes!
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XV – Polo industrial
Industriais diligentes
aceleram
propulsores,
parques
fabris competentes,
resultados
promissores.
As
centrais de atacado
e
os polos de varejo,
geram
como resultado
clientela
em cortejo.
O
rigor industrial,
no
distrito produtivo,
é
questão fundamental
para
cada objetivo.
Caruaru
se reveste
–
não existe controverso –
de Capital do Agreste,
São João do Universo.
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XVI – São João do Universo
São João do Universo,
presente da Natureza
–
com intento irreverso –
à majestosa Princesa.
São João, Santo Antonio…
são os insignes patronos
da nossa fé, patrimônio
elevado aos seus tronos!
Forró, apenas detalhe,
mais conta a devoção
rogando a Deus que orvalhe
a sofrida região.
Tradição, festa, herança,
Princesa, Caruaru…
dons
que trazem à lembrança
Kalalu e Kalulu!
PFA/
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