Duas piranhas, com as panças cheias,
exibiam as suas belas curvas
fora das águas fétidas e turvas
onde têm suas vítimas sob peias.
Indiferentes às dores alheias,
saboreiam maçãs, peras e uvas,
enquanto, nas mãos, usam finas luvas
que lhes aquecem o sangue das veias.
Tripudiam dos leigos inocentes
que mantêm seus porões abarrotados,
mediante tributos inclementes
teologicamente reclamados,
temendo os castigos penitentes
no Hades com que são ameaçados.
PFA/
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