I
— Caruaru,
Pernambuco,
uirapuru, Amazonas!
II
Canta o uirapuru:
— Pra não morrer de saudade,
fico em
Caruaru,
por toda
eternidade!
III
III
— Não dou bolas pra saudade
— canta o uirapuru —
pra minha
felicidade
e não viver
jururu,
por toda
eternidade
fico em
Caruaru!
IV
— Eu vim das matas frondosas
— canta o uirapuru —
do saudoso
Amazonas,
terra do
cupuaçu,
mas no pior
da saudade,
pra minha
felicidade,
encontrei
Caruaru!
V
— Ao chegar aqui, por alguns instantes,
meu fulgor
perdeu o nato sentido
e a minha
voz o tom colorido
encontrado
apenas nos brilhantes;
sou egresso
de terras mui distantes
— desabafou-me o uirapuru —,
açaí,
tucumã, cupuaçu...
tudo me fez
sentir muita saudade,
até que
solvi a felicidade
do agreste
e de Caruaru.
VI
— Com a minha voz quero exaltar
luzes que
descobri nessa terrinha
onde o
resplendor jamais definha
no mister
de servir e de amar!
Acolher bem
é dote singular
e luz
própria da nobre princesinha!
Obrigado
mamãe Caruaru,
sou
partícula do teu coração,
um filho
natural, por adoção,
da mãe
águia a um uirapuru!
Aveloz,
cordel e cupuaçu,
Amazonas, forró, xote, baião.
Fim.
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