Eis tudo de que preciso:
pra viver, água e pão;
pra ganhar o paraíso,
fé, e amor no coração.
Seu
olhar era lânguido, profundo,
o globo
ocular roxo e fundo,
a face
macilenta e enrugada,
com a
textura bastante ressecada.
Os
cabelos, sem trato, enrolados,
predominantemente
esbranquiçados,
eram
ásperos e umedecidos
e
encobertos por trapos de tecidos.
Ninguém
sabia qual era o seu nome,
só
falava se tinha sede ou fome,
e
apenas, pra pedir água ou pão.
Encontrado
inerte na calçada,
trazia uma
mensagem tatuada:
– Só
quero paz, e amor no coração.
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