Este espaço é o universo das minhas fantasias reais. Aqui está a expressão do que eu vejo, do que eu sinto e do que eu sou.
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quinta-feira, 23 de maio de 2013
Chica e Cinderela
Botei tudo na panela,
tripa, mocotó e goela,
calcei a minha chinela
e fui me encontrar com ela.
Dando início a novela,
vi, ao lado da janela,
Zeca Língua de Tramela
sentado no colo dela.
Quando gritei: Cinderela!
Zeca pegou a gamela,
e fez dela uma tela
pra encobrir a cadela.
Desataquei a fivela,
pulei de cima da sela,
rodopiei de trivela
e fiz tremer a favela.
Zeca, vai pegar a vela,
porque nessa esparrela
tu te esborra e te mela,
mata ou morre, seu fela!
Nisso sai de uma viela,
rodando a manivela
e tocando uma aquarela,
Chica de Zé Arruela.
Chica é moça donzela,
não é como Cinderela,
eu vivo de olho nela,
mas, ela ama Chimbrela.
Chica chega e apela:
– Põe um fim nessa querela!
Eu me atraco com ela,
e começa o rala e rela.
Ela, também, se afivela,
e quando a gente se atrela,
deixo de lado a querela
conforme a vontade dela.
Sem morte e sem seqüela,
meu sogro, Zé Arruela,
convidou Zeca Tramela
para levá-la a capela.
Eu perdoei Cinderela,
Chica esqueceu Chimbrela,
e sem briga nem querela
a paz reinou na favela.
PFA/01.05.2013
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