A estrela matutina, em devaneios,
trai-me, ao revelar-te os meus anseios,
disfarçando-se de ponte do amor,
quando nós dois fitamos seu alvor.
A sua conivência é suspeita,
pois, com o seu lirismo, me ajeita
enquanto te revela os meus segredos
e, os teus, pra mim, só de arremedos.
Será que ele está, de ti, enamorado?
Ela é ele, de estrela disfarçado,
e, usando o seu fascínio e fulgor,
pretende roubar-me o teu amor!
Pelo seu proceder inconsequente,
Venus não é mais o nosso confidente.
PFA/
Nenhum comentário:
Postar um comentário