Como acreditar em
palavras ditas
se nunca ultrapassam as
escritas
rabiscadas à margem do
papel
ou cantadas em versos de cordel?!
Como acreditar nas tuas juras,
se bem sei que não passam de perjuras?
Por que insistes tanto em mentir
se podes, simplesmente, desistir?!
Eu sei que não consegues me esquecer,
mas não tens condição de me escolher,
és escravo da tua dependência
e, tendo de amar por conveniência,
vives entre a cruz e a espada:
ela é a espada encravada, e eu a cruz amada.